Falando em Friendly Fires, no blogue da banda tem uma pá de mixtapes, algumas assinadas por toda banda, várias pelo baterista, Jack Savidge.
Tem desde seleções musicais feitas para os programas de rádio da Annie Mac e o cultuado Essential Mix, da BBC Radio One, até coisas mais pessoais, como uam coletânea feita pelo baterista para levar para academia.
Esse deve ter sido o ano em que menos fui a shows em muito, muito tempo. Culpa do cronograma de gravações mais cruel que já enfrentei (sempre noturnas, sempre em dias de bons shows). Ainda assim, teve MUITA coisa boa. Segue a lista, em nenhuma ordem específica.
“Superou todas as expectativas” é um clichê que pode ser usado pra falar de qualquer show. No caso da apresentação do Friendly Fires no Rio a definição se aplica muito bem — e isso não tem nada a ver com o fato de grande parte das pessoas ter ido ao Circo Voador sem saber muito o que esperar.
Se baixas expectativas são o combustível para uma grande surpresa, os ingleses fizeram sua parte. Confirmando a fama de bons de palco, os ingleses sacudiram a tenda sem parar com ótima presença de palco, principalmente do vocalista Ed MacFarlane, requebrando sem parar.
O legal do Friendly Fires é que mesmo para quem não conhece mais do que duas músicas (“Paris” e “Skeleton Boy” para maioria), ao vivo o som funciona como um bom DJ set, onde mesmo sem conhecer as músicas, as pessoas dançam sem parar.
Diferente das outras apresentações (foi a sexta vez que vi a banda), havia metais no palco. Pra ficar 100% falta só um tecladista pra tocar ao vivo as bases pré-gravadas em Mini Disc.
Era o show certo no lugar certo. O novo Circo Voador da sequência a própria tradição e vai se firmando como uma casa de shows clássicos. E a lista só faz crescer. A escolha foi um grande acerto da produção do Popload Gig, surpreendentemente priorizando o Rio no lugar de São Paulo, ao colocar o Friendly Fires em pleno sábado na cidade.
Após o show, o vocalista disse que “o público foi dez, mas a banda foi 6,5”. Não deu pra saber bem de onde ele tirou isso. Uma coisa é certa: ninguém saiu de lá com essa impressão.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.