Lúcio Flávio e seus amigos
Written by urbe, Posted in Destaque, Texto, Urbanidades
foto: Felipe Hanower/Agência O Globo
Sinto que esse pode ser meu novo “O lance mais feio da Copa”. Mesmo assim, fica um comentário sobre essa história dos funcionários do Cervantes que acertaram a Quina com um bilhete comprado em sistema de bolão, 20 funcionários embolsando 635 mil reais cada.
Era pra ser 21 ganhadores, só que Lúcio Flávio, que organizava os bolões, não participou, pela primeira vez, justo nessa semana. No dia da aposta ele precisou dos seus 10 reais para pagar o ônibus pra casa. Ficou sem uma mariola.
Se o prêmio fosse dividido por 21 pessoas, em vez de 20, incluindo o Lúcio Flávio, cada um dos ganhadores levaria 604 mil, em vez dos 635 mil. Claro que 31 mil reais é muito dinheiro, mas nesse contexto, não é tanto assim. Que fosse dividido de maneira desigual, premiassem Lúcio Flávio, o organizador dos bolões, com “apenas” metade do prêmio.
Sem julgamentos nem cobranças, não existe obrigação de nada e vai saber os bastidores disso tudo. Só sei da pena que dá do sujeito, tão perto e tão longe de mudar a própria vida. Pode até ser que tenha se dado bem. O tempo dirá.
Achei este texto exponencialmente mais lúcido do que o sobre o lance da Copa.
Mas eu mantenho cada vírgula daquele texto. Continuo pensando igual.
Foda.
pô, bruno.
pensei exatamente a mesma coisa ao ler a notícia hoje, pela manhã.
por que não incluíram o cara na partilha?
nessas horas, é a formalidade do pagamento de uma cota que importa.
uma pena.
Eu fiz a mesma conta depois de ler a notícia no Globo…