terça-feira

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agosto 2013

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Transcultura #118: Mount Kimbie

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Texto na da semana retrasada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Mount Kimbie se afasta de vez do dubstep
Banda lança seu segundo disco, ‘Cold Spring Fault Less Youth’
por Bruno Natal

Quando surgiu, em 2008, o Mount Kimbie foi ensacado num cada vez mais frouxo guarda-chuva chamado dubstep. Não era exatamente o que a dupla fazia, embora a influência estivesse lá. O som apresentado em “Crooks & Lovers”, de 2010, era mais espacial e espaçado do que se ouvia nas pistas da DMZ, principal festa do estilo, e logo foi enquadrado no que se convencionou chamar de pós-dubstep — termo que também colou em James Blake em sua estreia — muito embora houvesse ali influências de r&b e indie rock.

Foi um casamento meio forçado. Afinal, naquela época, o dubstep ainda não tinha se transformado no fenômeno pop mundial, presente em trilhas de filmes e videogames, principalmente após ser engolido e regurgitado nos EUA por nomes como Skrillex. Ouvindo hoje os caminhos tomados pelo dubstep, o segundo disco do Mount Kimbie, “Cold spring fault less youth”, lançado pela gravadora Warp, não podia estar mais distante disso.

Dominic Maker e Kai Campos saíram das beiradas e chegaram mais pro meio da pista de dança. Os arranjos são mais elaborados, o disco soa mais aberto, o que se reflete em músicas como “You took your time” e “Meter pale, tone”, que têm vocais de King Krule.

Não se trata de um trabalho somente de produção eletrônica. Desde o primeiro disco que o Mount Kimbie já se aproximava, no palco, de instrumentos tradicionais, utilizando uma guitarra e tocando uma bateria eletrônica ao vivo. Em “Cold spring fault less youth”, as percussões se destacam, assim como sintetizadores e pianos elétricos, com muito do material tendo sido gravado em estúdio.

O deep house de “Made to stray” e a programação lo-fi de “Slow” são dois exemplos do final da relação do Mount Kimbie com o dubstep. Que bom, que sejam felizes para sempre.

Tchequirau

Imagine uma mistura de “Tubarão”, “Twister” e “Serpentes a Bordo”. Esse pesadelo exisite e chama-se “Sharknado”.

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  1. Fabio Tihara

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