jota quest Archive

terça-feira

25

junho 2013

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Nile Rodgers grava com Jota Quest

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Após participar ativamente do novo disco do Daft Punk, a lenda da disco music Nile Rodgers desembarcou no Brasil para gravar com o Jota Quest. Além dele, Adriano Cintra, fundador e mentor do Cansei de Ser Sexy, também participa do disco.

sexta-feira

9

fevereiro 2007

6

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sexta-feira

22

dezembro 2006

7

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Jota Quest, "20%" (Sony-BMG)

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Os 4 leitores regulares deste espaço sabem que quando os textos longos dão lugar a notas curtas e informes de agenda constantemente, é sinal de que algum trabalho grande está em curso, impossibilitando atualizações decentes do URBe.

Logo após o lançamento de “Desconstrução” (documentário sobre as gravações do mais recente disco de Chico Buarque, “Carioca”), fui convidado para um projeto totalmente diferente: dirigir um documentário sobre os 10 anos do Jota Quest.

Ao contrário de outros projetos, a iniciativa não partiu de mim. Fui convidado pela banda, via indicação do Mateus Araújo, do 6D Estúdio, para contar sua história.

Lembro exatamente do dia que o Mateus falou disso pela primeira vez, de como respondi “pode ser” e fui pra casa pensando sobre a furada que ele estava tentando me meter. Afinal, pelo o que você pode acompanhar aqui, pop rock não é exatamente a minha praia.

De cabeça aberta, fui conhecer e conversar com a banda, em maio de 2006, durante um show no Tom Brasil, em São Paulo. De fato, após a apresentação, mudei de idéia em relação a eles quase imediatamente. Vi uma banda de verdade, sem armação, com bons músicos, sem culpas de ser pop e com 6 mil pessoas a seus pés.

Havia uma história pra ser contada. “As pessoas não conhecem o Jota Quest”, foi o que pensei. O desafio de investigar o mainstream brasileiro era instigante. E fazer isso de cabeça limpa, livre de preconceitos, sendo justo com eles e comigo mesmo, era o único caminho possível.

Fiquei satisfeito em saber que a banda não pretendia controlar o que iria ser feito, que estavam buscando uma visão externa, por mais que pudesse não concordar com alguns pontos. Um documentário de verdade, enfim. Ao longo do trabalho, realmente as portas estavam abertas e a banda não fugiu dos assuntos (sim, fala-se do “período Fanta”).

Foi uma decisão corajosa. Sem essa confiança e entrega, seria impossível realizar o que havíamos nos proposto a fazer. Ao todo, acompanhei o Jota Quest por três meses em hotéis, rádios, TVs, camarins e shows em Portugal, São Paulo, Rio de Janeiro, nos ensaios em Belo Horizonte e no show comemorativo dos dez anos de lançamento do primeiro disco, gratuito, para 60 mil pessoas, em Porto Alegre.

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Após dois meses e meio de edição, o resultado é o documentário “20%” (56 minutos), com entrevistas com os integrantes da banda, imagens de arquivo e flagrantes de bastidores. O documentário é parte do DVD “Até onde vai”, que traz também o registro do show de Porto Alegre, da turnê do disco de mesmo nome, produzido pela 6D com uma qualidade poucas vezes vista em gravações de shows nacionais.

Na equipe do doc, os parceiros de sempre: Rafael Mellin e Mellin Videos (co-produção, edição e concepção), Estúdio Lontra (finalização de áudio) e o 6D Estúdio (arte).

No horizonte — sei que parece lenda e ninguém mais aguenta ouvir falar da produção de um filme que não fica termina nunca — parece que em janeiro o “Dub Echoes” fica pronto. Estive na Jamaica outra vez semana passada, para um outro trabalho, e resolvi todas as pendências que seguravam o projeto.

quinta-feira

21

setembro 2006

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URBe, 3 anos: a festa

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3 anos, o vídeo: toscamente gravado com uma câmera fotográfica
digital. No escuro.

Já é uma tradição. No dia da festa de aniversário do URBe, cai um temporal, bate o desespero “ih, não vai ninguém!” e, no final, dá certo. Na comemoração dos 3 anos, mais uma vez, foi exatamente assim.

Com um atraso de quase seis meses, finalmente a festa saiu do papel. Depois do susto com a chuva, as coisas entraram nos eixos e cerca de 400 pessoas foram ao 00 se acabar até as 4h e pouca da manhã.

As 23h, quando o Cooper Cobras começou a tocar, ainda havia pouco público. Azar de quem chegou tarde.

O power trio provou que não se passa anos ouvindo Fu Manchu, Karma to Burn e outros ícones do stoner rock impunemente e mostrou músicas contaminadas pelo estilo, como “Até o fim do show”, “Primeiro lugar” e “Pequenas tragédias”. A performance energética do grupo, que sem fazer força vai chamando cada vez mai atenção, com direito a subidas no bumbo e dancinhas, garante a diversão.

Como bom anfitrião, fiz as honras da casa e botei som depois do show. Enrolado com a produção da festa e Sem tempo pra separar músicas, levei uma pá de CD-Rs véios e embolei New Order, Mr. Catra, Ellen Allien, Les Rythmes Digitales, João Brasil, Madonna e Daft Punk. No final, consegui entregar a pista cheia para o próximo DJ.

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Segura o “lainâp”

O lugar já estava bem cheio quando Rogério Flausino assumiu as carrapetas. Fazendo um set de house e tocando praticamente só vinis, o mineiro arrancou gritos de empolgação da galera. Além, claro, de comentários elogiosos de alguns incrédulos que diziam “ué, mas é muito bom!”.

Entre remixes da DFA — para “Deceptacon” (Le Tigre) e “Dare” (Gorillaz) — e discos da Antipop, Flausino manteve a pista lotada e passou a bola, redondinha, para Nego Moçambique.

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Matias e o Comitê Presença 2006

Enquanto o o bicho pegava do lado de dentro, do lado de fora o comitê de candidatura do Capitão Presença a presença angariava votos para causa. Sob o comando do criador e da criatura, houve farta distribuição do material de campanha e os bottons foram bastante disputados.

Finalizando seu aguardado segundo disco no estúdio do Dudu Marote, Nego Moçambique contou que a masterização está marcada para dia 28 de setembro. Será que agora, depois de muitos atrasos, realmente sai? “Reza a lenda”, brincou o próprio.

Enquanto a bolacha não vem, Nego tocou várias músicas novas nessa apresentação. Coisas tão novas que nem no disco estarão, pra desespero do dono da sua gravadora, Daniel Di Salvo, alucinado justamente por essas produções.

Com equipamento novo — substituiu todos os periféricos que utilizava por uma MPC 4000 — Nego, mais uma vez, arregaçou. Dançou, cantou, pulou e fez pular durante mais de uma hora de breaks, grooves e colagens insanas demais pra explicar. A galera se acabou na pista e isso é o que importa.

Durante a troca de equipamentos para entrada do live do Bass Comando, levemente complicada, Alexandre Matias aproveitaria o horário de pico para adiantar alguns dos mash ups que prometeu.

Não deu certo. Devido a uma creca inexplicável no sistema de som, os graves sumiram, os agudos alfinetaram com força e não houve mais jeito de tocar CDs. Uma pena, pois pelo pouco que chegou a tocar, deu pra ver que a seleção prometia.

Chato mesmo é a sede irrefreável por ser VIP nessa cidade. A quantidade de gente que me pediu pra liberar a cartela (o que não fiz nenhuma vez, pois todo o dinheiro do caixa é utilizado pra pagar os artistas) foi inacreditável.

A entrada custava uma merreca, R$10, valor com o qual não se assiste nem mesmo uma apresentação do Mulato Zimbábue, quanto mais uma escalação caprichada como a dessa festa. Não dá pra entender mesmo.

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O fervo

Fechando a tampa, o Bass Comando confirmou as origens (John Woo é integrante do Apavoramento) e aterrorizou o 00 com suas experimentações com baixas frequências e MCs sacanas.

Do hino do Flamengo a “Melô do gaitero”, todas as coisas graves tiveram vez. Eram 4 horas da manhã quando o grupo encerrou os trabalhos e constatou que havia entornado todo seu cachê. E em plena quarta-feira, ainda tinha gente querendo dançar, mas a festa tinha acabado.

O lance é guardar a vontade pro ano que vem. A festa de 4 anos pode ser maior ainda.

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* Agradecimentos especiais à Lontra Music, parceira desde a festa de 2 anos e a Segundo Mundo.