quarta-feira

23

maio 2007

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Holográficos

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“O barbeiro de Sevilha”

Deu no New York Times: as transmissões ao vivo para sala de cinemas de seis espetáculos da nova-iorquina Metropolitan Opera, chamados simulcasts, fizeram tanto sucesso que o programa será ampliado na próxima temporada. A Opéra de Paris e a Royal Opera House, de Londres, estão interessadas no formato.

A expectativa é de que o público total das apresentações nos cinemas seja o mesmo dos que conferem as 225 apresentações por ano ano ao vivo, 800 mil pessoas, dobrando assim o número de espectadores.

Mesmo com as inevitáveis discussões que o formato irá provocar (“nada substitui a experiência ao vivo”, “teatro não é cinema”, etc.), é um caminho sem volta.

Aproximando essa história do nosso assunto favorito, música, o Gorillaz (banda de desenhos animados liderada pelo vocalista do Blur, Damon Albarn) já indicou a tendência ao se apresentar em forma de hologramas no VMA 2006, em Lisboa.

Quando surgirem os equipamentos necessários para se registrar uma apresentação em três dimensões, o show poderá ser projetado num palco em qualquer lugar do planeta, ao vivo, em diversas datas ou mesmo após o fim do grupo, morte dos integrantes ou o que seja.

Gerações futuras poderão assistir aquele show clássico no mesmo lugar onde ele aconteceu, quase como se tivesse voltado no tempo. Quer dizer, se essa nova realidade possibilitar algum evento se tornar um clássico. Diz o ditado, quanto mais vazio, mais histórico o show.

Chegará o dia em que uma banda fará uma “turnê” mundial em apenas um dia.

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