Enquanto segue a discussão se pixo é arte ou não, a Puma já decidiu que é publicidade ao se meter nesse vespeiro bancando um documentário sobre o assunto pra anunciar um dos seus produtos.
O dilema está escancarado: após arquitetar um ataque à “Bienal do Vazio”, o pixador Rafael Augustaitz agora volta ao pavilhão como artista convidado pela curadoria da edição 2010. Deu na coluna da Mônica Bergamo, na “Folha de São Paulo”, de ontem (12/04). Em 2008, sucessivos “atropelamentos” planejados por Augustaitz chamaram atenção para a pixação paulistana – reconhecida mundialmente como uma das mais autênticas, pela complexidade e diversidade. Havia um monte de críticas embutidas nas ações, entre elas, à domesticação da arte de rua. E a participação na próxima Bienal, não contradiz o espírito transgressor do pixo?
Nas últimas vezes que estive em São Paulo chamou a atenção o quanto a cidade está pixada. Não estou falando de grafite e desenhos, mas sim dos rabiscos e garranchos. O documentário “Pixo”, de João Wainer, retrata esse momento.
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.