quarta-feira

18

agosto 2004

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O Globo On Line, 18/08/04

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Durante a viagem para os EUA e Inglaterra para fazer o documentário “Dub Echoes”, escrevi uma coluna no Globo On Line, espécie de diário de bordo atualizado sempre que possível.

Essa foi a segunda entrada.

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Jamaica, de novo

O documentário começou na Jamaica e a impressão é de que, apesar de estar em NY, essa fase ainda não acabou. Primeiro porque por enquanto só falamos com jamaicanos. Depois, porque hoje fomos mesmo pra Jamaica.

A comunidade jamaicana no Queens, subúrbio de NY, é tão grande que uma de suas regiões é chamada de… Jamaica. Tal e qual uma Chinatown, na Kingston nova iorquina tem de tudo que tem na ilha: um centro de cultura jamaicana, comida, estúdios e lojas de discos.

Uma dessas lojas, a VP Records, foi o ponto de encontro com King Jammy. Conhecido como Prince Jammy no início da carreira, o produtor e engenheiro de som foi nada mais, nada menos do que aprendiz do King Tubby, maior nome da arte de transformar o reggae em uma viagem interplanetária.

A entrevista foi tão fria e impessoal quanto foi necessária. Mais preocupado em saber quanto dessa história poderia sobrar pra ele (ah, se ele soubesse…) do que se concentrar na entrevista, Jammy falou por parcos 15 minutos. Cronometrados.

Desde a ida à ilha, ja havia chamado a atenção como a questão de grana é importante na produção musical deles: é difícil separar uma coisa da outra. Muito disso se deve ao fato dos jamaicanos, desde os tempos da colonização inglesa, sentirem-se constantemente explorados.

Não interessa se sua intenção é destacar e divulgar a importância da música deles no que ouvimos hoje em dia. Eles sempre partem do princípio de que você vai ganhar dinheiro e não vai sobrar nada pra eles. O histórico mostra que os jamaicanos não estão muito longe da verdade, ainda assim, cada caso é um caso. Às vezes, pode valer a pena baixar a guarda.

A proxima missão é encontrar com um grande nome do hip hop pra falar da conexao rap/deejay.

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