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quinta-feira

23

junho 2016

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Conheça o duo de música eletrônica experimental Gorilla Brutality

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Gorilla Brutality URBe

Projeto dos cariocas Alexandre Colchete e Eduardo Colombo, o Gorilla Brutality explora a música eletrônica experimental flertando com os mais variados estilos e pegando inspirações do mundo digital. O disco de estreia da dupla, lançado propositalmente sem nome pelo selo independente Domina, é o resultado de uma grande coleção de samples que vai desde Beyoncé à elementos de trip-hop.

Via Pick Up the Headphones.

segunda-feira

22

setembro 2014

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Trancultura #146: Kinkid // Morning Becomes Eclectic

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Kinkid
foto: divulgação, via Facebook

Texto da semana retrasada da “Transcultura” (coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo) e que faltou republicar aqui:

Texturas e sons camuflados formam o Kinkid
Disco ‘Colorine’ segue viagem eletrônica em que as batidas se camuflam na paisagem
por Bruno Natal

Quem ouve os sons ambientes e a cama de sintetizadores que servem de base para um monólogo em francês de “Ameir”, que abre “Colorine”, primeiro disco de Kinkid, dificilmente imagina que o produtor José Hesse, de 31 anos, estudou três anos de violão clássico e teve bandas de hardcore. Segundo lançamento do selo carioca Domina, fundado por ele em parceria com Pedro Manara e Marcelo Mudou, o disco segue sua viagem eletrônica em que as batidas se camuflam na paisagem, escondidas por texturas, e ainda assim seguem empurrando as produções adiante.

— O projeto é um pouco egoísta, faço pra mim mesmo. Equilibro a suavidade e o peso no meu som. Há quem diga ser “pra baixo”, tem outros que dançam e se identificam com as letras. Não tenho muita pretensão com o projeto, queria dialogar com quem passou por coisas como as que passei — conta José.

Sua relação com a música veio pela da avó, cantora amadora de bolero na década de 1960. A música eletrônica veio mais tarde, no final dos anos 1990, através de amigos DJs e do fascínio pelos vinis.

Inspirado no trip-hop, no som ambient e em nomes como Thom Yorke, Vincent Gallo e Boards of Canada, Hesse fez questão de gravar alguns elementos de percussão e vocais ao vivo. As apresentações do Kinkid — que já aconteceram no Art Rua 2013 e na galeria Pivô, em São Paulo — são feitas apenas com sintetizadores e baterias eletrônicas, sem computadores.

Mesmo acreditando que “o colorido do Rio gere uma sinestesia nos projetos de outras pessoas” e identifique muitos talentos por aqui, Hesse não faz uma análise muito positiva da situação cultural da cidade.

— Não sei o que acontece, acho que há um desinteresse da grande maioria pela arte ou então talvez só se interessem por modismos. Meço isso pela procura ou a mera curiosidade de pessoas de outros estados com Kinkid — diz ele.

Tchequirau

Transmitido a partir de Santa Monica, Califórnia, fundado em 1977 e desde 2008 sob o comando de Jason Bentley, o programa de rádio Morning Becomes Eclectic traz três horas de novidades musicais, apresentações ao vivo e entrevista com alguns dos mais legais artistas independentes. Dá pra ouvir online aqui do Brasil na página do programa.

segunda-feira

5

maio 2014

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Transcultura #137: Manara // Naofo.de

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Manara_Transcultura_OGlobo_2014

Versão integral e sem edição do texto de março da “Transcultura” (coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo) e esqueci de republicar aqui:

Os vários caminhos de Manara
por Bruno Natal

Com sua estréia, “Ihnteractions”, o carioca Pedro Manara, 21, foi logo colocado na prateleira techno. Ele próprio diz que não consegue se definir apenas em um estilo e uma audição atenta do disco comprova isso. As batidas 4×4 estão presentes, mas o ritmo quebradosda faixa título que abre o disco, as frequências de grave assombrosas do encerramento com “Man, Mytho”, passando por samples irreconhecíveis de Bjork, Mary J. Blige e Little Dragon, um clima espacial e sombrio mostra que outros caminhos trouxeram Manara até aqui.

– Quem ouve meus DJ sets não acredita que é o mesmo produtor do álbum e vice-versa. Não preciso estar em um só quadrado. A linguagem musical é sem limites – diz Manara.

“Ihnteractions” é o primeiro lançamento do seu próprio selo, Domina, que toca em parceria com Marcelo Mudou. O próximo será “Colorine”, do Kinkid. O Domina conta ainda com Gorilla Brutality e otimoKarater, todos do Rio. Este mês o selo fará uma residência no Comuna durante quatro fins de semana.

– O retorno está sendo legal, estamos nos organizando pra fazer esses lançamentos em formato físico. Já temos também um sub selo no forno, porque a necessidade de saída de material é grande e um selo com um conceito definido como a Domina não comporta – conta ele.

Na página do Domina ele é definido como “um selo que presta atenção no tipo de música que combine com a chuva, com os dias nublados. Nossa influência vem do techno, mas não como forma de restrição”. Entre as influências pessoais, Manara cita compositores do leste europeu e um brasileiro de peso.

– Me inspiro em minimalistas, como Arvo Pärt e Alexander Knaifel, e em Naná Vasconcelos. Tudo que você escuta no meu álbum sempre é eco de minhas influências.

Para Manara, suas reações sonoras são uma resposta ao que ouvia nas pistas. O “jovem revoltado”, como ele próprio se intitula, não aceitava que apenas a mesma linguagem sonora e timbres tivessem espaço. O techno foi apenas a melhor resposta que encontrou.

– É engraçado como acontece essa relação entre expressão pessoal e rótulo no meio da música. Já não tenho a mesma relação com o ambiente externo, a necessidade de desafiar não é a prioridade. O entendimento de que o techno não é só uma timbragem especifica, mas também uma forma de encarar o arranjo da musica 4/4, muda tudo.

Manara diz que não se sente sozinho e produtores que tem começado a se destacar, formando uma cena.

– É inegável a existência de uma cena de produtores no Rio e no Brasil. Tem quem fomente o bonde, como o Chico Dub, e também uns caras como o Carrot Green, Ney Faustini, Sants, Casanova, de Porto Alegre, e L_Cio, de São Paulo. Essa semana haverá o primeiro lançamento do selo Cana, do Pedro Fontes (Wobble), Bruno Queiroz (Manie Dansante), Flavia Machado (Klang) e Marcelo Mudou. Está todo mundo a mil. Há uns anos via alguma dificuldade, hoje só não faz quem tem medo.

E Manara já se prepara para vôos mais distantes.

– Vou viajar para Europa e passo três meses fora, com algumas boas apresentações em vista. Vai ser uma boa porta de entrada e um bom tempo de estudo de pista de dança.

Tchequirau

naofode

O Naofo.de é um um encurtador de links que serva para compartilhar artigos e discutir assuntos sem dar moral para aquele autor que não merece nenhum clique de audiência. Ideal para colunistas de revistas semanais bizarras.