audio rebel Archive

quarta-feira

2

novembro 2016

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Festival Novas Frequências divulga line up da edição 2016

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Novas Frequências URBe

A 6º edição do Festival Novas Frequências, principal evento internacional de música experimental e explorações sonoras da América do Sul, acontece entre os dias 3 e 8 de dezembro, no Rio de Janeiro. A programação acontece em diversos locais da cidade e reúne 44 atrações de 13 países diferentes em atividades que incluem shows, performances resultantes de residências artísticas, festa, discussões, instalações, caminhadas sonoras e, pela primeira vez, uma rodada de negócios e uma ocupação de 16 horas de duração.

Continuando no formato de ocupação da cidade, o Novas Frequências distribui seus eventos este ano em cinco espaços, ocupando diversos bairros nas Zona Sul, Norte e Centro do Rio: Oi Futuro Ipanema, Galpão Gamboa, Leão Etíope do Méier (Praça Agripino Grieco), Audio Rebel e Fosfobox.

Os ingressos as atividades do Galpão Gamboa (03/12), os shows na Audio Rebel(05/12) e a festa de encerramento na Fosfobox (08/12) já estão à venda via plataforma de compra online Sympla. Existe também a possibilidade de comprar dois combos de ingressos: um deles para o Galpão Gamboa e outro que inclui GG + Fosfobox.

Os shows no Leão Etíope do Méier (04/12) são gratuitos, assim como algumas atividades do Galpão Gamboa. Já as vendas para os shows do Oi Futuro Ipanema começam no 29/11.

terça-feira

22

setembro 2015

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segunda-feira

1

setembro 2014

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Kiko Dinucci e o medo do pop

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Kiko Dinucci_AudioRebel_2014

No espírito do @savedyouaclick, já quebro o suspense: essa resenha não é sobre o medo do Kiko Dinucci do pop (nunca o entrevistei pra saber sua posição a respeito), mas sim uma análise sobre o medo do pop na música brasileira com ideias que foram surgindo durante o show do Kiko Dinucci na Audio Rebel. É um chamado à reflexão, uma provocação se preferir.

Surpreendido pelo humor do líder do Metá Metá, umas das bandas mais cultuadas da leva atual (por aqui não bateu), as questões borbulhavam. A verve de stand-up comedy do Kiko é uma bela solução de como levar o que, em resumo, é um recital de guitarra.

Sozinho no palco, Kiko conta piadas entre e durante as músicas. Compõe sobre encontros ao vivo com a morena do Facebook e sobre o cara que diz que “já pegou e converteu” a gata na rua, canta sobre como o inferno tem sede, diverte-se contando o causo da vinheta supostamente encomendada pela Globo que terminou negada – o refrão dizia “todo homem na hora da morte vira um cão”. Kiko questiona: “não sei porque não gostaram…”.

Ouvindo as risadas, é de se pensar se público sofisticado dos shows da Audio Rebel acharia graça das mesmas piadas se feitas por um outro artistas sem o respeito do Kiko. Prefiro acreditar que há lugar para o humor no cabecismo, que esses dois “mundos” podem co-existir, como demonstrou o próprio compositor.

Reggae, metal, rock, samba, da guitarra do Kiko sai todo tipo de som, muitos pérolas pop escondidas na crueza do arranjo isolado. São possíveis hits, que se lapidados poderiam estourar na sua mão ou na de outros.

Pipocam então as tais perguntas: por que essas músicas ficam limitadas a voz e guitarra? Seria preguiça de terminar arranjos mais complexos, necessários para estourarem? Ou medo de se expor ao tentar fazer um hit e falhar? E se estourarem, o que isso faria com sua credibilidade indie? Estaríamos diante, como na anedota da vinheta da Globo, de uma auto-sabotagem?

São perguntas hipotéticas, porque não foram feitas. E também não importa, porque como disse, o medo do pop em questão aqui não diz respeito (ou está limitado) ao Kiko. Esse receio – por alguns dos motivos listados acima e outros – paira sobre a música brasileira e impede alguns mergulhos pops que fariam bem a todo ecossistema (abertura de mercados, oportunidades, cenas maiores que ajudariam a custear menores, etc.)

É uma equação difícil de ser resolvida. Se um artista independente tenta fazer pop, encontra dificuldades primeiro porque seu público original geralmente não é afeito a essas sonoridades. Depois porque não tem acesso a fatia de público que teria. Além, claro, do fato de não se ter acesso aos canais de massa – rádio e TV – para propagação desse material sem pagar jabá. Não há mesmo muito estímulo para sequer tentar.

E assim um segmento do pop não se renova (enquanto outros se renovam, reinventam e se inventam, vide funk, tecnobrega, ostentação, sertanejo, arrocha…). Isso é ruim comercialmente, pois sufoca as bandas independentes num circuito pequeno e pouco lucrativo, e conceitualmente pois previne o público de ampliar seu conhecimento.

Não falo aqui de pop no sentido de um desses artistas tentarem caminhos rasteiros. Muitos deles já tem os tais hits e não tem como chegar no grande público, por mais que possam escoar o material pela internet.

Gabriel Thomaz, do Autoramas, um dos mais bem sucedidos artistas independentes do Brasil, conseguiu unir essas duas pontas por muito tempo, dando vazão a essa veia através do Raimundos, então contando com o apoio financeiro de um gravadora multinacional (leia-se: balha na agulha pra pagar jabá).

Tem muito artista que simplesmente não quer isso para sua carreira, óbvio. É uma opção e não me refiro a eles (embora muitos deles tivessem muito a contribuir). Porém há muitos que nem tentam por medo da patrulha, por medo de falhar e ficar sem público nenhum e, assim, escondem-se na segurança de desculpas esfarrapadas como “meu som é pra poucos”, “as pessoas não entendem” e outras indiezices.

Foi nesse último grupo que pensei quando vi a tabela publicada pelo Brain Pickings esses dias. Ainda que um tanto superficial e simplista, a tabela ajuda a ilustrar duas posturas comumente encontráveis no meio. Existe uma grande diferença de mentalidade, muito mais do que de sonoridade, entre os artistas “famintos” e os “prósperos”.

A relação que se tem com o pop, no sentido amplo, é parte disso.

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terça-feira

5

julho 2011

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Transcultura # 050: Avec Silenzi,

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Meu texto da semana re-retrasada da coluna “Transcultura”, que publico todas as sextas no jornal O Globo:

O silêncio do Avec Silenzi
por Bruno Natal

Mal começou e o promissor Avec Silenzi (www.avecsilenzi.com) honrou o nome e silenciou. Deixa para trás dois discos, lançados pela Manifesto Discos. O último show da banda instrumental foi na segunda-feira, no festival Aúdio Plural. Tocando com na Audio Rebel, em Botafogo. Sem alarde, na maciota, num dos palcos que mais honram o espírito alternativo no Rio. O tamanho reduzido do lugar, por onde já passaram Hurtmold e o Burro Morto tocou na mesma noite, obriga a um intimismo.

Formada por ex-integrantes de bandas de som pesado – Eduardo Souza, Rafael Ferreira (do Itsari) e Renan Vasconcelos (do Cyuss) – o motivo não foram as “diferenças musicais” de sempre. Foi diferença de endereço mesmo.

– Um dos integrantes vai mudar da cidade e começar um trabalho que ocupará todo final de semana. Para ter uma banda que não faz shows e não produz, resolvemos terminar – explica Eduardo.

Em tempos em qualquer bandeca utiliza todas as ferramentas para parecer profissional (soar profissional fica em segundo plano, muitas vezes), parece não haver mais espaço para simplesmente tocar por diversão com os amigos.

– Será que somos mais uma dessas bandecas? – brinca Eduardo. – Espaço sempre tem, espaço você cria. Foram mais de 10 anos tocando só em buraco, 90% furada. Amávamos isso. Num certo momento resolvemos montar o Avec Silenzi para vivenciar a música de uma outra maneira, para tocarmos em outros ambientes. E conseguimos. Tocamos em livrarias, boates, bares… Nossa listinha de afazeres para 2011 incluia agitar uma turnê européia. Acabou ficando só nos planos mesmo.

Vai-se a banda, ficam as páginas online.

segunda-feira

12

abril 2010

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