inumanos Archive

terça-feira

7

julho 2009

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Inumanos e MJ

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O Inumanos (que anda sumido…) fez uma homenagem a Michael Jackson. Produzida pelo DJ Matins, como sugere o título, “Querido Michael” é uma carta do MC Aori para o rei do pop.

Inumanos“Querido Michael”

Via Trabalho Sujo.

sexta-feira

11

maio 2007

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URBe, 4 anos: a festa

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fotos e vídeo: URBe, Joca Vidal e Carol*

Mais um ano, mais uma festa, mais uma noitada e tanto. As festas do URBe são sempre bem diferentes uma das outras, principalmente pela escalação das atrações. Só tem uma coisa que é sempre igual: na noite da festa, chove.

Nessa edição, trocou-se o 00, casa das três primeiras festas, pelo Pista 3. A mudança não teve nenhum motivo especial, além da vontade de experimentar novos ares. Num lugar menor, prestigiaram a comemoração os leitores e os amigos, sem tantos “curiosos”, como das outras vezes.

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Ménage à Trois

Mantendo a tradição de se respeitar os horários divulgados na filipeta ao máximo, o show do Ménage à Trois abriu a noite com apenas 25 minutos de atraso.

Letícia Novaes (vocal), Donatinho e Pcatran (ambos comandando uma parafernália de teclados, bases e efeitos) mostraram, para os felizardos que chegaram cedo, a força da “resposta carioca ao Cansei de Ser Sexy”, como ouviu-se comentar durante a apresentação.

Enquanto Donatinho e Pcatran chamam atenção com ótimas bases — com destaque para as intervenções do filho do João Donato no teclado e em sua bateria virtual, controlada através de um joystick wi-fi do Nintendo Wii — é Letícia quem se destaca no trio.

Perfomática, a cantora/atriz/roteirista/show woman lança frases aparentemente desconexas, pedindo chupadas no umbigo e juntando a letra do seu potencial hit, “Fuck music”, com “Sexy back” (Justin Timberlake) e “Promiscuous girl” (Nelly Furtado), com a voz alterada por filtros, sobre uma batida de funk.

O BPM das músicas talvez seja muito baixo para as pistas de dança, local que parece adequado para as apresentações do trio. Acelerando as bases e ajustando as folgas, o Ménage pode ganhar mais pressão e ter um caminho surpreendente pela frente.

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A expo

A anunciada exposição “5 anos de palco”, de Joca Vidal, infelizmente acabou não acontecendo. Por problemas técnicos no projetor, a instalação criada pelo fotógrafo e curador da expo, Lucas Bori, não pode ser montada.

As fotos do Joca seriam projetadas em oito telas brancas presas na parede. Cada uma dessas telas exibiria cerca de quatro fotos diferentes, alternadamente, numa solução prática e criativa para a limitação de alguns arquivos digitais.

Tentaremos montar a exposição nessa quinta (17 de maio), no Cinematéque, quando haverá o show do Lucas Santtana & Seleção Natural. Assim que (e se) estiver confirmado, aviso aqui.

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MauVal

Num momento de honra para o URBe, Maurício Valladares assumiu os toca-discos quando a festa já estava cheia. MauVal desorientou a pista, como ele gosta de dizer, tocando de Coltrane a Curtis Mayfield.

Ouvi dizer que Maurício não havia levado discos “de pista”, porque pensou que iria abrir a festa, como se isso tivesse sido algum problema. Não fez a menor diferença. Foi uma discotecagem educativa e quem ouviu aprendeu um bocado. Só pérola.

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em cima: João Brasil e as PSG; a festa
em baixo: o público se diverte; Marcos Mion e João Brasil

Grande atração da noite, o mito João Brasil fez sua aguardada estréia nos palcos. E bota aguardada nisso. Seus novos fãs da MTV, Marcos Mion e cia, vieram de São Paulo especialmente para cobrir o acontecimento e as Pet Shop Girls causaram frenesi no Pista 3.

Abre parênteses.

Antes de mais nada, cabe aqui um adendo. Esses dias perguntaram se, apesar de muito legal, a cobertura dos passos do João não estaria um tanto excessiva no URBe. “Parece que ele é seu amigo”, disseram.

Já falei isso aqui, mas para evitar qualquer disse-me-disse, não custa relembrar: João é meu amigo sim, desde os 12 anos de idade. Além disso, minha produtora de vídeo fica no mesmo sobrado que o seu estúdio.

Nada disso, no entanto, interfere na quantidade de espaço dedicado ao João no URBe. Mesmo porque, ele não é meu único amigo que trabalha com música e nem todos eles passam por aqui. Se o que João faz não fosse genuinamente interessante, o URBe estaria falando sozinho. E, pelo que se vê, não é o que acontece.

Fecha parênteses.

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Voltando ao que interessa, João Brasil começou a milhão. Após a entrada ao som de “Carmina Burana” e uma vinheta exaltando a si mesmo, João abriu com “Baranga”, à pedidos da equipe de MTV, dançando com as loiras do programa Mucho Macho, enfiado num roupão de oncinha e de óculos escuros.

Não foi uma má idéia começar com seu grande sucesso. Com o público ganho, João emendou “Supercool” e contou a espetacular história do pau molão, para delírio dos presentes.

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Cantandoao vivo, João tocou teclado em algumas músicas, soltou as bases através de um laptop e os samples pelo midi.

Lidando com seu público cara-a-cara pela primeira vez, João falou bastante. Nervosismo de primeiro show, normal. O público entrou na onda, atendo o seu pedido e entoando “pau molão! pau molão!” entre todas as músicas.

Vieram “Elisa”, “O carnaval acabou com meu fígado” e a inédita “Cobrinha fanfarrona (ela vai te pegar)”. “Monica Valvogeu” teve direito a sample da jornalista e surpreendeu quem nunca tinha ouvido tão bela declaração de amor.

Brasil incluiu no repertório o mais recente sucesso internético, “VTNC”, de autoria desconhecida, que voou por e-mail essa semana, se consagrando em apenas três dias.

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Na parte final, João convidou seu ídolo De Leve, apresentando-o como seu rapper favorito, para juntos cantarem “Mamãe virei capitalista” e “O que que nego quer”, essa última do MC de Niterói e que tem base de João. Ao vivo, os dois funcionaram ainda melhor que nas gravações.

O encerramento triunfal veio com o bis de “Baranga”. Jogo ganho de goleada, João partiu pra festa com tudo e nunca mais foi visto.

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URBe SS

Com a pista fervendo após a catarse provocada por João Brasil, botei som por uma hora. Começando com “Pela orla dos velhos tempos” (na versão de Lucas Santanna) e partindo para “Outsiders” (Franz Ferdinand), “First gear” (Rapture), “Phanton” (Justice), “Zdarlight” (Digitalism), “Gravity’s rainbow (Soulwax remix)” (Klaxons), “Paris” (MSTRKRFT) fechando com “Fluorescent adolescent” (Arctic Monkeys).

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Mustache DJs

Na sequência, Filipe Raposo representou o Mustache DJs, desfalcado de sua metade, Breno Pineschi. E tome space disco, disco music e outros sacolejos, até as 3 e pouco da manhã, quando a pista continuava cheia.

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DJ Babão

Encerrando a festa, o DJ Babão deu um show de mixagens. A precisão de Babão é assustadora, virando músicas a cada minuto e meio, sempre acertando e fazendo a pista gritar.

Único da noite a tocar com vinis, Babão misturou “Tive razão” (Seu Jorge) com uma base de hip hop, “Bizarre love triangle” (New Order) com “Hollaback girl” (Gwen Stefani) e tocou a versão funk de “Sending all my love” (Linear) e “It’s automatic” (Freestyle).

No saldo final, a Letícia perdeu o casaco, o João os óculos, o Pcatran o suporte do teclado e muita gente perdeu a linha. O que só comprova que a jogação foi quente, a mais divertida festa do URBe até hoje. Ano que vem tem mais.

terça-feira

8

maio 2007

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5 perguntas – DJ Babão

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Conhecido como DJ da dupla de rap Inumanos, formada com o MC Aori, Babão é um respeitado DJ de black music. E é ele quem botará a tampa na festa de 4 anos do URBe, nessa quinta, no Pista 3.

A quantas anda o Inumanos?

O Inumanos está bem, o nosso disco finalmente saiu no ano passado e, apesar de não ter tido a distribuição que a gente queria, causou uma boa repercussão, principalmente por causa do videoclipe de “Polegar opositor”, indicado ao VMB da MTV e vencedor do prêmio Hutus 2006.

Qual a sua relação com o movimento hip hop hoje em dia?

O hip hop pra mim não rola muito como “movimento”. É mais o estilo, a expressão. É ouvir rap buscando não só ouvir a letra ou a batida, mas procurando a “impressão” que está sendo passada, é comprar um disco velho esperando achar um sample pra fazer uma batida nova, é andar na rua com meus amigos planejando nossos próximos trabalhos. É a cultura da rua, não um movimento sócio-pólítico.

O que você toca, além de rap?

Música brasileira. Em geral samba, sambalanço, samba rock, funk carioca… Além dos remixes que faço ao vivo, misturando músicas diferentes para fazer novas versões.

Você também já tocou com várias outras bandas. Como é sua participação nelas?

Toco até hoje com o Eletrosamba, uma banda de samba rock com batida eletrônica, que é um conceito do DJ Negralha, que ainda é DJ do grupo O Rappa. Então, quando ele está viajando com o Rappa, faço os shows do Eletrosamba no lugar dele. Além disso, já toquei também com o Serjão Louroza, com o Marcelo D2, com a banda 02, com o MC Di Menor… Sempre procuro desenvolver vários projetos, com vários “graus” de envolvimento.

Deixe seu top 5 atual.

Busta Rhymes – “Touch it”
Trinere – “Why can’t we be wrong”
Clementina de Jesus – “Marinheiro só”
Swollen Members – “Breath”
DJ Ztrip – “Walkin’ dead”

sexta-feira

20

abril 2007

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Rolling Stone, Mar/2007

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Matéria sobre a volta do hit maker Michael Sullivan, mais uma resenha do disco dos cariocas do Inumanos, que escrevi para o sexto número da Rolling Stone Brasil.

Com a edição fora das bancas, seguem os textos.

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Inumanos
“Volume dez” (Bizarre)
cotação: três estrelas

A leeenda, brother

O Inumanos se tornou conhecido — e bem falado — fora da cena carioca após participar das coletâneas “Zoeira hip hop” (2000) e “Hip hop Rio” (2001). Seguindo a seqüência lógica, o próximo passo seria lançar um disco próprio. Em 2002, o MC Aori e o DJ Babão, os nomes por trás do Inumanos, entraram em estúdio para gravar sua estréia.

O disco já havia se transformado uma lenda urbana, circulando há algum tempo em CD-R e MP3, até ser finalmente lançado no final de 2006, em festas no Rio e em São Paulo. Mais de quatro anos depois, “Volume dez” (Bizarre Music) finalmente chega na praça.

Tanto tempo na gaveta, em vez de tornar o som datado, serviu apenas para confirmar o talento do Inumanos para batidas assassinas. Produzido pela dupla Aori e Babão, Pedro Garcia e o francês Damien Seth, “Volume dez” soa atual como se houvesse sido gravado ontem.

A carta de intenções “Montagem dos Inumanos”, um pancadão que entrega as origens do duo, “Todo errado” e “Polegar opositor” (cujo clipe foi indicado ao prêmio da MTV em 2006) demonstram a combinação perfeita das habilidades do DJ Babão e do discurso explosivo de Aori.

A lenda era verdadeira. É pra ouvir no volume dez.

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É de chocolate?
Compositor de hits dos anos 80, Michael Sullivan se lança em carreira solo

Conhecido como metade da dupla Sullivan & Massadas — crédito presente em boa parte dos lançamentos de maior vendagem do Brasil nos anos 80 — Michael Sullivan está de volta, dessa vez, como artista. Após anos morando nos EUA, o músico encurtou o nome artístico e ressurge com “Ver-te mar”, parceria com Carlinhos Brown. Buscando trocar a pegada popular, que marcou sua carreira, por sonoridades mais alternativas, Sullivan combina soul com elementos eletrônicos e convidou os cariocas do Digitaldubs pra remixar a faixa.

Melhore deixar ele próprio explicar. “A maior parte das composições do disco nasceram dessa parceira com o Brown. Encontrei nele a inquietude da experimentação, dos novos timbres, das linhas modernas com loops improváveis, deixando o meu lado soul totalmente livre para passear nos arranjos. É black music contemporânea, com todas as novas possibilidades que a musica eletrônica permite”.

Se a idéia é deixar para trás os tempos de hit maker dos outros, a canção escolhida para lançar o trabalho solo pode atrapalhar. “Ver-te mar” não é inédita, está no recém-lançado quinto disco do grupo de axé Babado Novo, que tem o mesmo nome da música.

Após iniciar a carreira num programa de calouros em Recife, mudar-se para o Rio, integrar Renato e seus Blue Caps e The Fevers, a consagração veio quando conheceu o parceiro Paulo Massadas.

Segundo o compositor, suas músicas venderam 60 milhões de discos, acumulando 50 discos de diamante, 270 de platina e 550 de ouro. Suas músicas foram gravadas por Roberto Carlos (“Amor Perfeito”, “Meu ciúme”), Tim Maia (“Me Dê Motivo”), Fagner (“Deslizes”), Sandra de Sá (“Joga Fora”), Gal Costa (“Um dia de Domingo”), Roupa Nova (“Whisky a Go-Go”), Xuxa (“Lua de Cristal”) e muitos outros, além da sua criação, o Trem da Alegria, e de muitos temas de novela.

“Todo sucesso que conquistei como compositor foi fruto de anos na estrada como artista. Meu termômetro sempre foi a reação do público, isso me deu senso crítico pra avaliar o potencial de minhas composições. Voltar como artista é apenas um movimento natural desse ciclo”, resume Sullivan.

Empolgado com o momento atual da música independente, Sullivan aposta na internet para voltar ao topo. ”Talento não precisa ser maquiado O público pode estar a um click de descobrir novas obras e novas tendências. A internet devolveu aos artistas sua autonomia, auto-estima e vontade de apresentar coisas inovadoras”.

quarta-feira

11

abril 2007

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* FESTA URBe 4 anos!, 10/Maio

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Pista 3
Festa URBe 4 anos!

22h – Ménage á Trois (Live PA, fuck music)
23h – Mauricio Valladares (roNca roNca)
0h – João Brasil (estréia do show)
1h – Bruno Natal (misturada)
1h30 – Mustache DJs (electro/ house)
3h – Babão (Miami bass, hip hop)
+
Expo fotográfica “5 anos de palco”, de Joca Vidal (curadoria Lucas Bori)

10 de maio (quinta)
22h
R$ 10 (com filipeta ou mandando mail para urbe4anos@gmail.com)
R$ 15 (até meia-noite), R$ 20 (inteira)