jorge ben jor Archive

segunda-feira

30

maio 2016

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A origem da batida do violão do Jorge Ben

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Jorge Ben URBe

Em um post no Facebook, Luiz Antonio Simas fez uma excelente observação sobre a batida do violão de Jorge Ben:

“Jorge Ben faz, para mim, um negócio impressionante no violão que quase ninguém percebe: a batida dele bebe na fonte do agueré de Oxossi, um dos ritmos nobres – quase digo o mais nobre – do candomblé de Ketu. Benjor percute o violão como se fosse o tambor tocando para os deuses da caça: taque tataque tataque tataque tataquetatatá /taque tataque tataque tataque tataquetatatá. A corrida no ritmo ilustra que Oxossi, andando discretamente na floresta, viu a caça! Não é samba, não é balanço, não é jongo, não é maracatu. É tudo isso, mas é fundamentalmente o agueré que fundamenta o babado. Ele mesmo, o aguerezão, base do toque de caixa da Mocidade Independente de Padre Miguel, inspiração para o toque da Portela e para o samba reggae baiano; a sublime louvação ao caçador de uma flecha só. Confiram, por favor, nos dois vídeos que seguem (a gravação original de Os alquimistas estão chegando e o agueré tocado pelos ogãs do Ilê Ibualamo). Os tambores falam, minha gente, os tambores falam. Tem quem ouça, como Ben, e invente mundos. Isso é a memória ancestral codificada por um grande fazendo das suas.”

Ouça o toque do Ketu e a “Os Alquimistas Estão Chegando” abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ZG-O_YjBXXg

quinta-feira

8

janeiro 2015

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Jorge Ben, "Tropical" (1976)

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JorgeBen_1977___tropical

Disco pouco comentado da carreira de Jorge Ben, “Tropical” foi produzido por Chris Blackwell (dono da gravadora Island) carrega a história de ser a gravação que poderia ter transformado o Babulina em um novo Bob Marley, visto que Blackwell buscava fazer o mesmo trabalho com o brasileiro.

Olha o que o baixista Dadi Carvalho, da banda de Jorge, falou sobre a temporada em Londres para gravação desse disco, em entrevista para Pedro Alexandre Sanches:

“foi logo depois de uma grande temporada em paris, de 15 dias, que a gente seguiu para londres para gravar com chris blacwell, pela island records. chris realmente era louco pelo jorge. a gente ficou 20 dias em londres para a gravação no estúdio em portobello. tudo ia na maior maravilha, mas não avisaram a jorge sobre a idéia de chris de fazer um show dentro do estúdio maior, que era para gravação de orquestras, bem grande.

“o que chris blackwell queria era apresentar jorge para os músicos ingleses. os stones não estavam lá, pois estavam em tour pelos eua. havia vários músicos presentes, como o pessoal do traffic, do bad company etc., a galera da época. jorge só foi avisado um dia antes e não gostou. estava cansado, depois da maratona de shows e gravações, com a voz rouca. mesmo assim aconteceu a festa, me lembro de chris blackwell cortando frutas à tarde para fazer o “ponche”. a gente estava gravando nesse dia. à noite, quando entramos para tocar, jorge, que não tinha gostado da idéia, só tocou duas músicas e foi embora para o hotel. depois disso começou a rolar uma jam session, até as cinco da manhã. eu e gustavo ficamos lá. essa história foi em 1975, no primeiro ano que toquei com jorge.”

Ainda sob efeito do “Tábua de Esmeralda”, o repertório não é de inéditas, mas todas tem arranjos diferentes – alguns muito interessantes, como “Chove Chuva”.

Ouça e vamos nessa, o ano já começou mas é sempre pode ser bom olhar pra trás. Feliz 2015!

Lado A

1 – Taj Mahal
2 – Os Alquimistas Estão Chegando os Alquimistas 4:21
3 – Chove Chuva 9:30
4 – Georgia 13:34
5 – O Namorado da Viúva 17:37

Lado B

1 – My Lady 22:28
2 – Jesus de Praga 30:35
3 – Mas que Nada 34:28
4 – País Tropical 41:00

quinta-feira

16

fevereiro 2012

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quinta-feira

9

fevereiro 2012

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quarta-feira

16

fevereiro 2011

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Um papo com Jorge Ben Jor sobre o show “A Tábua de Esmeralda”

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O papo que bati com o Jorge Ben Jor, filmado pelo Bruno Maia, logo após o Babulina anunciar que está ensaiando o “A Tábua de Esmeralda”, falando da campanha para ele tocar, de como será o show e sobre a gravação do disco. E afirma: fará o show no violão.

Logo no início, meu momento David After Dentist. “Is this real life?”. É sim!