estréia Archive

sábado

25

outubro 2008

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Alegriazinha

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O Lucas avisa: vazou o disco inteiro do Little Joy, novo projeto do hermano Rodrigo Amarante com Frabrizio Moretti, do Strokes.

domingo

21

setembro 2008

11

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Do outro lado

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Marcelo Camelo e Mallu Magalhães, “Janta”

Quando a Mallu Magalhães surgiu já estava aqui em Londres. Foi uma tremenda inversão no fluxo de informação com o qual estou acostumado. Em vez de estar no Brasil acompanhando a cena local e ouvir falar de uma nova banda gringa, dessa vez estava acompanhando o surgimento de uma artista brasileira a distância.

Até agora, não entendi bem o motivo do alvoroço, além do fato da menina ter 15 anos e demonstrar uma maturidade acima da média (ou do que se espera da média), mesmo motivo que chamou atenção para artistas como Stevie Wonder ou de trocentos deejays jamaicanos, tal qual Barrington Levy.

Como ainda não vi o show, não tenho opinião formada. Porque pra ter certeza do que se trata, ainda mais num som intimista como esse , só vendo ao vivo. Por enquanto, só fica uma curiosidade grande de ver de perto isso tudo.

Mesmo assim, vendo o vídeo acima no Matias, é difícil não se emocionar junto com a menina. De certa forma, as lágrimas da Mallu são a cristalização do papel do Marcelo Camelo para as gerações vindouras.

Falando em Camelo, sua estréia solo, tem tomado pancada de tudo quanto é lado. Uma das principais críticas é de que soa como o “4”, último disco do Los Hermanos, como se isso fosse um atestado de má qualidade.

Apesar de estar abaixo do nível dos trabalhos anteriores, “4” tem uma meia dúzia de músicas bem legais. Talvez não tão bem amarradas ou bem resolvidas em termos de estrutrura e de arranjo, mas ainda assim boas.

Pra mim, “Sou” é um disco bacana. Não é arrebatador, mas traz boas canções e tem onda. Ele pode ter pecado em ter engessado ou moldado demais o Hurtmold, banda de apoio, impedindo uma maior contribuição no resultado sonoro final. Pode ter sido pouco para aplacar a expectativa em torno de Camelo.

De qualquer jeito, hoje em dia é difícil agradar. Se o sujeito faz o que dele se espera, tá ultrapassado. Se inova, tá querendo inventar moda. Prefiro esperar mais um tempo, ouvir mais vezes, de preferência distante do frenesi do lançamento, pra concluir alguma coisa.

sexta-feira

19

setembro 2008

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Matter

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Inaugura hoje a Matter, nova e aguardadíssima boate da mesma turma da Fabric, com shows do Late of The Pier e UNKLE.

No sábado, tem Carl Cox estreiando as noitadas do lugar que promete revolucionar o conceito dos clubes, possibilitando VJs projetrarem em 360 graus, som 3D e pista de dança que emite vibrações sônicas, controladas pelo DJ.

O único problema é que se atrair o mesmo público que costuma ir na Fabric…

Vou tentar conferir a abertura, afinal um showzinho do Late of The Pier sempre vai bem. O “problema” é que estou com dois ingressos para o Digitalism, no mesmo horário e preciso passar pra frente.

terça-feira

2

setembro 2008

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FF

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Cai na rede a belezura de estréia do Friendly Fires, simplesmente intitulada “Friendly Fires” e lançada pela bacanuda XL Recordings (não por acaso a gravadora escolhida pelo Radiohead para lançar a cópia física de “In rainbowns”).

sexta-feira

11

maio 2007

20

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URBe, 4 anos: a festa

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fotos e vídeo: URBe, Joca Vidal e Carol*

Mais um ano, mais uma festa, mais uma noitada e tanto. As festas do URBe são sempre bem diferentes uma das outras, principalmente pela escalação das atrações. Só tem uma coisa que é sempre igual: na noite da festa, chove.

Nessa edição, trocou-se o 00, casa das três primeiras festas, pelo Pista 3. A mudança não teve nenhum motivo especial, além da vontade de experimentar novos ares. Num lugar menor, prestigiaram a comemoração os leitores e os amigos, sem tantos “curiosos”, como das outras vezes.

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Ménage à Trois

Mantendo a tradição de se respeitar os horários divulgados na filipeta ao máximo, o show do Ménage à Trois abriu a noite com apenas 25 minutos de atraso.

Letícia Novaes (vocal), Donatinho e Pcatran (ambos comandando uma parafernália de teclados, bases e efeitos) mostraram, para os felizardos que chegaram cedo, a força da “resposta carioca ao Cansei de Ser Sexy”, como ouviu-se comentar durante a apresentação.

Enquanto Donatinho e Pcatran chamam atenção com ótimas bases — com destaque para as intervenções do filho do João Donato no teclado e em sua bateria virtual, controlada através de um joystick wi-fi do Nintendo Wii — é Letícia quem se destaca no trio.

Perfomática, a cantora/atriz/roteirista/show woman lança frases aparentemente desconexas, pedindo chupadas no umbigo e juntando a letra do seu potencial hit, “Fuck music”, com “Sexy back” (Justin Timberlake) e “Promiscuous girl” (Nelly Furtado), com a voz alterada por filtros, sobre uma batida de funk.

O BPM das músicas talvez seja muito baixo para as pistas de dança, local que parece adequado para as apresentações do trio. Acelerando as bases e ajustando as folgas, o Ménage pode ganhar mais pressão e ter um caminho surpreendente pela frente.

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A expo

A anunciada exposição “5 anos de palco”, de Joca Vidal, infelizmente acabou não acontecendo. Por problemas técnicos no projetor, a instalação criada pelo fotógrafo e curador da expo, Lucas Bori, não pode ser montada.

As fotos do Joca seriam projetadas em oito telas brancas presas na parede. Cada uma dessas telas exibiria cerca de quatro fotos diferentes, alternadamente, numa solução prática e criativa para a limitação de alguns arquivos digitais.

Tentaremos montar a exposição nessa quinta (17 de maio), no Cinematéque, quando haverá o show do Lucas Santtana & Seleção Natural. Assim que (e se) estiver confirmado, aviso aqui.

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MauVal

Num momento de honra para o URBe, Maurício Valladares assumiu os toca-discos quando a festa já estava cheia. MauVal desorientou a pista, como ele gosta de dizer, tocando de Coltrane a Curtis Mayfield.

Ouvi dizer que Maurício não havia levado discos “de pista”, porque pensou que iria abrir a festa, como se isso tivesse sido algum problema. Não fez a menor diferença. Foi uma discotecagem educativa e quem ouviu aprendeu um bocado. Só pérola.

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em cima: João Brasil e as PSG; a festa
em baixo: o público se diverte; Marcos Mion e João Brasil

Grande atração da noite, o mito João Brasil fez sua aguardada estréia nos palcos. E bota aguardada nisso. Seus novos fãs da MTV, Marcos Mion e cia, vieram de São Paulo especialmente para cobrir o acontecimento e as Pet Shop Girls causaram frenesi no Pista 3.

Abre parênteses.

Antes de mais nada, cabe aqui um adendo. Esses dias perguntaram se, apesar de muito legal, a cobertura dos passos do João não estaria um tanto excessiva no URBe. “Parece que ele é seu amigo”, disseram.

Já falei isso aqui, mas para evitar qualquer disse-me-disse, não custa relembrar: João é meu amigo sim, desde os 12 anos de idade. Além disso, minha produtora de vídeo fica no mesmo sobrado que o seu estúdio.

Nada disso, no entanto, interfere na quantidade de espaço dedicado ao João no URBe. Mesmo porque, ele não é meu único amigo que trabalha com música e nem todos eles passam por aqui. Se o que João faz não fosse genuinamente interessante, o URBe estaria falando sozinho. E, pelo que se vê, não é o que acontece.

Fecha parênteses.

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Voltando ao que interessa, João Brasil começou a milhão. Após a entrada ao som de “Carmina Burana” e uma vinheta exaltando a si mesmo, João abriu com “Baranga”, à pedidos da equipe de MTV, dançando com as loiras do programa Mucho Macho, enfiado num roupão de oncinha e de óculos escuros.

Não foi uma má idéia começar com seu grande sucesso. Com o público ganho, João emendou “Supercool” e contou a espetacular história do pau molão, para delírio dos presentes.

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Cantandoao vivo, João tocou teclado em algumas músicas, soltou as bases através de um laptop e os samples pelo midi.

Lidando com seu público cara-a-cara pela primeira vez, João falou bastante. Nervosismo de primeiro show, normal. O público entrou na onda, atendo o seu pedido e entoando “pau molão! pau molão!” entre todas as músicas.

Vieram “Elisa”, “O carnaval acabou com meu fígado” e a inédita “Cobrinha fanfarrona (ela vai te pegar)”. “Monica Valvogeu” teve direito a sample da jornalista e surpreendeu quem nunca tinha ouvido tão bela declaração de amor.

Brasil incluiu no repertório o mais recente sucesso internético, “VTNC”, de autoria desconhecida, que voou por e-mail essa semana, se consagrando em apenas três dias.

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Na parte final, João convidou seu ídolo De Leve, apresentando-o como seu rapper favorito, para juntos cantarem “Mamãe virei capitalista” e “O que que nego quer”, essa última do MC de Niterói e que tem base de João. Ao vivo, os dois funcionaram ainda melhor que nas gravações.

O encerramento triunfal veio com o bis de “Baranga”. Jogo ganho de goleada, João partiu pra festa com tudo e nunca mais foi visto.

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URBe SS

Com a pista fervendo após a catarse provocada por João Brasil, botei som por uma hora. Começando com “Pela orla dos velhos tempos” (na versão de Lucas Santanna) e partindo para “Outsiders” (Franz Ferdinand), “First gear” (Rapture), “Phanton” (Justice), “Zdarlight” (Digitalism), “Gravity’s rainbow (Soulwax remix)” (Klaxons), “Paris” (MSTRKRFT) fechando com “Fluorescent adolescent” (Arctic Monkeys).

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Mustache DJs

Na sequência, Filipe Raposo representou o Mustache DJs, desfalcado de sua metade, Breno Pineschi. E tome space disco, disco music e outros sacolejos, até as 3 e pouco da manhã, quando a pista continuava cheia.

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DJ Babão

Encerrando a festa, o DJ Babão deu um show de mixagens. A precisão de Babão é assustadora, virando músicas a cada minuto e meio, sempre acertando e fazendo a pista gritar.

Único da noite a tocar com vinis, Babão misturou “Tive razão” (Seu Jorge) com uma base de hip hop, “Bizarre love triangle” (New Order) com “Hollaback girl” (Gwen Stefani) e tocou a versão funk de “Sending all my love” (Linear) e “It’s automatic” (Freestyle).

No saldo final, a Letícia perdeu o casaco, o João os óculos, o Pcatran o suporte do teclado e muita gente perdeu a linha. O que só comprova que a jogação foi quente, a mais divertida festa do URBe até hoje. Ano que vem tem mais.