Revolução no dos outros é refresco
Written by urbe, Posted in Urbanidades
Ao contrário das revoluções por democracia no norte da África e nos países arábes que receberam ampla cobertura da imprensa mundial, as manifestações em Madri são tratadas como nota de rodapé nos veículos de comunicação, mesmo com o hashtag #spanishrevolution frequentando os TTs do Twitter sem parar.
Revolução boa é lá longe. Quem tem medo do que? De quem?
Chamado Democracia Real, a mobilização é apolítica apartidária, capitaneada por jovens em busca de melhores condições de vida – a Espanha anda numa pindaíba braba, com 45% dos jovens desempregados em algumas regiões. As manifestações se espalham pela Espanha (praça Catalunya tomada) e pelo mundo, com espanhóis se juntando em frente as embaixadas.
A ocupação da praça (sempre a praça) Puerta del Sol, em Madri, iniciou-se dia 15 e não tem hora pra acabar. Ou melhor, tem: domingo tem eleições na Espanha e por lei manifestações são proibidas a partir desse sábado. Vem coisa quente por aí.
Enquanto isso, aqui no Brasil, confunde-se crescimento econômico – acesso ao crédito e posterior escravização pelos bancos – com crescimento social – educação, cultura, que poderiam gerar movimentos como o espanhol.
A estrada é longa, e como é. E esse silêncio todo é inspirador.
Segundo a CNN: “Demonstrators are protesting Spain’s 21% unemployment rate and a record 4.9 million jobless.”
Tem um artigo na Vice sobre isso: http://viceland.virgula.uol.com.br/br/blog/?p=7747
Revolução apolitica? Onde já se viu isso? Isso não existe
No brasil confunde-se diminuição da desiguladade, aumento da renda média e diminuição da pobreza como melhora…
como somos bobos
Pior…
confundimos nariz de palhaço como movimento político. Ou protesto no twitter como mobilização.
Pedir troco como ação direta. Reclamar do governo como consciência política.
Que paisinho mequetrefe
Tem razão, Cauim. Apartidária estaria mais correto.
Há pouco tempo tivemos milhares de pessoas protestando semanalmente em frente à prefeitura de SP e na av. Paulista durante mais de 2 meses. Se fosse em outro país diriam “olha que mobilização!” Mas os paulistanos que viram disseram: “olha que baderna! Pra quê isso?” E agora que esses movimentos perderam força, pela má cobertura jornalística e pelo preconceito do próprio povo, que nem tentou ouvir os argumentos, falam que o Brasil não se mobiliza. Tenho vergonha é de quem fica nesse mundinho imaginário e quando se depara com ações reais puxa seus preconceitos do bolso e nem tenta entender.
A partir que li internet a fora sobre o esse 15-M, vi que tem muita gente que não sabe ainda realmente definir esse movimento
pode ser o começo de algo MUITO grande,
ou
um piquenique no parque.
creio (ou espero) que a segunda não seja a mais correta
E se tratando de nosso país, fui saber apenas ontem(20) desta revolta, realmente uma grande ‘negligência’ da grande mídia.
“Também deve ser dito que boa parte dos espanhóis não está nem aí pra nada. As pessoas com as quais conversei pelo Facebook estavam mais interessadas em ir à praia do que se juntar aos protestos na Plaça de Catalunya.”
Do link que o Thales mandou: http://viceland.virgula.uol.com.br/br/blog/?p=7747
/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
falaurbe [@] gmail.com
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