“Língua franca” saiu nessa sexta-feira (26) nas plataformas digitais e já concorre, ao lado de lançamentos como “Galanga Livre”, de Rincon Sapiência, e “Espiral de Ilusão”, de Criolo, como um dos álbuns nacionais mais importantes do ano.
Isso porque, em uma reunião pouco comum, nomes importantes do rap brasileiro (Rael e Emicida) se encontram com parceiros de Portugal (Capicua e Valete). O resultado é uma interseção entre os dramas daqui, e de lá. Ah, e claro, os sotaques.
Emicida e Rael se juntaram aos MCs portugueses Capicua e Valete para lançar “Língua Franca”. Com produção de Kassin, Fred Ferreira e Nave, “Língua Franca” mistura as diferentes experiências, realidades e sensibilidades musicais de todos eles, tendo a rima e a língua como ponto de encontro.
Ouça “Ela”, um groove chapado viajando da Avenida Paulista ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
Foi divulgado com exclusividade pela Noisey a música “Olha pro Céu”, uma parceria do grupo japonês Tokyo Ska Paradise Orchestra com o rapper Emicida. A faixa é uma versão de uma tradicional canção japonesa, chamada “Sukiyaki”, e vai ser laçada na coleção “Seleção Brasileira”, que sairá pela Radiola Records. A Tokyo Ska Paradise toca no Rio nessa sexta, no Vivo Rio.
“Bands on Frame” é um projeto da fotógrafa pernambucana Hannah Carvalho com o objetivo de capturar as mais variadas bandas e cantores em fotos Polaroid. Emicida, Ney Matogrosso, Otto, Karina Buhr, Mombojó, Boogarins, Dônica, Mac DeMarco e Lucas Santanna foram alguns dos artistas fotografados para o trabalho.
É chegada a hora de fechar a tampa de 2015, começando pelos discos nacionais. Ao contrário do quem muita gente falou por aí, não me empolguei muito com a safra não. Na realidade, minha lista de melhores do ano é quase uma coleção do discos que ouvi com mais atenção. Abaixo, a classe Brasil de 2015, como sempre em nenhuma ordem especial, afora o primeiro colocado.
“Não sei porque o Chico Buarque ainda lança disco. Se é pra ser essa mesma pasmaceira de sempre, melhor parar”. “Quem o Caetano acha que é? O cara tem mais de 70 anos e lança disco de rock como se tivesse 20? Ele tem que fazer o que sabe fazer bem”. Realmente a vida de medalhão não deve ser fácil, é difícil agradar a moçada. Gal, no entanto, desde o disco anterior, “Recanto”, vem conseguindo rejuvenescer sua obra sem olhar demais para o passado ou para o futuro. Juntou-se a uma turma mais nova e absorve modernidades o mesmo tanto que enxarca a molecada de experiência. Uma aula de como não se perder nos próprios caminhos.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.