sociedade Archive

segunda-feira

9

fevereiro 2009

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Macho

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O aplicativo IAmAMan é das coisas mais bizonhas já programadas para o iPhone. Serve simplesmente para o sujeito coordenenar simultaneamente o ciclo menstrual das mulheres que estiver saindo. É mole?

segunda-feira

19

janeiro 2009

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Xerifão

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foto: introspective

Na nova prefeitura do Rio, choque de ordem é o termo da vez. É infinitamente mais fácil apontar o dedo para coisas que obviamente estão erradas do que combater as causas reais. O alvo do dia são os ciclistas, logo eles que ajudam a desafogar o trânsito cada vez mais caótico.

O motivo é até justo. Aos domingos, quando as pistas da praia são fechadas ao trânsito e são utilizadas por pedestres, muitos pedalam por ali em vez de utilizar a ciclovia. O problema é que a ciclovia também fica cheia de pedestres batendo papo, carrinhos de bebê, de coco, skates, até scooters (!!!).

Falar em melhorias para os ciclistas, nem pensar. O Rio tem uma mal explorada vocação verde, com potencial inclusive para tirar a cidade do buraco. Ciclovias nos principais percussos da cidade, não apenas na beira da praia, são essenciais.

Em Londres, por exemplo, existem faixas exclusivas para os ônibus que, pasmem, é respeitada. E olha que boa parte das ruas da cidade tem apenas duas faixas, imagina a vontade dos motoristas de entrar na faixa exclusiva, livrinha…

São por essas pistas que os ciclistas transitam. Muitas vezes os ônibus tem que desacelerar e acompanhar o ritmo das pedaladas — e mesmo assim chegam ao ponto sempre na hora marcada. Agora imagina tentar isso no Rio? Boa mort… sorte.

Fazer o certo dá um trabalho… Melhor reclamar dos outros, resolver o teu e apontar o dedinho. Avante, Rio!

segunda-feira

12

janeiro 2009

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Loteamento

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fotos: URBe Fotos (no celular)

Nesse verão, ir à praia no Leblon é como desembarcar no meio de campanha de marketing. Salpicada de guarda-sóis amarelos, a areia parece um grande loteamento da cervejaria que presenteou os barraqueiros com material para alugarem aos banhistas.

Não bastasse começarem a berrar, oferecendo barracas desde quando você ainda está no calçadão, agora os vendedores simplesmentes cravejam a areia com os guarda-sóis desde cedo, de modo que não importa o local que você escolha para sentar, estará quase sempre próximo demais das barracas.

O mais irônico é o slogan escolhido pelos publicitários para enfeitar as barracas: “Praia S.A.”.

“Podia ser pior”, disse o Roto para o Esfarrapado. “Ao menos não tem o nome da empresa escrito, é só o logo”. Ahã. Viva a vida carioca, caótica e sem regulamentação. Ouvi dizer, inclusive, que a prática é ilegal (alguém confirma?).

Enquanto isso, em São Paulo (em SÃO PAULO!) a publicidade nas ruas continua proibida.

segunda-feira

22

dezembro 2008

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As árveres samo nozes

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foto: Louise Pedroso

Sem me dar conta de que o lugar estaria repleto de pessoas assistindo o show de luzes da árvore de natal no começo da noite, optei pela ciclovia da Lagoa em vez da praia, como caminho mais prático. Quando percebi, já era tarde demais.

Pra minha surpresa, em vez do tumulto, desordem e confusão comumente associados ao que acontece nas margens e no entorno da Lagoa nessa época do ano, as coisas estavam até bem calmas.

Diversas pessoas de várias partes da cidade, crianças, além de turistas brasileiros e estrangeiros, tiravam foto e caminhavam tranquilamente pela mal iluminada ciclovia. Deu gosto de ver tanta gente curtindo a cidade, numa boa.

Bastou algumas pedaladas em direção ao epicentro, perto da Faculdade da Cidade, para tudo mudar de figura: dezenas de barracas de cachorro-quente, churros e tapioca ocupavam o espaço das bicicletas, carros parados em fila dupla interrompiam o trânsito, ambulantes estressados xingavam quem estivesse na frente “atrapalhando” seus negócios…

O Rio de sempre. Com suas ilusões e realidades.

segunda-feira

22

dezembro 2008

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É de lei

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Teaser do doc “Cidade do funk”, ainda em produção, de Sabrina Fidalgo
(o vídeo tem 4 minutos, apesar de estar marcando 9 no contador)

Os assuntos continuam a se misturar. Agora ocupada pela Polícia Militar, estão proibidos os bailes funk na Cidade de Deus.

Independente de qualquer ilegalidade que cerque esses bailes, mesmo os que são (eram?) oferecidos pelos traficantes, uma coisa é certa: a culpa não é da música.

Respondendo a um comentário no texto falando do projeto de lei que pretende definir o funk como “forma de manifestação cultural popular”, sugeri a leitura de um texto sobre a relação entre violência e funk que havia escrito em 2005, após uma visita ao baile da Formiga.

Como o assunto se torna outra vez relevante, republico o texto. Fica aqui um trecho e o link para quem quiser ler a íntegra:

Sábado, 1h30 da madrugada, Praça Saes Pena, Tijuca. O aparente marasmo da praça deserta esconde muita coisa. Definitivamente, um péssimo lugar para ficar parado de bobeira, ainda mais carregando equipamentos de vídeo e fotografia. Abre o gás, risca o fósforo. A chapa vai esquentar.

O destino da noite era o morro da Formiga, para onde o “guia” DJ Marlboro levava um grupo de jornalistas para registrar um baile funk (eu e o fotógrafo Lucas Bori para uma revista, os outros da produção de um programa de TV). O objetivo das duas equipes era o mesmo: conseguir imagens de um baile de verdade, sem maquiagem. A galera que curte o som desde sempre, se divertindo à vontade. (clique para continuar lendo)