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sexta-feira

19

setembro 2008

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Rápido demais

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Continuando o papo sobre a compressão excessiva do novo disco do Metallica, encontrei um artigo na extinta Stylus Magazine, falando do assunto com uma abordagem diferente.

O texto é tão longo quanto indispensável, e não apenas porque explica muito bem o que é compressão, suas consequências e motivos dessa queda na qualidade sonora.

Mais do que isso, o texto escrito em 2006 contextualiza a “guerra do volume”, explicando porque isso está acontecendo agora. Sem querer, ao falar do fatiga auditiva causada pelas maçarocas sonoras que tem sido lançadas atualmente, ajuda a entender o sucesso do new folk.

Perguntas simples, como “com que frequência as pessoas simplesmente sentam-se para ouvir um disco, em vez de colocar alguma música enquanto fazem outra coisa?”, preparam para a conclusão:

“Compressão é um estilo de vida. O equivalente a uma semana de transmissões de rádio se transformaram em podcasts de uma hora. Pense naquelas sacolas de plástico para roupas, com um buraco para encaixar a ponta de um aspirador de pó para retirar todo ar e compactar o volume. Nós esmagamos frutas em sucos, vitaminas em pílulas, refeições inteiras em latas e o inglês em txt spk, tudo isso para consumirmos mais rápido do que nunca. Porém, mais rápido não é a mesma coisa que melhor. Significados, sutilezas e entendimentos são perdidos porque não temos tempo de percebê-los.”

quarta-feira

17

setembro 2008

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Compressão

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A “evolução” da compressão do áudio dos CDs

Mais um capítulo da chamada loudness war, dessa vez envolvendo o mais recente disco do Metallica, “Death magnetic”.

Técnicos de som fizeram uma comparação entre o CD e a versão digital do álbum disponibilizada para o videogame Guitar Hero e chegaram a conclusão que a segunda opção é melhor.


O gráfico comparando as versões em CD e digital do
disco “Death Magnetic, do Metallica

O papo é o seguinte: em busca de discos que soem cada vez mais altos, os técnicos de som comprimem as frequências para levantar o som de tudo, fazendo com que o som perca dinâmica, que são as nuances de volume no arranjo de cada música.

No gráfico acima, em azul, temos uma faixa de “Death Magnetic” sem abuso na compressão. Repare que existem vários picos de volume, representados por essas pontinhas intermitentes. Em verde vemos a mesma faixa comprimida, em que o som está chapado, tudo no mesmo volume.

O resultado disso, além da perda de dinâmica, é uma deterioração da qualidade, já que alguns intrumentos tem o volume exageradamente aumentados para alcançar o pico comum da faixa, causando distorções e clipadas.

Depois reclamam que ninguém compra mais CD.