Muito usado na música contemporânea, principalmente no hip-hop, os samples surgiram nos anos 70 com a ideia de criar novas faixas, usando como base elementos de outras canções. Como de se esperar, muitas músicas acabaram ficando mais famosas que as usadas como sample. Outras, algumas pessoas nem fazem ideia de onde surgiram.
Foi partindo dessa ideia que o site Music Non Stop listou 10 sucessos e seus samples originais.
1 – Música: “Lady”, Modjo Sample: “Soup for One”, Chic
2 – Música: “Paper Planes”, M.I.A. Sample: “Straight to Hell”, The Clash
3 – Música: “Loud Places”, Jamie xx Sample: “Could Heaven Ever Be Like This”, Idris Muhammad
Após um longo tempo longe dos holofotes, o Portishead finalmente deu sinal de vida. O trio de Bristol, Inglaterra, lançou recentemente uma versão de “SOS”, do ABBA, que faz parte da trilha-sonora do filme “High-Rise”, do diretor inglês Ben Wheatley. Ao que tudo indica, a música serve como aquecimento para um possível disco de inéditas do grupo que já estaria pronto e seria lançado ainda este ano.
O Portishead ficou famoso nos anos 90 e virou referência do gênero trip-hop com o seu aclamado álbum de estreia “Dummy“, de 1994. Seu último lançamento oficial foi o single “Chase the Tear“, de 2009.
Resenha do show da volta do Portishead, em Londres, que escrevi para o Rio Fanzine, no jornal O Globo.
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Terceiro
Desde que iniciou a turnê do atual disco, “Third”, no final do ano passado, o Portishead não havia ainda tocado em Londres. Fazia 11 anos desde o último show na cidade, então a expectativa era grande no Hammersmith Apollo.
Ao que parece, o trio de Bristol também estava ansioso com a apresentação. Como foi apontado no RF on line pelo Calbuque, após o show o guitarrista Adrian Utley escreveu: “A noite foi boa, as pessoas foram simpáticas e o som estava bom, mas é duro tocar suas músicas quando você consegue ouvir as pessoa batendo papo. Seria mais barato ir para um pub”.
Talvez o recado dado logo na abertura, com “Silence” e seu curioso sample em português, não tenha sido sutil demais, porém, comparado com o público de uma certa cidade, a platéia estava até bem quieta.
Um problema técnico nas primeiras músicas, fez a banda interromper o show logo após “Mysterons”. Acompanhados pelos cascudos Clive Deamer (bateria), Jim Barr (baixo e guitarra) e John Baggott (teclados), Geoff Barrow (produção, programação e toca-discos) e ela, Beth Gibbons (vocal), voltaram rapidamente para hipnotizar a massa de trintões saudosistas.
Vestidos todos de preto, ao vivo o Portishead pareceu menos dark do que nos discos (ou, no mínimo, menos pesado), talvez pela maior ênfase na guitarra e bateria do novo trabalho. As músicas do “Third”, que dividiu opiniões, se misturam com o repertório dos outros dois de maneira mais natural do que se poderia esperar numa primeira audição.
Agarrada ao microfone, e sem poder fumar (hoje em dia, na Inglaterra, é proibido fumar em lugares fechados e isso se extende ao palco), Gibbons não disse uma palavra ao público, comunicando-se através de sua interpretação sofrida.
Se o som é datado, certamente é num sentido positivo. Talvez seja mais justo falar em uma sonoridade que marcou uma época, não o contrário.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.