grooveshark Archive

sábado

29

dezembro 2012

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Restrospectiva OEsquema: Música

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Esse foi o ano em que não baixei música (2011 já não tinha sido muito diferente), culpa do Spotify e do Grooveshark. O reinado do streaming – e do consumo pago de conteúdo – está apenas começando. De quebra, ainda vimos o grande Tim Maia finalmente ter a magnitude de sua obra sendo revista no exterior através de uma coletânea da Luaka Bop – a mesma gravador do David Byrne que alavancou a carreira internacional (e nacional) do Tom Zé.

segunda-feira

25

junho 2012

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Transcultura #84: Mixtapes // Ann Street Soul Stirrers

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Meu texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Desenrolando a fita
Uma seleção de sites para montar mixtapes virtuais e compartilhar suas escolhas
por Bruno Natal

Quem viveu a época das fitas cassete lembra o prazer que era montar fitinhas com suas música favoritas, seleções para momentos especiais, para guardar ou para presentear alguém. A alegria de montar um repertório que se encaixasse exatamente em um dos lados da fita, sem sobras, era inversamente proporcional ao desespero de rebobinar os cassetes rodando as fitas com uma caneta no recreio, pra economizar pilha. As fitinhas (praticamente) se foram, e com elas todos os dilemas existenciais da montagem de uma fita perfeita. O gosto por fazer uma mixtape, porém, continua intacto e ainda mais rico na era digital. Existem diversos sites que permitem montar e compartilhar sua seleção musical perfeita, quase todos de alguma maneira inspirados no finado Muxtape. Diferentemente de serviços como Rdio, Grooveshark ou Spotify, grande parte deles não roda em celulares, não tem assinatura e utiliza músicas disponíveis em outras redes, como YouTube e Soundcloud, para criar o conteúdo. Escolha o seu e monte sua fitinha virtual:

1. Everyone’s Mixtape
Pegando emprestado o hábito de escutar música no YouTube, o site permite criar mixtapes simplesmente arrastando links de YouTube, Soundcloud ou Vimeo para uma caixinha de fita. Uma vez montada, ela pode ser compartilhada via link direto.

2. Drag On Tape
Além de utilizar músicas encontradas pela rede, com uma ferramenta muito mais robusta do que o Everyone’s Mixtape, o Drag On Tape também permite ao usuário editar mixtapes que encontra na página, podendo elaborar compilações próprias a partir de criações de outros usuários, remixando a mixtape.

3. Mixlr
Também utilizando músicas publicadas em outra rede, no caso o Soundcloud, a graça do Mixlr é criar uma seleção para ser ouvida em tempo real com os amigos, ao vivo, como no saudoso Turntable.FM, comentado aqui na coluna meses atrás.

4. Mixcloud
Bem focado em podcasts e sets mixados por DJs, o Mixcloud serve mais como plataforma para a hospedagem do que propriamente para a criação de mixtapes, embora também funcione dessa forma.

5. 8tracks
Além de mixtapes “curadas” por nomes como Rolling Stones e Pitchfork, o diferencial atual do 8tracks é ser um dos poucos serviços a ter um aplicativo para celular, permitindo escutar suas compilações em qualquer lugar e comprar diretamente as faixas de que mais gostar.

6. Mixtape.me e 7. Playlist
Ambos oferecem uma experiência parecida com o Grooveshark. Afinal, são os próprios usuários que disponibilizam as músicas diretamente na ferramenta. Na prática, funciona mais como uma rádio/discoteca on-line do que como um site para criar mixtapes.

Tchequirau

O grupo Ann Street Soul Stirrers, de Michigam e Los Angeles, fez uma versão matadora do clássico de Bobby Hebb de 1966, “Sunny” (cuja melodia foi utilizada por Leo Jaime em “Sonia”), com destaque para os arranjos de metal e o vozeirão de Antwaun Stanley.

segunda-feira

19

dezembro 2011

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Transcultura #067: Novas Frequências // Grooveshark, Rdio

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Meu texto de sexta passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Em outras frequências
por Bruno Natal

O festival Novas Frequências já acabou e continua ecoando por aqui. Com uma proposta bastante ousada, o evento reuniu alguns dos principais nomes da nova música eletrônica experimental em cinco noites: Com Truise, Sun Araw, Murcof, Andy Stott e os brasileiros Pazes e Psilosamples, uma escalação difícil de se ver até em festivais no exterior, como o próprio Com Truise comentou.

A entortada nos ouvidos foi tamanha que não tem como torcer para o repeteco ano que vem. E metendo o bedelho onde não foi chamado, ficam cinco dicas de nomes que fariam bonito no festival. Bom, isso hoje, né. Até lá aparece muito mais coisa.

Ducktails

Lançado pelo comentado selo Not Not Fun, Ducktails é o projeto solo do guitarrista do Real Estate, Matt Mondanile. Nele, se afasta um pouco do chillwave e envereda por canções assobiáveis, mantendo os aspectos que caracterizam o pop hipnagógico, como sons filtrados, gastos, sugerindo o passado não muito distante das fitas demo.

Peaking Lights

Também afiliado ao selo Not Not Fun, os californianos do Peaking Lights descrevem seu som como “dub pop psicodélico”. Então já sabe o que vem: graves pesados, efeitos e chapação filtrada pelo lo-fi. O disco “936” tem pintado em listas de melhores do ano e a versão com remixes traz reconstruções de nomes como Adrian Sherwood, DaM-FunK, patten e outros.

Washed Out

http://youtu.be/-DkslcOhytU

Uma das grandes estrelas do chillwave, ao lado do Toro Y Moi, Ernest Greene foi surpreendido pelo sucesso das próprias canções, feitas no quarto de casa e disponiblizadas online. “Feel It All Around” é a trilha de abertura do seriado “Portlandia”, aumentando ainda mais o alcance de suas músicas contemplativas, para ouvir esticado na praia ou olhando pras árvores.

Emeralds

Um dos integrantes da banda, o guitarrista Mark McGuire, estava originalmente escalado para o Nova Frequências com o seu projeto solo, mas acabou cancelando sua vinda. O Emeralds não tem planos para lançar um segundo disco, mas se viessem seria uma boa oportunidade para McGuire também se apresentar.

Chet Faker

Só pra manter uma atração com trocadilho no nome, sai Com Truise, entra Chet Faker (já falamos dele aqui na coluna, assim como do Eltron John). O australiano classifica sua música como “future beat, downtempo, post-dusbstep, sex”. Pra entender, tem o atalho dos remixes: ele já produziu versões estranhíssimas de “Nude” (Radiohead) e “No Diggity” (Blackstreet).

Tchequirau

Enquanto o Spotify, melhor serviço de assinatura de música por streaming, não desembarca por aqui, temos os gratuitos Grooveshark, seguindo forte (com visual melhorado) e a versão brasileira do Rdio.

segunda-feira

6

dezembro 2010

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quarta-feira

8

setembro 2010

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Transcultura #017 (O Globo): Spotify // Sleep Cycle

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Com um belo atraso, o texto da semana retrasada da coluna coletiva “Transcultura” que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Música no ar
Saite sueco Spotify conquista o público com seus dez milhões de arquivos em “streaming”
por Bruno Natal

O hábito de escutar música online, iniciado com a explosão das trocas de arquivos no Napster no ano 2000, vai rapidamente migrando para os serviços de streaming. A exemplo de como funciona o MySpace, nesse tipo de transmissão o usuário nunca recebe o arquivo com a música, simplesmente aciona o fluxo de dados em um servidor a partir do seu computador. Exatamente por essa facilidade, ainda que as gravadoras briguem por melhores remunerações, uma das principais plataformas para escutar músicas atualmente é o YouTube.

Com um catálogo gigantesco, estimado em mais de 10 milhões de músicas, o sueco Spotify despontou como a estrela desse tipo de negócio. Lançado no final de 2008, já conta com mais de 700 mil usuários, dos quais 250 mil são assinantes (segundo dados da revista Wired). Esse é o grande diferencial do Spotify. Se o serviço em si não é uma novidade – há outros mais antigos, como Rhapsody, Last.Fm, Mog, Zune – ele se diferencia porque seu modelo de negócio está se sustentando mesmo com o crescimento.

Enquanto outros tentaram se sustentar principalmente através de anúncios para os usuários gratuitos, mesmo com acordos com as grandes gravadoras e principais selos, a base de assinantes não se expandiu como esperado, o alto número de usuários gratuitos estouraram o limite de anúncios e as contas não fecharam na hora da divisão.

Com esse tipo de serviço se popularizando, um acordo padrão para esse tipo de execução online fica cada vez mais próximo. Resta resolver a complicada matemática entre o direito das gravadoras, editoras e artistas. Embora especialista apontem que anúncios ou assinaturas não são suficientes para cobrir os custos, o We7 (we7.com), fundado por Peter Gabriel, recentemente conseguiu fechar no azul utilizando esse modelo de negócio.

Dois fatores pesam para o sucesso do Spotify. O primeiro, dizem, é uma comentada participação das principais gravadoras no negócio, aliviando nas exigências nesse primeiro momento (e gerando acusações de não oferecer bons acordos para os independentes). O outro são os aparelhos celulares. O grande salto financeiro do Spotify veio quando foi lançado o aplicativo para telefones, disponível apenas para assinantes. Quem paga também ouve arquivos com melhor qualidade de compressão. A possibilidade de ter a discoteca mundial no bolso por cerca de 28 reais mensais, sem precisar ocupar espaço no HD, perder tempo procurando na rede ou esperar pra baixar, é irrestível. O número de páginas dedicadas apenas a distribuir as coletâneas feitas por usuários é a prova disso (spotifyplaylists.co.uk é um deles), com o serviço apostando cada vez mais em características de redes sociais e interacção.

Como sempre, não há nada dos Beatles ou do Pink Floyd. Apesar de muita coisa brasileira – Cidadão Instigado, Marcelo Camelo, Wado ou Mombojó, com discografias desatualizadas. Tim Maia e Jorge Ben, por exemplo, só estão disponíveis em coletâneas. Por enquanto o serviço está restrito aos usuários de alguns países da Europa. A limitação é feita baseada nos dados do cartão de crédito utilizado para o pagamento e no endereço IP de quem estiver contratando o serviço, portanto isso significa que quem tiver um amigo em um dos países ativos pode usá-lo para contratar o serviço.

Os fundadores do Spotify dizem que a disputa deles é com a livre troca de arquivos, oferecendo facilidades semelhantes mediante um pagamento justo. Nos EUA, mercado onde o Spotify sequer entrou ainda, o Grooveshark (grooveshark.com) cresce sem parar. Sem precisar de cadastro e disponível em qualquer país, os próprios usuários sobem as músicas, garantindo que se encontre quase tudo e fazendo com que o saite execute mais de 60 milhões de músicas por mês. Também há um acordo com gravadoras, porém esse método gera diversas músicas duplicadas, triplicadas e nem sempre com a melhor qualidade. É o preço da gravidade.
A dificuldade então é análoga ao ditado “Quem tem tudo, não nada tem”. Com todas as músicas do mundo no seu bolso, saber o que e por onde começar. Dar conta de escutar tanta coisa será a grande tarefa.

Tchequirau

Através do acelerômetro do iPhone o aplicativo Sleep Cycle monitora a vibração do colchão provocada pelos seus movimentos, determina o estágio do sono e dispara o alarme durante o sono leve, garantindo um despertar suave.