O carro elétrico
Written by urbe, Posted in Imagem, Urbanidades
http://youtu.be/PnRQJkPqd4g
O carro elétrico, adiado há décadas, como bem mostra o documentário “Who Killed The Electric Car?”, está chegando.
Será uma grande mudança nas cidades a ausência do som dos motores de explosão. E também uma tarefa e tanto descobrir como substituir a presença desse barulho por outra coisa, pois goste ou não, o ronco dos automóveis é também uma referência para quem se locomove na cidade.
No Japão a combinação de grande população idosa com carros que produzem um nível baixíssimo de ruído resulta numa quantidade grande de atropelamentos.
Mas além desse problema urbano, eu vejo outro. Os carros elétricos reduzem a poluição por não haver a queima de combustível, mas uma frota que tenda a se tornar cada vez mais tomada por carros elétricos vai significar um aumento forte na demanda por energia elétrica. Como sustentar mais demanda por eletricidade com uma matriz energética que cause pouco impacto ambiental me parece um desafio enorme.
Os combustíveis fósseis vão acabar e uma alternativa tem que ser pensada mesmo. Mas acho que carros individuais também precisam ser superados.
Pois é, cada um num carro é impossível. E indo para o mesmo lugar… Não precisa. Sem falar na potência. Para que produzir carros que chegam a 200 km por hora? Ou mesmo 100 km, numa cidade?
Porque produzir carros que cheguem a 200km, se essa velocidade não é permitida em nenhuma estrada no Brasil (e enorme maioria do mundo)?
Dizer que carro elétrico é ecológico é a maior mentira do mundo. Tem um documentário ótimo, o “Collapse”, que o cara lembra de uma coisa básica: energia elétrica não é uma fonte de energia, é um meio. Afinal, essa energia elétrica virá de onde? Das usinas de carvão? De Fukushima? De Belo Monte? Outra, tanta energia gasta pra transportar 1 pessoa só? Sorry BMW, vocês não vão salvar o mundo com esse carro estranho.
Você falando em referência me lembrou do cheiro de cigarro nas baladas. Ninguém realmente gostava, mas depois que foi abolido fomos apresentados a toda uma nova gama de odores nem sempre agradáveis.
Prefiro os novos cheiros. Hahhaha!