A escola independente
Written by urbe, Posted in Resenhas
Moptop
foto: Joca Vidal
Entrando em sua terceira semana, o festival Humaitá pra Peixe retomou os trabalhos com o Mutreta e a revelação carioca Moptop. O Espaço Cultural Sérgio Porto estava lotado pra conferir as bandas.
Mostrando um rock com influências de Barão Vermelho, Black Crowes e climas viajante, o Mutreta abriu a noite sem inovar. Apoiado por músicos competentes e muito bem ensaiados, o vocalista Fred Entringer, anfitrião do evento Rock na Varanda e figura conhecida da cena carioca, estava em casa. Até música pra mãe ele dedicou. Entretanto, pelo circuito que vem percorrendo, o Mutreta pode estar mirando na faixa etária errada, um pouco abaixo do público-alvo desse tipo som.
O Moptop veio em seguida e parece ter subido no palco com o pé esquerdo. O volume do som oscilava, a guitarra base berrava, abafando o som da guitarra solo e dificultando a audição do vocal e das letras das músicas. Alheios a tudo isso, o pessoal da mesa de som (da equipe da própria banda) sorria, cantava, dançava e tirava fotos, sem parecer muito preocupados com o bolo sonoro que saía dos alto-falantes e prejudicava bastante a performance do quarteto.
Nervosos com o pandemônio em que ia se transformando sua aguardada apresentação no HPP (tanto por eles, quanto pela platéia), o Moptop parecia travado, ansioso pra resolver o problema. Enquanto a situação não melhorava, o telão bacana, produzido pela rapaziada do 6D Estúdio, chamava atenção e distraia.
O rock dançante, de guitarras sujas, bateria marcada e letras espertas do Moptop, de influências contemporâneas como Strokes, Bloc Party, Kings of Leon e Los Hermanos, preenche um espaço até agora vago no cenário brasileiro. A cada show as referências vão ficando menos explícitas e a banda vai encontrando sua sonoridade. É só dar tempo ao tempo. Falta agora abandonar de vez as letras em inglês (que teimam em ressurgir).
Lá pela quarta música — talvez por obra divina — o som deu uma melhorada. Mesmo sem estar no ponto ideal, foi o suficiente pra relaxar a banda e fazer o show crescer. O púlbico veio junto, reagindo melhor as músicas, culminando no hit “O rock acabou”, com coro e palmas da platéia. Atendendo aos pedidos, o Moptop voltou para o bis, tocando a raramente executada “Bem melhor”.
Foi um show abaixo da média do grupo, mas nem por isso ruim. E ensinou uma lição importante: disposição no palco conta mais do que um som impecável, afinal, o show tem que continuar. A vida independente é mesmo a melhor escola.
Achei um pouco ácida a crítica. Mutreta fez um show impecável, igualmente com o Moptop. Já assisti uns 3 shows deles e sem duvidar posso dizer que eles estão sempre melhorando algo. O telão foi magnífico e Paris é excelente!
Putz Joca. Até da minha mãe tu falou rapá! valeu! Tadinha, ganhou uma música dedicada a ela pq foi o primeiro show que ela viu o que só ouvia falar…tsc..ela mora no ES…e pq a medicina deu meses de vida pra ela…ladainhas! bah! beijos no coração preto e branco.
Nos vemos por aí…se tivermos força pra ser contemporâneos.
Oi Fred,
Deixa eu soh esclarecer uma coisa primeiro: o Joca nao tem nada a ver com o conteudo do URBe. O saite eh feito por mim e por mim apenas.
Achei legal vc dedicar a musica pra sua mae, vc deve ter me entendido errado. Quem falou dela foi vc, neh, nao eu!
Abs,
oi bruno.
me desculpe pelo joca.
confundi com os créditos da foto.
ignorância minha.
seguimos em frente.
tomara que um dia vc goste da gente. teremos outra chance esse ano…quando sai nosso disco novo…
bjos