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sexta-feira

4

setembro 2015

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Entrevista: Branko (Buraka Som Sistema)

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branko

Colaborador informal do URBe, o Joca Vidal entrevistou o Branko e mandou pra cá. Ouça “Let Me Go” aqui embaixo e você certamente vai ficar interessado em ouvir o que tem a dizer o fundador do Buraka Som Sistema tem a dizer. Recentemente Branko produziu uma música com a Mahmundi (ainda inédita) e toca em SP no sábado e na Wobble no Rio neste domingo, dia 06.

Fala, Joca:

O português Branko retorna ao Rio neste domingo para lançar na Wobble seu novo álbum, o ótimo ‘Atlas’. Para o lançamento do disco, que foi gravado em New York, Lisboa, Cidade do Cabo, Amsterdam e São Paulo, Branko fez uma documentário chamado “Atlas Unfolded” (assista o capítulo sobre São Paulo, onde gravou com Marginal Men, Cícero, M. Takara, Guilherme Granado e o MC Bin Laden). Antes de chegar ao Rio, Branko toca no Boiler Room hoje (sexta, 04, com transmissão a partir das 18h) e também sábado, no Secreto (SP).

URBe: Fale um pouco sobre “Atlas”, o que inspirou o álbum e o projeto?

Branko: Foi um processo longo de mais de um ano em que fui traçando a viagem que queria fazer. A inspiração para “Atlas” foram as as pessoas e a energia das cidades.

URBe: Qual a diferença de “Atlas” para seu trabalho com o Buraka?

Branko: As ideias e minha visão musical são as mesma no Buraka, no meu selo Enchufada ou no meu trabalho solo. A diferença é que sozinho acabo por ter todas as decisões e conseguir chegar a um resultado mais pessoal.

URBe: Como surgiu o Buraka Som Sistema?

Branko: O Buraka surgiu da ideia de criar um som de Lisboa, que fosse realmente uma mistura de todas as realidades que se vivem na cidade. Metade da banda é angolana e outra metade portuguesa, por isso queriamos fazer algo que conseguisse tocar as todas as pessoas.

URBe: E suas influências como produtor? Quais são?

Branko: Comecei a fazer música no computador do meu pai em 1998 ou 99 e a partir daí nunca mais parei. As minhas influencias eram tudo e mais alguma coisa, desde a procura de samples de locais distantes no mundo até toda a cena londrina do broken beat etc que estava em desenvolvimento naquele momento.

URBe: Você já tocou na Wobble no Rio, né?

Branko: Sim, e achei o evento muito bom. Já acompanhava os line-ups on line e o trabalho dos Marginal Men e sinto que é um evento que está a fazer uma boa ponte entre uma cultura mais periférica e o centro das grandes cidades como Rio e São Paulo. Isso é essencial quando se está a tentar construir uma cena.

URBe: Curte algum produtor local?

Branko: Em termos de criação musical acho muitos tem talento e podem mesmo chegar longe. Um nome que me vem á cabeça no momento é o Omulu.

Repetindo, Branko toca nesse domingo na Wobble, no Fosfobox.

segunda-feira

24

novembro 2014

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Transcultura #152: Four Tet & Floating Points // Caribou

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transcultura_oglobo_fourtet_floatingpoints

Texto na da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo. O evento já foi, mas o papo com Four Tet e Floating Points continua valendo a leitura. A entrevista contou com a colaboração do Nicholas de Lucena, da Rádio Magma.

Eletrônica e além
Entre os nomes mais respeitados do gênero, os ingleses Four Tet e Floating Points tocam pela primeira vez no Rio.
por Bruno Natal

Num mês tão abarrotado de shows que ganhou o apelido de “Supernovembro”, o Rio recebe dois dos nomes mais respeitados da música eletrônica avançada: os ingleses Four Tet e Floating Points. Ambos se apresentam nesta sexta, às 23h, no Cais da Imperatriz, na Praça Mauá, como parte da festa Gop Tun, do selo paulistano de mesmo nome, que comemora dois anos de existência nessa primeira edição no Rio.

Four Tet

Aos 36, Kieran Hebden é um dos mais respeitados produtores de sua geração. Em seu verbete na Wikipedia, o Four Tet é relacionado a eletrônica, folktronica, IDM, trip-hop, pós-dusbstep, pós-rock e outsider house. A lista de artistas pop que o procuram para ganhar um remix e de quebra um selo de qualidade é extensa e inclui The xx, Radiohead, Aphex Twin, Bonobo, Explosions in the Sky, Matthew Dear e Black Sabbath.

Entre os parceiros, tem colaborações com o baterista de jazz Steve Reid, com Caribou, Thom Yorke e o misterioso Burial (que muitos apontam ser ele próprio, mesmo após William Emmanuel Bevan ter assumido a identidade). Os sets do Four Tet não ficam presos a essas colaborações. Além das músicas próprias dos seus sete discos, Kieran faz improvisos e colagens ao vivo. E, apesar de estar se apresentando no Rio pela primeira vez, ele não é um estranho ao país.

— Estive no Brasil pela primeiras vez em 2002, e esta é minha quinta visita. Quanto aos remixes, ainda não pensei em nenhum brasileiro para chamar, quem sabe no futuro?

Além do trabalho como produtor, Kieran se dedica também ao próprio selo, Text Recordings:

— Será um 2015 intenso para Text. Estamos com alguns grandes lançamentos programados, e normalmente mantenho tudo em sigilo até o vinil estar pronto. Tem dado certo assim. O meu Twitter (@FourTet) é a melhor manieta de saber em primeira mão sobre os lançamentos do selo e meus próprios.

Admirador da música brasileira, Kieran conhece alguns artistas clássicos e também outros muito novos.

— Gosto muito de música brasileira e sempre compro mais discos, de Milton Nascimento a Tim Maia. Entre os artistas de música eletrônica, gosto muito do Babe Terror, de São Paulo. Fiz um remix pra ele, lançado pela Phantasy.

Floating Points

Com formação clássica de piano e jazz, Sam Sheperd, o nome por trás do Floating Points, percorre trilhas alternativas em algum lugar entre o house, glitch-hop, dubstep e o ambiente.

Cofundador, com Alexander Nut, do selo Eglo, (pelo qual foi lançado o elogiado “Yellow memories”, da cantora Fatima), Sheperd também montou uma big band chamada Floating Points Ensemble, com 13 músicos se dividindo em metais, cordas, vibrafone, guitarra, baixo, bateria, e em que ele toca teclado Rhodes. O projeto, no entanto, tem apenas um disco, de 2010. Atualmente, Sam tem se apresentado solo, como DJ.

— Existem planos para mais colaborações com músicos e shows, mas ultimamente concentrado principalmente nas minhas apresentações como DJ. Neste ano supervisionei o disco da Fatima, que contou com muitos músicos tocando instrumentos ao vivo e, de certa maneira, foi uma espécie de continuação do Floating Points Ensemble.

Também fã da música brasileira, ele incluiu Tim Maia e Gal Costa na seleção do seu último podcast para a Rinse FM. Além disso, Sheperd também participou de “Brasil Bam Bam Bam”, disco do radialista inglês Gilles Peterson, gravado no Brasil e coproduzido por Kassin.

— Minha relação começou como fã, o próprio Gilles é uma pessoa que sempre deu muito destaque para a música brasileira, mas aos poucos foi algo que cresceu muito no meu gosto. Minha viagem ao Brasil em 2011 foi algo que só fez aumentar a fascinação por artistas brasileiros.

Como é sua primeira vez no Rio, a expectativa da apresentação é grande.

— Estou muito animado com a viagem e para conhecer a cidade e explorar algumas lojas de discos. Já fui a São Paulo e gostei muito, mas sei que é diferente.

Tchequirau

Parte do excelente disco do Caribou, “Our Love”, praticamente presa a um só loop, denso e lento, coberto por um vocal fantasmagórico, essa “Silver”é pra cozinhar em fogo baixo.

quarta-feira

13

agosto 2014

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O vídeo oficial do Queremos Jagwar Ma! no Rio

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foto: I Hate Flash

Semana passada o Jagwar Ma tocou no Rio para pouco mais de 150 pessoas 252 pessoas, pouco mais da metade da casa. Uma pena que tão pouca gente foi assistir um show tão bom. Ouvi dizer que muitos ficaram desanimados por ser no Miranda, casa que se lançou como de luxo com ingressos caríssimos e agora luta para desfazer essa imagem. Besteira. A casa é ótima, intimista e o show custava R$ 70, mesmo preço que no Circo Voador (lugar que alguns da Zona Sul acham longe).

Azar de quem perdeu, foi bonzão e a banda saiu alucinada do palco, como você pode ver na entrevista que fiz com eles, em que citam inesperadas influências de Tom Jobim e rastas.