quinta-feira

13

dezembro 2007

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Uma pose neón

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O Klaxons é hoje uma das bandas mais amadas e odiadas da Inglaterra. Ao mesmo tempo. A recente premiação no Mercury Awards serviu de motivo para se reiniciar discussões sobre a banda.

São talentosos, não há dúvida. E há de se admirar um mercado fonográfico onde algo tão barulhento quanto o Klaxons é premiado.

Entretanto, a postura blasé dos integrantes, somada a atenção exagerada que o Klaxons dá para besteiras como cunhar e espalhar um termo bobo como new rave, angaria antipatia na mesma proporção que as músicas conquistam fãs.

Justice

Antes deles, o Justice fez mais uma apresentação avassaladora, trazendo de volta a pergunta: banda de abertura?! Em cerca de um mês, a dupla abriu para Chemical Brothers, Cansei de Ser Sexy e Klaxons. A próxima data na cidade, em fevereiro de 2008, finalmente trará os dois como atração principal da noite.

Como de costume, com a classe parisiense, a dupla inseriu samples dos anfitriões da noite em seu set. E tome sirenes de “Atlantis to Interzone” sobre “We are your friends”, além da picotada aloprada de “Skitzo dancer”, do Scenario Rock (gracias pela identificação, Matias), criando um refrão melhor que o original.

O público, no princípio apenas respeitoso com os convidados especiais, parecendo desconhecer o Justice, urrava no final enquanto Gaspard e Xavier saíam do palco.

Klaxons

Era vez da atração principal satisfazer a meninada — maior parte do público. Ao vivo, o Klaxons dá justificativa para os dois lados da discussão ao seu redor.

Com algumas boas músicas, fizeram a turma dançando de olhos fechados voar através do teto e voltar. Porém, os que estavam de olhos abertos foram saudados com uma performance de fazer a dupla Slash e Axl Rose corar de vergonha.

Trejeitos, capas de couro, frases de efeito, proibição dos tubinhos de neón que antes eram tão bem vistos, a atitude “duas noites lotadas na Brixton Academy e não estou nem aí” e uma chuva de papel picado realmente tiram o foco da música. E isso só pode ter um resultado negativo.

Sem tanta purpurina ao redor, talvez seja mais fácil gostar do Klaxons. No Coachella, quando foram obrigados a tocar num palco de festival, sem direito a tanta frescura e oba-oba, o som sobressaiu e a impressão foi positiva.

O problema é que essa opção parece inexistente. O disco de estréia, “Myths from the near future”, é ruim (embora tenha gerado uma penca de remixes assassinos, de 2ManyDJs a Skream). Ao vivo, é uma banda saída de uma revista voltada para pré-adolescentes.

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