hurtmold Archive

terça-feira

23

outubro 2012

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M.Takara, “Fantasma” e “Baladas” (EPs)

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Nove novas músicas do M.Takara, distribuídas em dois EPs, “Fantasma” e “Baladas”, um lo-fi flertando com o chillwave em SP (só faltou agrupar todas as músicas num só tocador).

1- Circulo completo – EP FANTASMA (2012) by mtakara

2- De onde eu estou – EP FANTASMA (2012) by mtakara

3- Limpo – EP FANTASMA (2012) by mtakara

4- A luz e a poluição – EP FANTASMA (2012) by mtakara

5- Panelada – EP FANTASMA (2012) by mtakara

6- Daqui pro largo – EP FANTASMA (2012) by mtakara

Vi no Soma, que entrevistou o Maurício sobre a decisão de jogar essas músicas na rede sem muito alarde e ainda adiantou algo sobre o novo disco do Hurtmold (do qual Taraka é baterista), o primeiro desde 2007 e que sai em dezembro e se chamará “Mil Crianças”.

m. takara – Mastigando – BALADAS (2012) by mtakara

m. takara – Nada demais – BALADAS (2012) by mtakara

m. takara – Ano novo – BALADAS (2012) by mtakara

terça-feira

16

dezembro 2008

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O passo do Camelo

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O show começa com Marcelo Camelo sozinho no palco, dedilhando um tema ao violão, sem nenhum outro acompanhamento. A intimidade revela um violão sujo, com mais vontade do que técnica. Mais rock do que samba.

Esse deve ser o maior defeito de “Sou”, primeiro trabalho solo do ex-Los Hermanos: ao se levar a sério demais, Camelo perde um pouco da leveza que marca suas composições (mesmo quando letras sérias mascaram isso), atraindo análises mais críticas de suas virtudes como cantor e músico.

Ao vivo, sua banda de apoio (os paulistanos do Hurtmold) ganha espaço e o show cresce. Misturado aos outros músicos, o talento de compositor conta mais que as limitações técnicas de Camelo, transformadas em um elemento — como acontece (acontecia?) no Los Hermanos.

Solto no palco, Camelo interagiu com a platéia (a pedido do seu pai, como explicou), mesmo sem saber exatamente como fazer isso.

Com um sorriso no canto da boca, Marcelo cantou “Janta” e sua letra escancarada (composta com a atual namorada, a cantora Mallu Magalhães, de 16 anos, uma das relações mais patrulhadas da atualidade), falando de um amor que é um “eterno não dá”.

Durante a introdução da música seguinte, “Doce solidão” e após gritos da platéia, Marcelo comentou que “o melhor é que pode tudo, pode tudo”. Herança dos tempos de LH, o coro de roda de violão que se segue é desafinado que só, dificultado por músicas de letras e melodias difíceis de cantar.

As coisas melhoram quando o coral é abafado pela guitarra de Camelo. Aliás, o som todo melhora com a guitarra, quando apenas um dos pés está na MPB e tanto as composições soam mais criativas e a interação com o Hurtmold sobe bastante.

O septeto paulistano quase rouba o show quando, por uma música, Camelo se arrisca e deixa o grupo tocando sozinho. Marcelo é fã e faz questão que o resto do público tenha esse gostinho, espalhado por outras canções, como a versão reggae de “Morena”.

Para recuperar seu público, Camelo abre o bis com “Casa pré-fabricada” e enfileira algumas outras músicas do Los Hermanos. É infalível.

Ainda que sem dúvidas esteja acima do disco, para um show solo fica faltando mais constância e volume. Com um punhado de ótimas canções, uma coisa é inegável: o Camelo dá seu primeiro passo.

sexta-feira

28

novembro 2008

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terça-feira

28

outubro 2008

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Soltando o freio

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URBe TV: Marcelo Camelo, “Doce solidão”

Sábado o TIM Fest tirou o a virilha da lama (porque o pé já tinha sumido lá dentro).

O grande show, em uma noite repleta de grandes shows (Gogol Bordello, Dan Deacon, Sany Pitbull, Neon Neon), foi o de Marcelo Camelo.

Sua estréia, “Sou”, tem sido duramente criticada e ninguém dava nada pela apresentação, mas Camelo cercou-se bem. E saber escalar uma banda é uma grande virtude musical.

Ao contrário do disco, onde a banda de apoio, o Hurtmold, parece andar com o freio de mão puxado, no show eles aceleram sem obstáculos. Ao vivo, as música decolam, ganham peso, nuances e uma pressão que falta nas gravações.

Bom exemplo disso é o momento em que, em vez de apresentar os integrantes individualmente, Marcelo simplesmente senta-se no chão próximo aos pedais de sua guitarra e é engolido pela catarse do septeto paulistano. Não há melhor cartão de visitas para eles.

Porém, há ma boa dose de exagero no balanço bastante positivo (e cego) que os organizadores fazem do evento.

Os problemas de som, embora suavizados, persistiram. O liberou geral dos ingressos (distribuídos aos montes) e a abertura das tendas mesmo para quem não tinha ingresso para o show, lotando o espaço com um público artificial, tumultuaram shows como o do Camelo.

Criou-se um precedente arriscado. Periga ano que vem ninguém comprar ingresso, apostando em uma nova distribuição de entradas quando bater o desespero na produção de ver as tendas vazias. É mais seguro pensar em um formato de festival de verdade (um ingresso para ver tudo) e preços mais em conta.

domingo

15

janeiro 2006

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Três

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hurtmold_2005.jpg
Hurtmold
foto: Luciano Valério/divulgação

Nesse final de semana, o Los Hermanos comemorou as 50 mil cópias vendidas do seu disco mais recente, “4”, com uma mini-temporada no Canecão. Porém, o número que se destacou foi outro, um pouco menor, mas nem um pouco inferior: o três.

Foi esse o número de shows da temporada e , mostrando que não esqueceram suas origens, foi exatamente esse o número de bandas independentes escolhidas pelos Hermanos para abrir as apresentações: Nervoso e os Calmantes, Hurtmold e Cidadão Instigado. Uma por noite.

Na estréia, com a casa cheia de imprensa e convidados, coube ao ex-Acabou la Tequila/Autoramas/Beach Lizards, Nervoso. Pela penca de referências em comum, sonoridade e temática das letras, Nervoso têm potencial para acertar em cheio os fãs do Los Hermanos, principalmente a parcela insatisfeita com o “4” e saudosos da agitação das turnês do “Bloco do Eu Sozinho” e “Ventura”. Por tudo isso, era um show importante.

Apesar do PA novinho do Canecão, o som embolado que se ouvia (problema que persistiu e prejudicou também o show do Los Hermanos) não ajudou. Os Calmantes, talvez apreensivos com a situação, ficaram meio paradões, deixando Nervoso sozinho no palco e dificultando ainda mais as coisas.

Mesmo assim, a garra da banda, calejada do underground, aliada a boas músicas, superou esses problemas e conquistou aqueles de ouvidos atentos e abertos as novidades. Se dos 2 mil presentes, 100 resolverem ir atrás do que ouviram já valeu a pena. A idéia é essa, de pouquinho em pouquinho, conquistar seu espaço.

Na segunda noite, foi a vez dos paulistas do Hurtmold esquentarem o público. Embora o (vá lá) post-rock instrumental, emulando nomes como Fugazi e Tortoise, pudesse representar um risco diante de um público de características messiânicas, afeito a cantar junto e pular o tempo todo, a banda foi muito bem recebida. E chapou o Canecão por preciosos 30 minutos.

Formado, em 1998, por Maurício Takara (bateria, trompete, vibrafone), Fernando Cappi (bateria, guitarra), Mário Cappi (guitarra), Guilherme Granado (teclado, percussão), Rogério Martins (percussão) e Marcos Gerez (baixo), os integrantes do Hurtmold e os do Los Hermanos se conheceram na gravação do instinto programa de televisão Musikaos, em que bandas tocavam ao vivo. O respeito mútuo virou amizade e desembocou no convite para banda fazer esse show de abertura.

No seu terceiro show para um público tão grande (antes disso, abriram dois shows da Nação Zumbi e tocaram no Sónar Barcelona), o sexteto fez bonito, hipnotizando os presentes com músicas repletas de texturas e referências. O Hurtmold é caso raro, daquelas poucas bandas que se saem melhor ao vivo do que em disco.

As percussões crescem, acentuando a latinidade das músicas, os improvisos rolam soltos e o groove explode entre sacudidas de caxixi, noises de guitarra, programações eletrônicas, linhas de baixo, solos de trompete, melodias de vibrafone e quebradeiras na bateria. É uma alegria ver uma banda dessas tocando num lugar com a estrutura e quantidade de público que merece.

No dia seguinte, domingo, o Hurtmold tocou outra vez, na Audio Rebel, em Botafogo. Misto de loja de discos, estúdio de ensaio e local para shows, é um lugar novo e surge como boa opção para shows de pequeno porte. Nem tanto pela qualidade, é verdade, mas pelo clima.

Apesar do cheiro de argamassa das obras e do calor beirando o insuportável (precisa de, no mínimo, mais três ar-condicionados ali), o cafofo onde acontece os shows acaba sendo aconchegante, deixando o público (de até 100 pessoas) bem perto da banda. É o clima perfeito para “shows históricos” (leia-se: quanto menos pessoas, mais histórico).

Dessa vez com 50 minutos de duração (e filmado na íntegra), o do Hurtmold, com certeza, entrou pra essa lista.