quarta-feira

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dezembro 2008

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Tráfico zero

Written by , Posted in Urbanidades


foto: Marcelo Piu / Agência O Globo

Apenas 13 dias após iniciar uma ocupação do Santa Marta, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, declarou que todas as bocas-de-fumo estão fechadas e que o morro Dona Marta (nome relacionado ao tráfico e que a comunidade local não gosta). Repórteres do jornal O Globo visitaram a favela e realmente não viram traficantes.

Para quem não é do Rio, vale dizer que, apesar de não ser das maiores comunidades em termos numéricos, o Santa Marta fica em Botafogo, coração da Zona Sul, numa das áreas mais valorizadas da cidade e também ponto estratégico para o tráfico.

Se isso de fato está acontecendo (só acredito vendo e vou tentar dar um pulo por lá amanhã), é um marco para cidade. Mostra que é possível o Estado se fazer presente e alterar positivamente o cotididano das favelas.

Isso está sendo possível, diz-se, porque está sendo feita uma ocupação permanente do lugar, não apenas uma missão de combate. A única favela do Rio onde não há tráfico, há anos, é a Tavares Bastos, no Catete, no topo da qual fica a sede do Bope.

É claro que a escolha de favelas da Zona Sul (a próxima deve ser o Chapéu Mangueira, no Leme — não confundir com a Mangueira) para iniciar os projetos não é coincidência, visando aliviar tanto as comunidades quanto o asfato. Porém, há lógica nisso, visto que essas favelas são menores e menos intrincadas do que, por exemplo, as que formam o Complexo do Alemão.

Continuo acreditando mais em escolas no lugar de batalhões. Um dia a gente chega lá.

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