Os grandes veículos de imprensa sequer noticiavam o incêndio gigantesco que lambeu o Morro dos Cabritos, na Lagoa, Rio, quando no Twitter surgiam as primeiras imagens e o assunto era bastante comentado. Foi da rede social que veio a informação de que o fogo foi causado por um balão.
Um dos pontos mais abordados entre os usuários era justamente a demora dos portais de notícia em falar do fogo. O cheiro de queimado já havia se espalhado por diversos bairros até o triste assunto finalmente surgir nos canais de notícia na TV e na rede, com um atraso de mais de hora — e sem imagens.
Da mesma janela de onde fez o registro mais comentado do Rio saindo do apagão ano passado (e também de uma tempestade se formando), Tiago Lins novamente foi rápido. As imagens aceleradas do fogo, ainda no início, se alastrando pelo morro foram divulgadas pelo Twitter no início da madrugada. Está se espalhando tão rápido quanto o fogo, transformando-se, outra vez, no principal flagrante da desgraça.
A velocidade alucinada das informações no Twitter não são novidade. O saite já havia demonstrado força no dia da morte de Michael Jackson, no baile que o Lei Seca RJ deu na CET-Rio no dia do dilúvio no Rio ou mesmo na recente brincadeira do “Cala Boca Galvão”.
Nesse contexto, é impressionante que sua importância ainda seja colocada em questão. As dúvidas medrosas só poderiam mesmo vir de representates do velho formato.
Parte da equipe de estrada da atração de abertura da turnê do Guns N Roses no Brasil, Sebastian Bach (ex-Skid Row), Bobby Jarzombeck estava na Apoteose no momento da tempestade que derrubou o palco e cancelou o show do Rio e filmou tudo. O resultado não faz feio frente aos melhores momentos de “Cloverfield”.
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.