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quarta-feira

9

setembro 2015

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Transcultura #168: Os Ritmos Digitais // Marker Starling

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osritmosdigitais

Texto originalmente publicado na “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo.

Marco da noite carioca do começo dos anos 2010, trio Os Ritmos Digitais prepara volta à pista
Os DJs Yugo, Millos Kaiser e Salim se reúnem, após três anos, em festa na Casa Daros, na próxima quinta
por Bruno Natal

Em maio de 2009, após o fim da marcante festa W (ou Dáblio, como era conhecida), três dos DJs residentes — os amigos Hugo Braga (Yugo), Millos Kaiser e Rafael Salim — resolveram continuar tocando. Nascia, então, o trio Os Ritmos Digitais, que se tornaria um dos mais ativos na noite carioca do começo dos anos 2010, chegando a ser uma das atrações do festival Back2Black em 2011.

Dissolvido no ano seguinte, após uma festa no Cais da Imperatriz, o grupo de DJs volta a se encontrar, após quase três anos, na próxima quinta-feira, numa festa com seu nome, na Casa Daros. Dessa vez, porém, seus integrantes tocarão, em princípio, separados, cada um à frente de uma identidade ou novo projeto: DJ Yugo, Selvagem (Millos) e Equipe Diabo Louro (Salim com Antônio Simas).

Das farofadas dos primeiros encontros, quando chegou a ser multado após uma agitada festa em um condomínio no Leblon, o trio foi aprofundando sua seleção musical, em direção a disco, r&b, krautrock, synthpop oitentista e ítalo, levando Os Ritmos Digitais a ser convidados a se apresentar em diversas festas, começando numa do blog “URBe” (editado por esse escriba) e evoluindo para festas como Discoland e Moist, além de produzir edições próprias com participações internacionais de DJs como o inglês Chris Todd (do Crazy P) e os escoces do Optimo.

— A Moo, Combo e Calzone eram as festas de que mais gostávamos na cidade e também as nossas principais influências — lembra Millos.

Apesar de citar as mesmas referências, Salim achava o clima das outras festas meio sério demais ou divertido demais e acreditava haver um espaço entre as duas coisas.

— Meu interesse maior era descobrir sons dançantes, independente de ritmo, gênero ou época. Se você realmente gosta de música dançante, não fica fazendo cara feia para as diferentes manifestações disso — diz ele.

Com o tempo, com as tarefas da vida, a coisa foi naturalmente desacelerando. Millos se mudou para São Paulo, virou editor da revista “Trip” e foi também repórter da “Folha de S.Paulo”. Salim concentrou-se no trabalho como fotógrafo e videomaker. Pouco tempo depois, Hugo, que naquela época também era editor de conteúdo do site de cultura independente “PartyBusters”, conhecido também por suas fotos da noite, mudou-se para Londres. Em 2012, o trio se dissolveu.

— Fizemos um set pro (site) “deepbeep” que foi um marco de fim, sem que soubéssemos — relembra Salim.

Logo começaram os novos projetos de cada um. Millos iniciou sua bem-sucedida empreitada com a dupla de DJs Selvagem (ao lado de Augusto Oliviani, o DJ Trepanado) e com a festa homônima que chegou a gerar uma mixtape para cultuada revista “Wax Poetics” e uma turnê pela Europa.

— Faz um ano que deixei o jornalismo e resolvi me dedicar apenas à Selvagem — explica Millos sobre a festa, que acontece em SP (duas vezes por mês) e no Rio (uma, a próxima é no dia 18 de julho, no Cais da Imperatriz).

Hugo chegou a produzir outras festas, como Yes We Chaka Khan e Gluck, e em 2012 se mudou para Londres para estudar engenharia de áudio e produção musical. Da capital inglesa, apresentou por dois anos o programa de rádio on-line “Super Nova”. De volta ao Rio, o retorno às pistas foi inevitável.

— Sempre quis ser DJ, desde criança, e quando voltei pro Rio me vi querendo tocar de novo. Meu objetivo hoje é trabalhar com áudio e produzir música. Quero começar uma festa nova ainda este ano — garante.

Salim continua fazendo frilas de foto e vídeo, mas tem dedicado seu tempo principalmente à pintura. Ainda assim, não abandonou as pistas e formou, com Simas, a equipe Diabo Louro.

— Durante alguns meses, chegamos a ter os domingos fixos na Comuna, que ainda contavam com Guerrinha e Diogo Reis. Não ia ninguém, mas era bem legal — admite ele. — Mas aos poucos estamos estruturando melhor o Diabo.

O reencontro surgiu a partir do convite do Mira!, restaurante da Casa Daros, a Hugo para participar da Countdown, série de eventos promovidos até o fechamento do museu, no fim do ano.

— Achei legal reunir todo mundo e chamar de Os Ritmos Digitais, nem que seja pela última vez, nem que seja um rito de passagem — diz Hugo

— Não sei se vamos tocar juntos na festa, mas isso poderia ser legal — completa Millos. — Vou tocar o que rola na Selvagem: músicas dançantes de todas as épocas e origens. E continuo não me levando muito a sério, algo que aprendi com Os Ritmos Digitais.

Tchequirau

Conheci o Marker Starling ouvindo a sensacional edição 50 da série DJ Kicks, desse vez mixada pelo DJ Koze, que incluiu “In Stride” no set. O disco “Rosy Maze” foi lançado esse ano e mantém o nível.

segunda-feira

5

dezembro 2011

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DJ Yugo, “The Love Bug Pt. IV: Horseshoe” (mixtape)

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arte: Antonio Simas

O Yugo fala sobre a mixtape:

“Muito tempo desde a última mixtape, estou de volta com mais um passeio por corações e cabeças, um quarto volume para a série ‘The Love Bug’, que eu faço desde 2009 quando comecei Os Ritmos Digitais com os amigos Rafael Salim e Millos Kaiser. ‘The Love Bug Pt. IV: Horseshoe’, assim como as outras partes, foi feita com bastante carinho e dedicação, então espero que gostem bastante e tenham altos baratos.”

The Love Bug Pt. IV: Horseshoe by Yugo,

As músicas:

Pointer Sisters – “Happiness intro”
Bumblebee Unlimited – “Love Bug”
Holy Ghost! – “Some Children”
Moon Boots – “Off My Mind”
Jonas Rathsman – “Love Is My Middle Name”
Golden Bug – “God Machine” (Original Mix)
Jokers Of The Scene – “Joking Victim” (Shit Robot Remix)
Austra – “Beat And The Pulse” (Still Going Remix)
Move D – “Untitled 1”
Tata Vega – “Get It Up For Love” (Dim’s Re-Edit)
Escort – “A Bright New Life”
PARADIS – “Parfait Tirage”
Miguel Migs feat. Evelyn Champagne king – “Everybody” (Soul Clap Remix)
Jessica 6 – “Prisoner Of Love”

segunda-feira

17

janeiro 2011

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Transcultura #035 (O Globo): Optimo DJs, Everybody Loves Reggae

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Texto da semana passada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

DJs da festa Ritmos Digitais entrevistam a dupla escocesa Optimo, que toca tocou no Rio este sábado
por Bruno Natal

“Amamos seus ouvidos”, esse é o lema dos escoceses do Optimo (Espacio). A dupla é responsável por uma das noitadas mais conhecidas do mundo, baptizada em homenagem a uma música do Liquid Liquid, desde 1997 no Sub Club, em Glasgow. Lá, JD Twitch e JG Wilkes receberam convidados como LCD Soundsystem, The Rapture, Franz Ferdinand e Peaches e o sucesso das festas e dos mixes levou a dupla a viajar com a festa pelo mundo. Nesse sábado, o Ritmos Digitais recebe o Optimo, no Fosfobox. Para explicar melhor o que vai acontecer, pedi para os anfitriões entrevistarem JD Twitch, metade do Optimo.

Yugo: Como DJ as vezes vivo o conflito de ser ecléctico sem perder a unidade do set. Você também? Como lida com isso?

JD: Não muito. Não penso conscientemente em ser ecléctico, mudo o set de direção porque meu pico de atenção é curto e porque gosto de muitos estilos. Só passo por isso quando estou (raramente) tocando apenas techno e fico na dúvida se o público quer ouvir coisas mais variadas. Mas isso acontece cada vez menos e geralmente me sinto a vontade pra tocar o que quiser (com um olho na pista, claro). Equilibrar expectativas enquanto divertimos o público é talvez a melhor maneira de descrever o que fazemos, mais do que “ecléctico”.

Millos: Você planeta o que vai tocar com antecedência? E o que é mais importante, mixar bem ou sua seleção musical?

JD: Posso pensar sobre que músicas quero levar, mas escolho o que tocar dependendo do momento. Tentamos ser bons tecnicamente, mas sem dúvidas a seleção musical é o mais importante.

Salim: Após 13 anos da fester, os vídeos de vocês tocando em Glasgow fazem parecer que o público vibra com qualquer coisa que vocês toquem. Como é tocar longe de casa?

JD: Varia bastante e depende de onde estamos tocando. Geralmente sacamos bem rápido o que o público está curtindo e partimos daí. Se estiver óbvio que vão tacar coisas na gente se tocarmos sete minutos de música clássica, não vamos fazer isso. O clube em Glasgow era nosso playground. Era uma noite de domingo, então as pessoas estavam mais abertas a sons diferentes e sabiam que se tocássemos coisas malucos que eles não gostassem, não seria a noite toda, já que 90% do que tocamos é pra dançar. Também tínhamos a oportunidade de tocar algo que não era obviamente feito para dançar até o público sacar. Isso é algo difícil de se conseguir em uma noite. Mas já tocamos em vários lugares do mundo onde o público tinha a cabeça bem aberta e topam qualquer coisa.

Millos: Vocês já estiveram no Brasil duas vezes. O que acham do país? Aguma história interessante?

JD: Nós amamos o Brasil, a comida, as pessoas, a atitude, o espírito, a alegria de viver, a música e o clima. Nada muito maluco aconteceu com a gente, fora enchentes e ouvir barulhos de tiro em favelas, mas acho que isso é normal. Da última vez que viemos passamos a semana com o MC5 e foi bem bacana.

Yugo: Vocês gostam ou conhecem artistas e produtores brasileiros?

JD: Amo music brasileira, especialmente a Tropicália e psicodelias setentistas. Tenho diversos discos do Tom Zé, Os Mutantes (com quem já colaborei), Gal Costa, Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Rogerio Duprat, Milton Nascimento, Novos Baianos, Secos e Molhados, Tim Maia, Ney Matogrosso, etc. Entre os DJs e produtoers, além do Gui Boratto, DJ Marky, DJ Patife e do nosso amigo Augusto, não conhecemos muito, lamento dizer.

Salim: Se você pudesse escolher estar numa festa, em qualquer lugar e qualquer tempo, qual seria?

JD: Amaria ter visto o Larry Levan na Paradise Garage, em Nova York, no final dos anos 70 e 80. Minha irmã teve a sorte de ter ido e diz que é exactamente tão bom quanto todos que foram costumam dizer que era.

Tchequirau

Poucos gêneros musicais são tão influentes quanto o reggae, todo bom músico ama os sons da Jamaica. Dúvida? Dá um pulo no www.everybodylovesreggae.tumblr.com.

sábado

15

janeiro 2011

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terça-feira

23

junho 2009

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Um grito de liberdade

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Mais um vídeo da festa de 6 anos do URBe, com trechos das apresentações do Boss in Drama, meu set, Apavoramento e um grito de liberdade. Presente do Millos.

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