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segunda-feira

7

julho 2014

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Transcultura #142: Omulu // Bobby Womack

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Transcultura_OGlobo_Omulu

Texto da semana retrasada da “Transcultura” (coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo) e que faltou republicar aqui:

A magia de Omulu
Com nome de orixá, o produtor Antonio Antmaper faz sucesso nas pistas com um som que combina tecnobrega, funk e trap
por Bruno Natal

Domingo passado, numa das mais disputadas festas dessa temporada de Copa do Mundo no Rio, o badalado Major Lazer tocava no terraço de um hotel em Copacabana. Entre os convidados na pista estava Antonio Antmaper, 34, um profissional especializado em desenho de interfaces. Foi quando subitamente Diplo, produtor por trás do Major Lazer, tocou “Bagulho doido” e ele foi lembrado de seu próprio codinome, com o qual é mais conhecido na noite carioca: Omulu.

— Tinha uma pequena esperança de tocarem meu remix de “Passinho do faraó”, criado com o DJ Comrade, pois o Diplo já havia feito isso no programa dele na rádio BBC. Quando ouvi as primeiras batidas de “Bagulho doido”, criada também em parceria com o Comrade, fiquei em choque — confessa ele. — Antes disso, um amigo já havia me mandado um disco ao vivo da maior aparelhagem de tecnobrega de Belém, a Águia de Fogo, tocando um mashup que fiz. Fiquei felizão.

Experimentando com batidas do moombahton, do tecnobrega e do trap, mais os atuais funks de rasteirinha, Omulu vem se destacando pela habilidade de cruzar influências obscuras com referências da cultura pop. Após produzir diversos mashups, foram os remixes que deram visibilidade ao seu trabalho.

— Quase nunca crio músicas do zero. No meu processo criativo geralmente acabo sampleando alguma coisa e criando em cima dela, seja um beat, uma voz ou uma melodia. Isso é uma característica comum em muitos produtores da minha geração. Considero músicas como “P.A.T.R.Ã.O.”, que tem um sample de “P.I.M.P.”, do 50 Cent, e “Bola de meia”, que tem samples do Milton Nascimento, como produções próprias — analisa Omulu, que calcula que 60% do seu trabalho seja composto por material próprio.

Segundo Antonio, o nome Omulu vem do orixá da terra, responsável pelo processo de transformação das energias. É a doença e a cura. Ainda assim, considera-se um “membro do agnosticismo afro-brasileiro” (risos). A explicação sobre a origem desse nome artístico ajuda a compreender as misturas sonoras do projeto.

— Quando comecei minhas experimentações com os pontos do candomblé, lembro de ter tentado encaixar um beat de 808 (bateria eletrônica) com o toque de atabaque Barra Vento (usado na umbanda) em loop pra entrar num tipo de transe. Como sou mais ligado na ciência, acredito que o que senti foi muito mais relacionado a um efeito conhecido como batidas bineurais do que algo espiritual — conta ele. — Mesmo assim, quando fui salvar, nomeei o arquivo de Omulu. Sempre achei foda as vestes de palha desse orixá.

Ouvinte de disco, axé, house, samba, techno, funk, trap, experimental, sempre buscando descobrir estilos e ritmos novos, Omulu havia se aventurado como produtor anos antes, sob o nome Solúvel em Água.

Como o projeto não foi pra frente, ele parou. Dez anos depois, lista produtores como Apavoramento Sound System (Blunt e Woo), André Paste, João Brasil, Bruno Queiroz, Strausz, Leo Justi e Johnny Ice como alguns dos nomes que o fizeram querer voltar a produzir.

— Quando era moleque tinha esse sonho de ser DJ. Porém, naquela época, e pro estilo de som que queria tocar, techno, rolava aquele caô de que só era DJ de verdade quem mixava com toca-discos e vinil — recorda. — Como os equipamentos custavam uma fortuna, o jeito foi me virar com o meu computador e com programas como Rebirth e Fast Tracker.

Inserido na cena local do Rio, Omulu identifica outros nomes pelo Brasil realizando uma abordagem parecida.

— Jogo no time da galera que curte trabalhar as frequências mais graves, como Leo Justi, Comrade, Tropkillaz, Flying Buff, Pesadão Tropical, ASShake, A.MA.SSA, Som Peba e Vini.

Omulu aposta nas periferias como fonte das manifestações musicais mais legais acontecendo no Brasil hoje.

— A galera das periferias está perdendo o compromisso com padrões estéticos e tem experimentado cada vez mais. Isso tem criado ritmos novos como a rasteirinha — conta ele. — É só o começo, a internet está promovendo um intercâmbio muito bacana entre as cenas locais.

Tchequirau

Sexta passada o grande Bobby Womack fez a passagem. Fica o registro e o agradecimento pelos bons sons. Para homenageá-lo, uma boa pedida é ouvir sua música – ainda se for “Across 110th Street” mais como trilha de abertura de Jackie Brown, de Quentin Tarantino.

sexta-feira

21

dezembro 2012

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Os bons discos internacionais de 2012

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Finalizando a lista de bons discos, os internacionais. Interessante notar como muitas capas estão sendo pensadas sem o nome do disco ou do artista.

Como expliquei escrevendo sobre a lista de discos nacionais, aboli o termo “melhores discos” e adotei “bons discos” por acreditar que isso dá uma noção melhor do significado dessa lista. Não tem ordem, vale EP, até single tem vez. As regras são as mesmas utilizadas na lista brasileira.

O que vale são as dicas, portanto deixe suas dicas nos comentários.


Beach House, “Bloom”


Emeralds, “Just To Feel Anything”


Major Lazer, “Get Free” (EP)


Rhye, “Open” (EP)


BadBadNotGood, “BBNG2”


Sun Araw & M. Geddes Gengras meet The Congos, “FRKWYS Vol. 9: Icon Give Thank”


Frank Ocean, “Channel Orange”


Tame Impala, “Lonerism”


Santigold, “Master of My Make-Believe”


TNGHT, “TNGHT”


Daphni, “Jialong”


Hot Chip, “In Our Heads”


Chromatics, “Kill For Love”


Actress, “R.I.P”


Burial, “Truant” / “Rough Sleeper” (EP)


Grimes, “Visions”


Bobby Womack, “The Bravest Man In The Universe”


Django Django, “Django Django”


Norah Jones, “Little Broken Hearts”


Lone, “Galaxy Garden”


Blondes, “Blondes”


Jessie Ware, “Devotion”


Dean Blunt & Inga Copeland, “Black is Beautiful”


Disclosure, “The Face” (EP)


Wild Belle, “Wild Belle” (EP)

terça-feira

3

julho 2012

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segunda-feira

8

fevereiro 2010

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