Chegando Atrasado Archive

quinta-feira

8

abril 2010

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Chegando atrasado 11: Mistery Guitar Man

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Um dos mais bem ranqueados usuários do YouTube, as colagens sonoro-musicais (que lembram o trabalho do Kutiman) do Mystery Guitar Man atingem em média 1,5 de exibições no saite. O principal deles (acima) já passou dos 6 milhões e hoje ele é contratado do YouTube, transformando em profissão o que era um hobby.

O sujeito por trás dos vídeos é o brasileiro Joe Penna. Morando em Los Angeles há dez anos, o paulista não está exatamente preocupado em se mostrar como um músico talentoso. Agora, o uso que que ele tem feito das ferramentas disponíveis no YT é engenhoso.

Em cada vídeo você descobre funcionalidades que nem sabia que o saite oferecia. Joe criou um segundo canal, pessoal, somente para falar dos bastidores e explicar um pouco o processo de feitura dos seus trabalhos.

Além do Mystery Guitar Man, são dele também outros hits, como o “T-Shirt Wars”. A força do rapaz online é tanta que bastou o ex-estudante de medicina pedir para os seus muito espectadores buzinarem o Fantástico para ele ganhar uma matéria no saite do programa.

quarta-feira

17

março 2010

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Chegando atrasado 10: Atlas Sound, "Logos"

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O segundo disco do Atlas Sound, “Logos” figurou em 13o na lista de melhores discos de 2009 na lista do HypeMachine (que é feita baseada no tráfego do saite) e estava na fila de audição há tempos e só agora roda por aqui, após lembrar dele numa resenha do Calbuque no Rio Fanzine dia desses.

Projeto solo de Bradford James Cox, do Deerhunter, o Atlas Sound é bem mais introspectivo, viajante e interessante que sua banda principal. Música pra ouvir olhando pro nada — ou pra essas chuvas que insistem em cair, sem significar que seja um disco depressivo.

Livre para tomar as decisões sozinho, Bradford grava sem escrever as letras, improvisando o conteúdo, toca e programa todos os intrumentos, ao vivo ou no computador. O resultado é um som que prima pelas ambiências, impulsionando um sentimento, um clima, mais do que canções em seu formato tradicional.

A estranha mistura faz uma ponte entre sonoridades dos anos 90 (do indie da Mazzy Star a timbres de violão do Stone Temple Pilots) e blips eletrônicos minimalistas dos anos 00. Os exemplos bizarros e pouco ilustrativos são bons para imaginar esse vão que provavelmente existe apenas na cabeça do autor.

Com participações de Noah Lennox (Animal Collective) e Lætitia Sadier (Stereolab), Bradford já disse que, diferente do primeiro disco, esse é menos autobiográfico. Pode até ser. Mas é autoral até o talo.

sexta-feira

5

março 2010

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Chegando atrasado 09: Jonathan Richman

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A comoção causada pela vinda do Jonathan Richman ao Brasil entre blogues que leio com frequência me fez correr atrás do trabalho do líder do Modern Lovers. A belezura “23 Great Recordings”faz bem o trabalho de apresentação.

Pra simplificar, reproduzo o resumo que o Lúcio fez da carreira do Jonathan:

“O primeiro e único disco do Modern Lovers, de Richman, tem algumas das músicas mais incríveis que eu ouvi na vida. A banda era uma versão underground do Velvet Underground no rock lo-fi americano do final dos 60, começo dos 70, o chamado proto punk. Genialidades à parte, sempre fui mais Richman que Lou Reed. Mas isso é coisa pessoal. Quando os Modern Lovers acabaram, um foi pro Talking Heads, outro para o grupo The Cars, outro parou com a música, outro era Jonathan Richman, fundador, cantor, guitarrista.

“Jonathan Richman, para ficar em seu ato mais, digamos, famoso, compôs parte da trilha sonora e inclusive é visto atuando no espertíssimo filme “Quem Quer Ficar com Mary” (Cameron Diaz, Matt Dillon e Ben Stiller, dos irmãos Farrelly, 1998). Ele era o “narrador” do filme e ficava aparecendo de canto, com seu violão, em várias cenas, tipo atrás de um carro, tocando em cima de árvore.

“Tirando esse momento isolado Hollywood-mainstream, Jonathan Richman sempre viveu no andar de baixo da música trivial. Mas colecionou fãs declarados tipo Lou Reed, Brian Eno, Joey Ramone, David Bowie, Elvis Costello, o Clash e os Sex Pistols todos.”

Os shows do Jonathan Richman no Brasil acontecem em abril, no Circo Voador (Rio) e no Studio SP (São Paulo). Quem estiver na área não deve perder.

segunda-feira

16

novembro 2009

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Chegando atrasado 08: “The Devil And Daniel Johnston”

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Desde que Kurt Cobain surgiu num VMA da MTV com uma camiseta estampada com a capa de um dos seus discos, o nome de Daniel Johnston e sua história tornaram-se mundialmente conhecidos, mesmo que reduzido a um artista-com-distúrbio-mental-compõe-lindas-canções.

Apesar de chamativa, a definição preguiçosa nunca foi motivo suficiente para se aprofundar no som. A qualidade das gravações, a maior parte caseiras, também não eram exatamente um grande atrativo.

Todas essas resistências se dissolveram após finalmente assistir “The Devil and Daniel Johnston”.

Ao apresentar de maneira cuidadosa detalhes da trajetória tortuosa e sombria do compositor, o documentário de Jeff Feuerzeig revela outra dimensão das letras e músicas de Johnston, mostrando como sua genialidade tumultuou vidas por onde passou.

O filme faz ótimo uso do material de arquivo gerado pelo próprio Johnston, principalmente fitas cassete com gravações de seus pensamentos as broncas da mãe e imagens em super-8, com curtas e registros documentais do seu dia-a-dia.

Há diversas imagens de cobertura filmadas para ilustrar histórias contadas no filme. A citação a “2001” na sequência do parque de diversões sobre a barraquinha de comida que ele trabalhava, que Johnston comparava a uma nave espacial, é especialmente boa.

Em menos de duas horas, as gravações mal acabadas e as letras piradas e doídas sobre desencontros, busca da felicidade e aceitação passam a fazer sentido.

Abaixo, o clipe de “I Had Lost My Mind”, retirado do filme:

quarta-feira

21

outubro 2009

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