disco Archive

terça-feira

2

setembro 2008

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FF

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Cai na rede a belezura de estréia do Friendly Fires, simplesmente intitulada “Friendly Fires” e lançada pela bacanuda XL Recordings (não por acaso a gravadora escolhida pelo Radiohead para lançar a cópia física de “In rainbowns”).

terça-feira

2

setembro 2008

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segunda-feira

24

março 2008

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João Brasil – "8 hits"

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Abaixo, o texto para imprensa que escrevi para o lançamento do disco do orgeiro da porra, João Brasil.

João Brasil“8 Hits” (zShare)

Nesses tempos de interatividade total, João Brasil enfileira dez músicas em seu disco de estréia, mas deixa para o ouvinte escolher quais são os “8 hits” que dão nome a bolacha. Modesto, o rapaz.

Pra desfazer qualquer desconfiança, o disco abre logo com o maior deles, aquele que estará em qualquer lista dos tais oito hits e será tocado em casamentos, batizados e churrascos por anos e anos: “Baranga”.

O swing eletrônico e apelo pop da declaração de amor à marra das meninas de “cintura de ovo” e que parecem “uma empadinha”, primeira composição do hitmaker, catapultou o nome de João Brasil.

Como não poderia deixar de ser, primeiro a música se espalhou por blogues. Depois, João ganhou o mundo “real”. Foi parar nas páginas da revista Rolling Stone e do jornal O Globo, fez várias participações nos programas do apresentador Marcos Mion na MTV, cantou no Domingão do Faustão e, por fim, fechou a distribuição do seu disco pela Som Livre.

O próprio João produz todas as bases, toca os instrumentos e canta em todas as faixas. É, portanto, um gênio, uma lenda, um mito. Fortemente inspirado pelo universo dos bailes funk, a influência é escancarada nas batidas de “Quero fazer amor” e “Cobrinha fanfarrona”, que já entrou nos sets do DJ Sany Pitbull.

O forte do compositor são mesmo as letras auto-biográficas.

Da sádica prostituta “Elisa” ao encontro apaixonado com a jornalista “Mônica Valvogeu” (escrito errado mesmo e aprovada pela musa inspiradora), passando pela dor de cotovelo “Don’t go to Austrália” (com a participação da amiga e atriz Maria Flor), as mulheres são tema recorrente.

Ele sabe também fazer graça de si mesmo. Da épica “O carnaval acabou com o meu fígado” e sua explosão de bumbos e pratos, à gafe num show do Mr. Catra em um inferninho em Copacabana na auto-explicativa “Pau-molão” (campeã de clipes caseiros no YouTube), João Brasil também descreve (ridiculariza?) seu próprio círculo de amigos em “Supercool”.

A confissão “Mamãe, virei capitalista” conta com a única parceria do disco. O rapper niteroiense De Leve duela com João num encontro que, depois de pronto, soa como se fosse a coisa mais lógica do mundo.

A parte gráfica do disco foi feita pelo diretor de arte Felipe Raposo, da Mustache Design, o mesmo que faz as elogiadas filipetas da festa carioca CALZONE, núcleo do qual também fazem parte o fotógrafo Lucas Bori, autor dos cliques do encarte, Pedro Seiler (produtor do João Brasil) e esse escriba. Ou seja, está tudo em casa.

Os oito hits cabe a cada um escolher, mas talvez seja melhor refazer as contas. Na verdade, são dez.

Bruno Natal
Março/2008

terça-feira

28

agosto 2007

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O sinal

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Tida como atual grande revelação do circuito independente, com um hit virtual circulando há um ano na rede e escalados para o TIM Festival 2007, o Vanguart lança seu disco de estréia, homônimo, encartado na revista OutraCoisa.

A inclinação pouco filtrada ao folk de Bob Dylan e as emulações dos vocais de Thom Yorke, duas referências imediatas (ou, juntando as duas coisas, um Radiohead fase “Pablo honey”/”The bends”), somadas a postura um tanto universitária “uhú, tô de saia na capa” que se espalha pelas letras, atrapalham o andamento de um disco com bons momentos.

Houve um tempo em que toda banda independente brasileira cantava em inglês, sem nenhum propósito além de imitar os gringos ou esconder letras ruins sob a desculpa esfarrapada de que “compor em inglês é mais fácil”.

Nos anos 90, uma leva de grupos (formada por Raimundos, Planet Hemp, Skank, Rappa e outros) se estabeleceu cantando em português, facilitando a comunicação e (re)estabelecendo outro padrão. De lá pra cá, a “regra” (ainda bem) é as bandas cantarem em português.

Com o mundo a poucos cliques de distância, ultimamente alguns grupos voltaram a cantar em inglês, de olho no mercado exterior (salve Tom Jobim!), no rastro do sucesso do Cansei de Ser Sexy (muito embora o Bonde do Rolê tenha chegado lá sem utilizar desse artifício).

O Vanguart, por sua vez, divide suas composições entre três idiomas: português, inglês e espanhol. Se o objetivo do grupo não for o sucesso internacional, não fica claro o porquê dessa opção. Sobretudo por um pequeno detalhe.

Os três grandes momentos do disco são “Semáforo” (o tal hit virtual), “Cachaça” e “Para abrir os olhos”. Não por coincidência, todas elas em português. Faz pensar que belo disco não seria se as outras músicas não tivessem seguido o mesmo caminho. Não por xenofobia, mas pelo simples fato de as composições em português serem muito superiores as outras.

Por enquanto, vale o refrão do sucesso do grupo: Só acredito no “Semáforo”.