calbuque Archive

quinta-feira

22

maio 2014

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Thievery Corporation, "Saudade"

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thieverycorp_saudade

Anos e anos rodeando a música brasileira e finalmente o Thievery Corporation finalmente faz um disco inteiro somente dedicado a bossa nova, o som que uniu a dupla.

O Calbuque entrevistou Rob Garza, uma das metades da dupla, que falou sobre as influências de “Saudade”, o disco:

“A bossa nova sempre esteve no DNA do nosso som, sempre fez parte de nossas experiências, mas dessa vez resolvemos destacá-la das misturas e torná-la o elemento central de um álbum, um pouco para nos destacarmos da onda eletrônica que invadiu a América. Achamos que seria interessante, nesse momento, fazer um disco de canções e não de grooves — explica ele, fazendo uma ressalva. — Mas “Saudade” não é exatamente um disco de bossa nova, não teríamos essa pretensão. É, sim, um trabalho influenciado por ela, a partir de um ponto de vista distante, de um olhar estrangeiro”

Mesmo com os previsíveis clichês, é a melhor coisa que o Thievery Corporation fez em muito tempo. Em um só movimento afastou-se da busca por batidas de pista (que o faziam soar como coroas datados) e dos discursos políticos de boutique à la Obey (presente nos dois discos anteriores).

A produção da dupla é alto nível encontra mais espaço para brilhar nos vazios deixados pela levada bossa novista. Bom pra ouvir num final de tarde. Mais um dos bons clichês do Thievery Corporation.

sábado

9

fevereiro 2013

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OEsquema 2013: Calbuque + Resistro + Indieoteca + Nova Carne

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OEsquema não para de crescer e segue firme rumo ao topo da cobertura de cultura na internet brasileira. O time é forte, tem muita coisa boa sendo publicada todos os dias (uma visita a home ajuda a se manter atualizado sobre o que tem saído nos quase 30 blogues que fazem parte da rede). É muito legal ver OEsquema crescer.

Esses dias quatro novos blogues estrearam. Vou falar de dois aqui, Calbuque e Resistro.

Editado por Christiano Calvet (“um sujeito sem predicado”, como ele se auto-define, designer de profissão e responsável pelo projeto gráfico e implementação da atual versão d’OEsquema), o Resistro é a expansão das ideias corajosas e as vezes radicais e/ou polêmicas que Chris propaga há algum tempo em sua página no FB. Seja falando sobre design, cinema, música (em sua incarnação DJalma) ou o que seja, Chris sempre faz boas análises comportamentais, com uma boa dose de auto-críticas que o protege da antipatia que poderia vir de sua acidez. Como uma injeção, dói, mas é importante tomar.

Quem também esquemou após longa paquera foi o Calbuque, vulgo Carlos Albuquerque. Co-criador e co-editor (com Tom Leão) por 24 anos do mitológico Rio Fanzine, sessão pioneira de cultura alternativa publicada no jornal O Globo e cuja influência se faz sentir em boa parte da boa imprensa de música no Brasil, ter o blogue do Calbuque aqui do lado é uma grande conquista.

A alegria é grande não apenas porque Calbuque é um sujeito reservado em sua presença online (o Twitter veio obrigado, o perfil do FB só ele sabe qual é o pseudônimo), ou porque foi foi Rio Fanzine que aprendi a ser jornalista (para além dos textos), tendo publicado sei lá quantas matérias e desaguado na coluna Transcultura, que publico semanalmente no mesmo jornal. É mesmo uma honra hospedar os textos de uma das pessoas mais gente boas que conheço, a quem chamo (para seu desespero), sem nenhum exagero, de guru. Então, aproveite dessa sabedoria você também.

O Matias apresenta o Nova Carne, do Cristiano Bastos, e o Indieoteca, da Taís Toti, lá no Trabalho Sujo.

segunda-feira

6

agosto 2012

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Doc: “Indústria Brasileira (Made In Brasil)”

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Aproveitando sua passagem pelo Rio, uns seis anos atrás, Skiz Fernando, da WordSound (a viagem rendeu uma coletânea pelo selo), entrevistou um bocado de gente (Calbuque, MauVal, Nelson Meirelles, BNegão, Roberto Menescal, Marlboro, Gilberto Gil, Kassin…) para tentar traçar e explicar as inovações da cena musical brasileira. Tarefa difícil.

As partes 1 e 2 do documentário “Indústria Brasileira (Made in Brasil)” foram divulgadas.

sexta-feira

4

junho 2004

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URBe, 1 ano: Festeeenha!

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cliques: Joca Vidal + Felipe Continentino

Como se não bastasse ser uma quarta — o dia mais falido da noite carioca — tinha jogo do Brasil. E logo contra a Argentina. Pra completar, choveu. Nem mesmo essa combinação de fatores destruidora foi capaz de anular o poder de atração do line up assassino da festa de lançamento do URBe. Aproximadamente 400 pessoas foram ao 00 conferir o evento. Histórico. Um pouco depois do final do jogo, a fila na porta assustava, era gente que não acabava mais.

Os horários determinados na filipeta foram cumpridos com apenas meia hora de atraso. A festa começou as 22h30 com uma aula de 80’s reggae do Calbuque, fazendo quem tava lá esquecer da pelada contra os hermanitos. O cara sacou uma coleção de versions de músicas da Tracy Chapman (“Fast car”), Marvin Gaye (“Sexual healing”), George Michael (“Never gonna dance again”), Alphaville (“Forever young”) e até Michael Jackson (“Billie Jean”), além de uns raggas cheios de balanço.

Quase meia noite, quando a casa começou a encher pra valer, o mestre Calbuque passou as carrapetas para Chicodub, fazendo sua estréia, um tanto atrapalhada, na discotecagem.

O telão feito pelo VJ Mateus Araújo, recheado de samples de filmes jamaicanos e outras referências, se encaixou perfeitamente nos sets. Quando Berna Ceppas & Kassin iniciaram o aguardado live pa de Gameboy, foi a vez das imagens 8 bits (só clássicos do Atari) e mensagens contra a guerra dominarem o cenário.

Enquanto a dupla tocava, as pessoas se amontoavam ao redor, tentando entender como aquelas duas maquininhas cuspiam tantos pancadões. A apresentação começou mais experimental e seguiu num crescente, até desembocar em duas bases bem dançantes, preparando o terreno para o que vinha na sequência.

John Woo desceu a mão, estabelecendo um Apavoramento geral e irrestrito. A pista teve que se entortar bastante para acompanhar a quebradeira e os grooves elásticos do samurai da pick ups. Inna kung fu style. Em seguida foi a vez do robótico Spark domar os presentes com um set pra lá de classudo.

Dizem por aí que, lá pelas 4h, o padrinho do saite invadiu a cabine e botou um som para os que ainda resisitiam bravamente.

A julgar pela quantidade de mails perguntando “quando é a próxima?”, pode-se dizer que a festiva realmente foi bem bacana. Muitos papos, vários amigos, coleguinhas, colaboradores e ainda conheci três dos meus quatro leitores.

Preciso arranjar um motivo pra fazer outra dessa.