Uma volta pelo Rock in Rio
Written by urbe, Posted in Música, Resenhas
Fui ao Rock in Rio mais pra ver a produção do que para conferir as atrações, praticamente uma obrigação profissional. Não entrei nesse mimimi de reclamar da escalação por um simples motivo: o evento não é feito para mim. É para outro público e, nesse ponto, os ingressos esgotados para todos os dias com meses de antecedência falam por si só.
Nesse sentido, impressiona a magnitude do evento, é uma produção gigantesca em que quase tudo funcionava perfeitamente. O clima de shopping center montado num estacionamento está longe do meu ideal, porém muita gente se esbaldou por ali, como se fosse domingo e as bandas fossem música de fundo.
Seja como for, o ponto principal é ver um evento fortemente voltado para classe B e C feito com cuidado. O alto preço dos ingressos demonstra o aumento do seu poder de compra e, ao realizar algo caprichado para esse público, o Rock in Rio ajuda a educar.
Filas minimante organizadas, pedidos de “licença” e desculpa” por esbarrões involuntários, espaço entre as pessoas para assistir o show, tudo isso parecia potencializado pelo ambiente, ainda que sujeirada no chão etivesse braba e tenha havido muitos assaltos dentro e fora do evento.
Como na contestada teoria das janelas partidas, ao ser tratado com respeito, o público se torna respeitoso. E não custa lembrar, vem Copa e Olímpiadas por aí e precisamos aprender a nos comportar nesses eventos.
Entre os shows, o do Stevie Wonder não foi nada diferente do que assisti em 2008, uma chuva de clássicos, um espetáculo calculado, excelente, mas um pouco engessado.
Janelle Monae não segura a onda, como já não havia segurado na abertura da Amy Winehouse, e a Kesha foi contrangedor de tão ruim. Surpresa foi o Jamiroquai. Com um bandão, fez praticamente um set de disco, com músicas emendadas e balançando. Por essa não esperava.
Concordo em tudo. Jamiroquai foi igual cd, pena que ele tava puto com o som da voz, deu pra perceber que ele não relaxou. Surpresa mesmo pra mim foi Janelle Monáe, que apesar deu saber ter um show bom, ainda assim foi acima do que esperei. De quebra ainda ver o baixista dos Stones dando canja na Rock Street e depois na meiúca da galera pra ver o Stevie valeu pra contar história. Aliás, antes do Arnaldo Brandão a banda que tava no rock street, tocando o terror com clássicos de The meters, Sly and Family Stone e Aretha brilhou, excelente alívio para Legião e Kesha…
Boa Bruninho!
Engraçado q minha opiniao sobre o Jamiroquai é justamente oposta a sua. Acho q fui a todos (ou quase) os hsow do Jamiro no Rio e esse, sem duvida, foi o pior de todos. Com um set curto (por ser um festival), exploraram mto mal os hits e a disco. Alem da falta de potencia no som, o q prejudicou mto, achei q brindaram o publico com um show pra la de morno e sem graça.
Pra quem estava abrindo pra lenda do Motown, Stevie Wonder, os caras pareceram nao querer brilhar tanto…
No resto, estou de acordo.
Abs
Achei ótimo a voz do cara escondida, hahaha! Fiquei entre as duas house mix e o som tava mto redondo dali.
Me decepcionei bastante com o do Jamiroquai. Achei a set estranha e pequena. Esperava mais calor no show. Tanto da parte da banda como da platéia. Mas paciência né. Stevie Wonder salvou a noite.
não fui ao rock in rio, mas gostei do texto 🙂
só uma observação: a chamada “broken window theory” não afirma que, ao ser tratado com respeito, o público se torna respeitoso; o que ela afirma é uma relação direta de causa-efeito entre desordem e crime (“quanto maior for a desordem pública, maiores serão as taxas de criminalidade”).
mas, de boa, há literatura de qualidade refutando essa teoria. por exemplo:
http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0674015908/qid=1129554504/sr=8-1/ref=sr_8_xs_ap_i1_xgl14?v=glance&s=books&n=507846
e um bom debate sobre o assunto:
http://legalaffairs.org/webexclusive/debateclub_brokenwindows1005.msp
abs!
sei que a teoria não fala exatamente de respeito, antonio. quis dizer que ordenação atrai ordenação, um ambiente ordenado ajuda as pessoas se comportarem de acordo.