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terça-feira

6

outubro 2009

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Franz Ferdinand para poucos em São Paulo

Written by , Posted in Resenhas, Urbanidades


Franz Ferdinand: entrevista sobre Circo vs The Week
vídeo e fotos: URBe

A passagem do Franz Ferdinand por São Paulo tinha como objetivo promover a turnê que o grupo fará pela América do Sul em 2010. Ao decidirem fazer um show fechado e escolherem a pequena The Week como palco, um elefante branco surgiu.

Não era o assunto principal — esse era como conseguir um ingresso — mas devido as semelhanças de condições (como a lotação de pouco mais de 1.000 pessoas), começou-se a falar em um repeteco do clássico show da banda no Circo Voador, em 2006.

Muitos do que estavam no Circo naquela noite dizem ter sido um dos melhores shows de suas vidas. A própria banda concorda, tendo citado diversas vezes em entrevistas esse como o melhor apresentação da história deles. Entrou num panteão além da realidade, imbatível portanto.

Por todos esses motivos a comparação seria tão desnecessária quanto injusta. Mesmo porque, passado três anos, há um terceiro disco no catálogo dos escoceses, o repertório mudou. Se bem que com a qualidade do “Tonight”, esse poderia ser o fator crucial.

Sem se preocupar com nada disso, o Franz Ferdinand simplesmente aproveitou e curtiu o momento, assim como os sortudos que conseguiram conferir uma apresentação tão especial. A pegada mais dançante do que rock das novas músicas caíram bem na The Week, ajudadas por um som redondinho, pecando apenas pela bateria um pouco baixa. Bem diferente do Coachella desse ano, ao ar livre e de dia.

Uma das poucas bandas de sua geração que não apenas conseguiram se estabelecer, mas também crescer, o Franz Ferdinand tem como trunfo um excelentes shows. Mostraram isso em suas visitas anteriores ao Brasil e dessa vez não foi diferente.

Em março eles voltam pra fazer tudo outra vez.

terça-feira

29

setembro 2009

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Entrevista – Dan Carey (produtor de “Tonight” e “Blood” do Franz Ferdinand)

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“Backwards On My Face” (Twilight Omens Dub Version)

Quando o disco “Tonight: Franz Ferdinand” estava prestes a ser lançado, veio a surpreendente notícia de que haveria também uma versão dub do disco.

Historicamente o punk e o dub tem uma relação estreita, principalmenten os anos 70, culminando com o The Clash chamando Lee “Scratch” Perry pra produzir o disco triplo “Sandinista”.

No entanto, fazia tempo que uma banda de rock não se aventurava por esse caminho, ao menos não de maneira tão radical. “Blood: Franz Ferdinand”, um disco inteiro do Franz Ferdinand ganhando o tratamento jamaicano, gerou expectativas.

O nome que assinava as versões era Mr. Dan, pseudônimo de Dan Carey, que além da versão original “Tonight” e a dub “Blood” do Franz Ferdinand, já produziu faixas e discos do Cansei de Ser Sexy, Roisin Murphy, Ladyhawke e remixou Massive Attack e Sebastien Tellier, entre outros.

Na época pedi uma entrevista, que acabou não respondida. Com a vinda da banda ao Brasil essa semana, entrei em contato novamente e dessa vez Dan Carey respondeu as perguntas.

URBe – De quem foi a idéia de fazer uma versão dub do disco, você ou a banda?

Dan Carey – Produzi a versão original do disco, “Tonight”. Enquanto estávamos gravando eu fazia vários pré-mixes das faixas pra testar, enquanto as coisas iam acontecendo. Sempre passo algum tempo nesses testes para ter idéia para a mixagem final. Sempre que mixo uma faixa, faço uma versão dub, por hábito e por diversão. Quando eu mostrava as versões dub a banda sempre amava o som e rapidamente eles tiveram a idéia de eu fazer uma versão dub do disco todo.

URBe – Como a banda chegou a você?

Dan Carey – Sempre fui fã da banda e o Lawrence [Bell], da [gravadora] Domino me apresentou para o Nick [McCarthy] e o Alex [Kapranos].

URBe – Quais outros artistas você havia produzido antes? No que está trabalhando agora?

Produzi e mixei discos para Emiliana Torrini, Garrison Hawk, Joe Lean and the Jing Jang Jong, CSS, M.I.A. e no momento estou produzindo o disco da Alice McLaughlin.


Dan Carey com o maior baixista da música jamaicana, Robbie Shakepeare

URBe – Qual sua relação com o dub?

Dan Carey – Fui guitarrista do Nick Manasseh, que m e deixava passar bastante tempo em seu estúdio e ensinou-me a fazer discos. Porque fazia somente dub, tudo que faço vem dessa perspectiva.

Também passei um tempo na Jamaica com Sly and Robbie. Uma noite fiz um dub de uma faixa, eles amaram e me trouxeram várias gravações originais para eu fazer versões dub delas. Gravei muitas coisas com ele que gradualmente estou transformando num disco de dub.

Também tive uma noite estranha na casa do Lee Perry, na Suíca, onde ele me contou muitas coisas interessantes.

URBe – E a relação do Franz Ferdinand com o dub?

Dan Carey – Todos nós compartilhamos o amor pelo eco.

URBe – Recentemente eles tiveram um documentário sobre a turnê deles na América do Sul feito pelo Don Letts, que nos anos 70 apresentou o reggae e o dub para os punks, como o The Clash, influenciando totalmente o som deles. Você acha que essa convivência possa ter algum papel no interesse da banda pelo dub?

Dan Carey – Com certeza deve ter tido, mas nunca falei disso com eles.


A lenda Lee Perry e Dan Carey

URBe – A sonoridade de “Blood”, a versão dub do “Tonight”, se aproxima mais ao que é entendido como dub no meio da house music, um remix sem vocais. Você concorda?

Dan Carey – Não muito (a não ser por “Die On The Floor”, que realmente era pra ser um club mix). A abordagem — em termos de como os efeitos foram arranjados, o fato de que todos eles são sessões de dub “ao vivo” editadas juntas — é o mesmo. Tentei evitar efeitos que soassem muito “antigos”, então não tem tanto eco de fita, reverb de mola quanto poderia ter. Acho que reestruturei algumas faixas, o que não é tão tradicional.

quarta-feira

18

fevereiro 2009

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Franz Ferdinand inna dub style

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Finalmente apareceu o “Blood: Tonight”, a aguardada versão dub do terceiro disco do Franz Ferdinand, “Tonight”. As mixagens são assinadas por Mr. Dan, segundo informa o Discogs.

Trata-se do pseudônimo do produtor do disco oficial, que em seu Myspace declara o dub como grande influência e traz fotos dele trabalhando com Lee Perry e Robbie Shakespeare (metade do Sly & Robbie). Mesmo assim, algo não saiu como esperado.

A prometida influência do reggae foi substituída pelo significado dub como é conhecido no universo da house music, um remix com menos vocais. Antes mesmo de ouvir, a curta duração das faixas já dava a dica de que alguma coisa estava fora do lugar.

Apesar de uns delays aqui, ecos acolá, de pegada dub, dub mesmo, só tem duas, “Backward on my face” (Twilight Omens dub version) e “Feel the envy” (”Send Him Away” dub version).

1 – “Feel the Pressure” (”What She Came For” dub version) – 3:28
2 – “Die on the Floor” (”Can’t Stop Feeling” dub version) – 6:35
3 – “The Vaguest of Feeling” (”Live Alone” dub version) – 3:50
4 – “If I Can’t Have You Then Nobody Can” (”Turn It On” dub version) – 3:54
5 – “Katherine Hit Me” (”No You Girls” dub version) – 3:43
6 – “Backwards on My Face” (Twilight Omens dub version) – 3:48
7 – “Feeling Kind of Anxious” (”Ulysses” dub version) – 6:31
8 – “Feel the Envy” (”Send Him Away” dub version) – 3:32

domingo

11

janeiro 2009

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quinta-feira

18

dezembro 2008

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Dub sangrento

Written by , Posted in Música

Prestes a lançar seu terceiro disco, “Tonight”, o Franz Ferdinand fala em uma forte influência do dub na produção da bolacha, com linhas de baixo e bateria inspiradas na dupla Sly & Robbie e muitos efeitos.

Deve ser resultado da temporada filmando com Don Letts, que acompanhou a banda em sua primeira viagem a América do Sul para realizar o documentário “Rock it to Rio”.

Não bastasse isso, será lançada uma versão dub do disco, chamada “Blood: Tonight”, nomezinho fazendo referência escancarada a série de discos do Scientist.