lettuce Archive

quarta-feira

30

junho 2010

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Hoje tem: Letuce

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Mais um clipe caseiro do Letuce, “Seresta Quentinha”. O casal toca hoje, as 21h, na Casa da Gávea (Rio).

quarta-feira

23

dezembro 2009

34

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10 melhores discos nacionais de 2009

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Listinha difícil de fazer esse ano, viu… Normalmente a briga é boa, dessa vez achei até bem tranquila. Os 10 são muito bons, porém normalmente pelo menos outros 10 candidatos ficam de fora. Esse ano não. Abaixo, a lista de melhores discos nacionais de 2009 do URBe.

10.

Otto, “Certa Manhã Acordei De Sonhos Intranquilos”

9.

Wado, “Atlântico Negro”

8.

Lulina, “Cristalina”

7.

Céu, “Vagarosa”

6.

Letuce, “Plano De Fuga Pra Cima Dos Outros e De Mim”

5.

Emicida, “Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe”

4.

Mallu Magalhães, “Mallu Magalhães”

3.

Arnaldo Antunes, “Iê, Iê, Iê”

2.

Cidadão Intigado, “Uhuuu!”

1.

Lucas Santtana, “Sem Nostalgia”

quinta-feira

25

junho 2009

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Bastidores no URBe

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A cobertura do programa “Bastidores”, do Multishow, da festa de seis anos do URBe — captado toscamente filmando a tela da TVcom a câmera fotográfica, a maneira mais rápida de digitalizar qualquer coisa.

A entrevista foi feita durante o show do Lettuce, quando muita coisa ainda estava dando errado em termos de produção, faltando equipamento… Atenção para minha expressão bién relaxada, hahaha!

segunda-feira

22

junho 2009

20

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URBe, 6 anos: a festa

Written by , Posted in Música, Resenhas


fotos e vídeos: URBe

Um mês antes da festa, olhando a escalação fechada, bateu uma paranóia de esse ano ter misturado coisa demais. O pop do Boss in Drama com o terror do Apavoramento, os agitados Os Ritmos Digitais e o show calmo do Letuce.

Sem falar que o Cine Glória é tão novo que as pessoas mal sabem onde fica. Ou não desconfiam que embaixo da cabeça do Getúlio, na antiga praça do Russel existe um espaço subterrâneo, com cinema e bar. Pra muita gente a ilustração da filipeta (feita pela Arterial) só deve ter feito sentido uma vez lá.

Porém bastou lembrar que é justamente a mistura o sistema nervoso central do URBe. “Tem regra não, lesque”, diria o poeta. É um saite sobre qualquer coisa que seja interessante, e disso a festa estava abarrotada.

E exatametne por isso a festa deu muito certo, sem dúvidas a melhor edição até aqui. Mais de 500 pessoas passaram pela festa e, com a casa lotada, as três horas da manhã ainda havia uma fila gigante de pessoas aguardando, no esquema sai-um-entra-um.

Foi uma pena ver tantos amigos e colaboradores ficarem de fora. Quem esteve do lado de dentro viu uma bela festa.


A instalação da L’Phant

Se tudo deu certo no final, o começo foi caótico. Um festival de lambanças quase botou tudo a perder. A passagem de som estava marcada para as 21h, mas as 21h40 ainda havia uma sessão rolando no cinema, o que atrasou tudo.

Fosse só esse o problema, tudo bem. O lance foi que as três listas de equipamento solicitadas pela atração enviada com antecedência para produção da Matriz (responsável pela casa) foram solenemente ignoradas. Faltando uma hora pra hora marcada pra festa começar, não tinha sub-woofer ou mesmo cabos para ligar os equipamentos na casa!

Por sorte, se ninguém trabalha no escritório, a galera do pesado deu um gás absurdo e conseguimos colocar tudo em pé, minimizando o atraso para 40 minutos — o que é pésssimo e pelo o qual peço desculpas.

Fica o MUITO obrigado ao Pedro Seiler (que esse ano produziu a festa comigo), João Brasil emprestando equipamentos, a Ana e ao Leandro (da Matriz), ao Flavio (chamado na última hora pra resolver galhos), a rapaziada que montou o som e aos funcionários do CIne Glória. Vocês salvaram a festa.

E chega de pitanga que eu prometi que só escreveria um parágrafo sobre isso e já passei da conta.


Projeção da L’Phante na nuca do Getúlio

Montada na entrada, do lado de fora, a exposição da L’Phante pode ser visitada até por aqueles que não conseguiram entrar na festa. Antonio Bokel e Peu Mello montaram uma instalação, composta por um casinha de madeira repleta de trabalhos de novos artistas e uma projeção de fotos.

O espaço fez sucesso e ficou cheio a noite toda. Enquanto em Londres a equipe de remoção de pichações tem aula para reconhecer um Banksy e não fazer besteira, por aqui a Guarda Municipal não entendeu o espírito da coisa e ameaçou remover o “barraco” algumas vezes. Conquistar o respeito e entendimento dos trabalhos de novos artistas é um dos principais objetivos da L’Phante.

A casinha é um aperitivo do que vem por aí. O saite está no ar, a revista impressa é o próximo passo, finalizando com uma galeria para poder expor os trabalhos de maneira permanente.


Lettuce

Marcado para as 23h, o show do Letuce começou pouco depois da meia-noite. A princípio o horário preocupou, pois as músicas da banda são calmas e a apresentação no cinema, com o público assistindo sentado. Pra mim, depois de tanta confusão, foi até bom dar uma parada pra respirar.

A carismática Letícia Novaes e parceiro e namorado Lucas Vasconcellos, acompanhados por uma boa banda, resolveram a questão. A decoração com luzes e as trocas de olhares e carícias dos dois no palco foram dando o clima.


LETTUCE

O LETTUCE é uma declaração de amor do casal feita em cima de um palco. Performática, Letícia levou a platéia no bico, lendo seus poemas, interagindo com o divertido telão, apagando as luzes e atuando em frente a uma luz negra.

Deu gosto ver a Letícia tão a vontade . Seus muitos projetos anteriores não refletiam sua criatividade com exatidão. Tentando fazer letras de uma maneira formal, as loucuras escritas e postadas em seu fotolog continuavam melhor que as bandas. Essa equação começa a ser solucionada com o LETTUCE.


Os Ritmos Digitais

Acabado o show, o trio responsável pela festa Os Ritmos Digitais abriu a pista e imediatamente o lugar começou a sacudir. Variando entre 20 e 22 anos, os rapazes tem feito os sets mais bacana que tenho escutado pelo Rio em bastante tempo.

Sem se prender a nenhum gênero, tocam de baile funk a disco music, de remixes da vez a clássicos da música eletrônica — o que não exclusividade deles. O diferencial aqui, como em tudo que presta, é o bom gosto e a capacidade de contextualizar as músicas sem que fique parecendo um balaio de gato.


Milos, Salim e Yugo: Os Ritmos Digitais

É característica dessa geração, que já cresceu na internet. Tem gente que chama de geração DDA, prefiro ver como pessoas que tem capacidade de enxergar em 360 graus. Gente boas demais, Millos Kaiser, Rafael Salim e Yugo são a ponta de uma turma que inclui cineastas, fotógrafos e designers. Todos começando, sim, mas bastante promissores.

Com a pista do jeito que ia, deu trabalho tirar os três dos toca-discos. Vinda de longe, a atração seguinte estava seca pra tocar e já montava os equipamentos.


Boss in Drama

O paranaense Péricles Martins vem chamando atenção com suas produções pop há algum tempo. Recentemente foi citado por Justin Timberlake em seu blogue, com direito até a vídeo do hit “My Favourite Song”. O momento é do Boss in Drama.


Boss in Drama: a pista pega fogo

Péricles já havia tocado por aqui duas vezes, ambas no Dama de Ferro, uma como DJ e outra com o rascunho do seu projeto ao vivo. Essa foi a primeira apresentação oficial do Boss in Drama no Rio e, como pedia a ocasião, ele veio com tudo.

Além do laptop e dos controladores Midi, Péricles canta ao vivo, toca baixo e o também o zaralho, jogando confete, spray de espuma, estourando serpentinas, acendendo velas faíscantes e passando boa parte do set dançando no meio da pista.

O som funkeado, dançante e pop agradou em cheio, sobretudo as meninas, soltando as cinturinhas. Devido as mudanças de horário, coube a mim a ingrata tarefa de tocar em seguida.


Bruno Natal

O aniversário do URBe tem um elemento mágico, que faz com que tudo dê certo. Como tenho tocado mais com os parceiros da CALZONE na própria festa ou em eventos com dois ou três deles junto, fazia tempo que não tocava tanto tempo.


A pista

Ando meio cansado desses sets de revezamento, porque não dá tempo de evoluir muito. Dessa vez, com tempo, lembrei inclusive que sei mixar. Há bastante tempo não saia das carrapetas tão satisfeito. Como em uma hora ninguém veio pedir nenhuma música, imagino que a pista se agradou também.


Apavoramento Sound System

O gran finale da noite ficou por conta do Apavoramento Sound System, parceiros de longa data e sempre presentes nas celebrações do saite. Integrantes do ASS já tocaram com seus diversos projetos paralelos em várias festas.

Dessa vez eles vieram com o projeto oficial, o live mais aterrorizante do planeta. Só faltou o DJ Nepal, tocando em outra festa, mas fora ele, o ASS veio com tudo: dançarinas, MC, telão, o kit completo.


Blunt e John Woo aka Juan Wooles

Infelizmente, o ASS foi o mais prejudicado com os problemas de produção da festa. Tocando dentro do cinema sem um PA de apoio decente, o som não saiu com a pressão de costume, e também não estava sendo reproduzido na pista de dança.

Isso atrapalhou um pouco o começo da apresentação, mas rapidamente as pessoas perceberam que era pra entrar na sala e o baile começou.

Foi uma espécie de ensaio aberto do novo show do grupo. De dentro da cabine de projeção, John Woo e Blunt comandavam o telão e os graves, enquanto no palco o MC Neurose e as dançarinas faziam a frente, interagindo com a platéia.

O set foi curto (e encurtado pelos próprios), então logo depois a festa foi entregue novametne aos Ritmos Digitias. As 4 e blau eles começaram tudo outra vez, enchendo a pista e dando continuidade a festa, que foi até, veja só que emblemático, as 6h.


Isabel entrevista Woo

Pra quem perdeu, há ainda uma chance de ao menos ver como foi. A equipe do programa “Bastidores” do Multishow, apresentado pela Isabel Wilker, passou por lá pra fazer uma matéria, entrevistando os artistas e contando um pouco da história da festa. Quando for ao ar eu aviso.

Do lado de cá, em meio a correria e diversão, tirei poucas fotos e, obedecendo ao ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”, mais uma vez não produzi um vídeo decente da festa. Seis festas, sei lá quantas atrações e pouquíssimos registros oficiais. Péssima visão comercial…

Tudo certo, o intuito não é mesmo esse. Quem estava lá curtiu, vai lembrar e contar para os amigos. Como sabemos, o que vale é o boca-a-boca. E ano que vem tem mais.

terça-feira

16

junho 2009

14

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5 perguntas – Letuce

Written by , Posted in Música


foto: Ana Alexandrino

Letícia Novaes já teve trocentas bandas, atuou no teatro, foi blogueira e figura conhecida do Fotolog. Sempre bem focada em suas coisas. Foi quando conheceu Lucas Vasconcellos, do Binário, que finalmente se viu num projeto musical que realmente a deixa satisfeita, o elogiado Letuce (antes Lettuce).

Em conversa por e-mail, a atração da festa de 6 anos do URBe falou sobre como é ser um casal e trabalhar juntos ao mesmo tempo.

*** PROMO: Quantos anos você tem e qual o seu bairro? A sexta pessoa a responder nos comentários leva um par de ingressos para festa (lembrando que os comentários só serão publicados no final do dia, então é na sorte mesmo).

Você participou de diversas banda (Letícios, Menage, tocou com o João Brasil…). O Lucas é conhecido pelo Binário e pelo Ordinário Groove Trio. O que é o Letuce?

Letícia Novaes – LETTUCE é minha banda natural, exposição espontânea de um casal que faz música em casa, no seu cotidiano apaixonado, e aos poucos mostrou para amigos, colocou no myspace e voilá: pediram shows. E lá fomos nós, naturais, fazer. São músicas que falam do amor, lugar-comum, mas ainda assim, inesgotável.

Lucas Vasconcellos – O LETTUCE pra mim é a Letícia em forma de canções. É o filme musical de nossa relação amorosa. Não planejei musicalmente coisas com ela. Nos conhecemos e , como essa área é nosso dia-a-dia, a coisa se encaminhou . Música e amor num sincronismo bem delicioso. Nossos primeiros takes fora na sala de casa, vendo o vento mexer nas árvores e as horas passarem lentamente. Bebendo vinho de manhã. Isso determinou o ritmo emocional do projeto.

Tenho o Binário, do qual sou fundador e tenho imensa honra disso. Acho que aprendi a tocar em grupo com esses caras do Binário. Um trabalho de persistência e experimentação, muita liberdade envolvida, sem marcações ou clic na hora de gravar. isso humaniza e é o espírito que eu levo pra qualquer estúdio em qualquer projeto que eu esteja envolvido.

No Ordinário eu sou o tecladista, pianista. Adoro vestir essa camisa e tomar o meu uísque na encarnação do harmonista da banda. Já o Bastardos tá meio parado, estamos todos meio sem tempo pra jogar tudo isso pra frente agora. É muita coisa, muito ensaio, gravação aqui e ali, mixagens e masterizações. Vou dar um gás no Bastardos pro carnaval. Aí ele vai cumprir sua vocação.

Canções nunca estão prontas , mas quando elas aparecem, tem que ter prioridade sobre todas as outras ocupações da vida. E isso não é árduo, é instantâneo. Eu e Letícia convivemos muitas horas por dias e esse espaço de criação se impõe pra nós dois. É um diário que escrevemos com nossas ferramentas sonoras.

Como surgiu esse projeto e como os projetos antigos de vocês influenciam o atual?

Letícia Novaes – O Lucas mudou minha voz, trouxe música para o coração, tirou da cabeça. Eu ouvia Binario na praia e já amava o som, a voz dele. Parece até que eu chamei por isso. Na noite em que a gente se conheceu, já fizemos um samba juntos, o resto foi natural, como eu disse. Meus projetos passados eram muito gritados ou muito sacanas (rá!). Faltava uma delicadeza, uma ternura que eu sempre incubei, mas que latejava aqui, só faltava o muso inspirador para tal coisa.

Lucas Vasconcellos – Conheci ela pelos escritos internéticos, depois fomos apresentados pela Ana Claudia, amiga que temos em comum. Depois foi a convivência que nos inspirou a registrar as sensações de se apaixonar , desse espaço mágico que existe entre pessoas que estão se conhecendo.

E como tem sido a repercussão?

Letícia Novaes – Mágica! Outro dia um cara me mandou um email dizendo que conheceu a namorada dele no show do Odeon, e que ficaram impressionados com o amor exposto ali daquela maneira. E que ela iria viajar, mas voltaria para ver nosso show no Cine Glória com o amado de novo, queriam ver de novo e juntos. Fiquei de cara! Lindo. Me comove de tal maneira que fica difícil explicar. Todo mundo vem dar parabéns dizendo “Eu quero um namorado” ou então quem já tem, fala: “Ai, eu quero fazer música com minha namorada”.

É um barato. E é real, a gente conversa no palco, relembra histórias, se sacaneia porque minha afinação foi pro beleléu. Saíram matérias ótimas também no jornal O DIA e n’O GLOBO, dois veículos que atingem outro tipo de pessoa, internet é mais próximo de mim. No dia que saiu a matéria no Segundo Caderno foram umas 230 pesssoas no Cinematheque e eu não sabia quem eram 80%. Maravilha.

Lucas Vasconcellos – Surpreendente. Os sons que gravamos em casa já rodaram fortemente. Fizemos muitos shows nesse ultimo ano, o que gastou algumas músicas mas também definiu outras. Terminamos um novo registro em estúdio na última semana e foi como passar a limpo essas primeiras canções, muita
coisa inédita também entrou e ficou com cara de álbum mesmo, com uma sensação de roteiro(que eu adoro, mas que, pela forma de se vender e escutar música hoje, pode parecer meio obsoleto MAS NÃO É). Conceber
álbum gera emoções elásticas.

O disco deve sair daqui a alguns meses. Fiz a primeira audição do material bruto há duas horas atrás, junto
com o Jardim (o baixista) e o Iky Castilho, parceiro e um ótimo produtor que eu consegui trazer pro projeto.O Paulo Camacho (que trabalha comigo há 12 anos imagetizando minhas idéias musicais enquanto eu musicalizo as imagens que ele me propõe) registrou essa gravação oficialmente . Deve ter coisas legais também.

Tem alguma nova banda de vocês? As antigas estão paradas?

Letícia Novaes – As antigas pararam. E tudo bem, tudo ótimo, circulação sanguínea normal, trânsito passageiro. Valeram. Coisas novas sim! Eu e Lucas estamos brincando de fazer música eletrônica, nos chamamos de “brazilian lovas”. Uns bolerinhos românticos com batidinhas cheias de balanço. Tá bonito. Em breve!

Lucas Vasconcellos – Eu e Letícia estamos visitando umas canções radiofônicas gostosas, românticas e históricas em um formato Voz/violão/MPC. O LETTUCE LOVAS. Farra de aprendiz, mas os primeiros resultados foram legais. Quem tá produzindo também é o Iky Castilho. O Binário ensaia pro próximo disco, só com coisa inédita. Trabalhão que eu sei que vai ficar legal, mas onde o desafio maior é não se repetir.

O que mais você tem feito? Como anda os trabalhos de atriz?

Letícia Novaes – Acho que eu não sou mais atriz. Mas não é fatal. Sinto que eu fiz CAL pra compreender meu espaço num palco, mas não necessariamente pra atuar. Eu atuei por curiosidade, por amor à arte, talvez, mas o que eu sempre quis mesmo na vida, desde os 5 anos, quando eu já fazia músicas – hilárias! – na minha cabeça, é cantar.