berlim Archive

quinta-feira

20

novembro 2014

0

COMMENTS

Berlim sem muro em 1990

Written by , Posted in Destaque, Urbanidades

BerlimTheWall1990

Um rolé por Berlim em 1990, poucos meses após a queda do muro. Tem outros dois vídeos desse registro.

segunda-feira

3

setembro 2012

3

COMMENTS

quinta-feira

21

julho 2011

0

COMMENTS

quarta-feira

3

setembro 2008

0

COMMENTS

Berlin

Written by , Posted in Música


Panoramabar

Pergunte para qualquer europeu ligado as artes de maneira geral qual é a capital cultural do continente e a resposta invariavelmente será a mesma: Berlim. Muito do que tem pintado de interessante no circuito alternativo nos últimos anos têm saído da capital alemã, um dos destinos favoritos de artistas atualmente.

Uma visita a cidade, seja durante a loucura da Copa do Mundo ou mesmo por apenas um final de semana, basta para concordar. Berlim é uma constante contradição, onde em qualquer esquina misturam-se o novo e o antigo, heranças capitalistas e comunistas, ruas impecavelmente limpas com grafites e pixações em toda parte, mais uma tonelada de imigrantes, mesmo com a barreira que a língua impõe.

Na história recente a Alemanha foi invadida, invadiu, dividiu, foi dividida, unificada e re-unificada trocentas vezes e em diferentes circunstâncias. Quase 20 anos após a queda do muro, tantas mudanças se refletem na sociedade e, consequentemente, na cultura.

Para um lugar machucado por duas guerras mundiais e marcado pela intolerância racial e religiosa o caminho para superar essas marcas é justo o oposto: dentro da rigidez germânica, pode (praticamente) tudo. Prostitutas nas ruas, clubes em casas abandonadas, grafite em prédios históricos…

Essa liberdade é a explicação de tanta coisa acontecendo por lá. Mais do que isso, ajuda a entender porque tanta coisa criativa, diferente e fora dos padrões aparecem em Berlim. Só numa cidade assim é possível um lugar como o Panoramabar ser uma das principais boates.

Fincado numa antiga estação de força, em Friedrichshain-Kreuzberg, o Panoramabar não tem lista vip, não tem critério de entrada (embora muita gente seja barrada sem maiores explicações por um sujeito com metade do rosto tatuado) e não permite entrar com câmeras, confiscadas na porta.

O que o panorama tem é um público bem misturado, um som perfeito e uma escalação monstruosa. Para se ter uma idéia, no último sábado, a programação considerada sem graça pelos locais incluia um set de três horas do Phonique.

O espaço gigantesco é tido por muita gente, com razão, como uma das boates mais bacanas do mundo. Mesmo com o tamanho e com a fama, o lugar não tem clima de super-clube de Ibiza. Pelo contrário. Uma vez lá dentro, a sensação é de estar numa festa fechada, divulgada no boca-a-boca. Muito parecido com Berlim, por sinal.