fotos: Party Busters e I Hate Flash (tem bem mais aqui e aqui)
A festa de 7 anos do URBe (e 10 meses) foi mesmo de ventar a peruca. Aprontada as pressas, quase emendando no aniversário de oito anos do saite, foi uma ação entre amigos e para os amigos, pra data não passar em branco.
As coisas andam tão corridas por esses lados, que como em um dos quadros da exposição que o Leonardo “Nhozias” Uzai montou especialmente para ocasião, as vezes a cabeça vira o pé.
A mistura da escalação dessa edição da festa foi uma das mais abrangentes em termos de estilo, e por isso também uma das mais interessantes. O início da noite foi pura transgressão.
mariomaria
Passavava de meia-noite quando o mario maria começou o seu show. Sozinho com o violão, iluminado por um abajur, o clima era tão intimista que Mario queria que desligassem o ar-condicionado do salão para diminuir o ruído (o que transformaria o resto da noite numa sauna, impossibilitando o pedido ser atendido).
O 00 estava enchendo, as pessoas buscando a pista de dança e, do lado de dentro, o público e o músico pediam silêncio para executar as delicadas canções lo-fi. Dadas circunstâncias, contra todos os prognósticos, o show ficou cheio e agradou.
Do clima banquinho e violão, o público foi lançado para a primeira apresentação conjunta de João Brasil com MC Aori, executando ao vivo alguns dos mashups de rap nacional com pop brasileiro do projeto 365 Mashups do João, com um foco nas que já tinham a participação de Aori.
A química entre os dois foi boa. A cancha de Aori como MC, no mais amplo sentido do termo, combinou perfeitamente com a farra das produções do João. O MC falou a beça entre as músicas, sintonizando a pista com o que acontecia no palco, facilitando o entendimento.
Abri a pista propriamente dita logo depois. Fui pego de surpresa – achava que começaria dali a 20 minutos – e tomando uma rasteira, uma vez que antes de terminarem o set deles, a dupla largou “Like a G6” tocando, exatamente o que tinha pensado em usar pra fazer a transição.
Corre daqui, corre dali, fui apelando pra um hit atrás do outro, a turma foi gostando e fui indo por esse caminho mesmo. Divertido.
Coube a Filipe Raposo e Gustavo MM cozinhar a pista com o Ajax e seu set de disco africana. Belezura de set desse projeto inesperado, filhote da Cheetah, que promete.
Fechando a noite, o Nepal aprontou mais um dos seus bailes, tocando de revival 90 à uma sequência de quatro reggaes sem perder a pista. Não é mole não, ver o Nepal tocar é lembrar da grande diferença entre DJ e bota som.
A essa altura da noite, já estava tudo borrado e rodando. Bela comemoração, que não podia deixar de acontecer. Daqui a dois meses tem mais, na festa de 8 anos.