segunda-feira

12

maio 2003

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Muy amigo

Written by , Posted in Urbanidades

Deixa eu ver se entendi direito. O camarada pega recursos públicos, via leis de incentivo fiscal, e faz um filme. Se não der lucro, fica por isso mesmo. A viúva entuba o prejuízo e viva a arte. Agora, se entrar dinheiro, os produtores do filme embolsam tudo, sem devolver – ao menos – o montante inicial aos cofres públicos?

Só para ilustrar. Pego dinheiro emprestado com você para abrir um negócio. Se falir, te agradeço a confiança, mas não te pago de volta. Se for um sucesso te chamo para o coquetel de inauguração, agradeço a confiança e continuo não pagando. Muito justo.

O bafafá na imprensa, iniciado com a já famosa entrevista de Cacá Diegues ao jornal O Globo sobre as mudanças na lei do audio visual, foi devido a parte que sugeria que o governo poderia interferir no conteúdo das obras a serem financiadas. Não tem como não ser contra isso. Só que as mudanças também dizem respeito a forma de captação de recursos, que funciona mais ou menos como no primeiro parágrafo. Esse seria o verdadeiro motivo de descontentamento.

Do jeito que está é uma festa. Não é à toa que estão reclamando.

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