Tortura psicológica, paranóia ou gracinha
Written by urbe, Posted in Urbanidades
foto: tungada via Google Images
Essa história quase foi parar no Mondo Bizarro, onde poderia ter se encaixado, não fosse tantas dúvidas.
Se você costuma vagar desatento pelas ruas (só assim pra isso ser percebido), seja na zona norte ou na zona sul do Rio, já deve ter visto o outdoor do @casalperseguido, resumindo sua história e divulgando a página Tortura Psicológica.
Resumindo: um casal, talvez num surto paranóico, se diz perseguido desde que receberam uma polpuda herança. Resolveram então divulgar as histórias inacreditáveis em vídeos na rede e também em horário comprado na TV. Além, claro, dos painéis pela cidade.
Sei… A história toda é muito esquisita.
A página tem recursos que não condiziriam com o naipe dos personagens. Sem falar que espalhar painéis pela cidade e horário de TV custam bastante dinheiro.
Entre os 227 seguidores no Twitter (não há indicação se o perfil é oficial ou não), estão a Pepa Filmes e o Mitsu, dois ícones da galhofa da zona norte.
A favor da veracidade da história, o fato do projeto inteiro ser quase bem feito. Apenas quase. Para ser realista ao extremo, os vídeos são longuíssimos, não dá pra assistir. Se a ideia for virar um programa de humor, exige demais do telespectador. Teria que ser um bocado mais leve pra poder pegar.
Bem… por ter publicado algo sobre o assunto – e suspeitado da veracidade – vou ser considerado da quadrilha? Quem tá ficando noiado agora sou eu.
Assista se tiver de bobeira, mesmo assim só um trecho
Nossa, passei anos curiosa com isso, até que outro dia finalmente lembrei de procurar e achei tudo muito estranho mesmo, mas não tive paciência de ver um vídeo inteiro.
Bruno, esse casal é um espetáculo !! Sempre assitia aos devaneios na TV…tudo sem pé nem cabeça…eu já liguei para ele pra tentar entender o caso e o cara foi todo desconfiado, não quis falar muito…e fiquei sem entender nada…hilário !!…ok, nem tão hilário assim…
Rapaz, essa história, infelizmente, é verdadeira. O casal é proprietário de um imóvel em um prédio que frequento, e dono de muitos outros. Eles têm mesmo dinheiro pra torrar, e infelizmente tão torrando essa grana em comerciais e outdoors por pura loucura.
Basta assistir um pouco de qualquer dos vídeos para ver que as suspeitas do cara não tem fundamento nenhum. Os vídeos, inclusive, já estão sendo usadas na faculdade de psicologia da PUC como exemplo de esquizofrenia paranóide.
Já vi isso várias vezes mas nunca prestei muita atenção. Hoje, depois de ler seu post, resolvi ligar pro telefone do outdoor e só dá fora de área. Engraçado é que os telefones dos vídeos e do outdoor são diferentes.
Um dos melhores posts da história do URBe. Ri pacas!
Sou de SP e fui ao Rio recentemente, vi um desses outdoors e achei curiosíssimo, tinha até esquecido de entrar no site.
bruninho, ha uns2, 3 anos eu liguei pro telefone e consegui inclusive falar com o cara. me identifiquei, disse que era sociologo e que queria conversar com ele, conhecer mais a historia etc. nao teve jeito: a voz do outro lado da linha so repetiu o que estava no outdoor. cheguei ate a colocar um texto no 30 segundos sobre isso… abs
Bruno, isso não é viral, não, eu já vejo esses outdoors há mais de 5 anos, mas pirei com o programa no Youtube recentemente,
o perfil no Twitter não é deles.
Como o Roberto disse, isso é uma doença. Minha tia tem esse mesmo problema, e é impressionante como as paranóias são iguais!! Até o jeito de falar é parecido,a doença dela está controlada agora tomando um remédio chamado risperidona, não sei como ninguém da família desse casal ainda não o levou à um pisiquiatra!
Olá Bruno!!!
Passo por esse anúncio todos os dias na avenida brasil e como todos que comentaram o seu post, também fiquei curioso por saber do que se tratava. No início achei tratar-se de trabalho de vídeo-arte. Uma forma diferente de chamar a atenção mas analisando melhor, Também chegamos, eu e minha esposa, a conclusão mais óbvia …transtorno-paranóico….Existem muitas pessoas que sofrem desse mal. Esse casal, absolutamente, mergulhados na sua doença se expõe. Sem nenhum escrupulo a emissora recebe a grana para veicula isso.
Notem que ele fala sempre em terceira pessoa. Eles dois ali sentados e ele o tempo inteiro: “O casal isso, o casal aquilo”
/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
falaurbe [@] gmail.com
Seções
Arquivos
Posts recentes
Comentários
Tags