quinta-feira

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dezembro 2012

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A surra de graves do Pole

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Logo no início da sua apresentacão, o alemão Pole situou a platéia sobre quais seriam os caminhos da segunda noite do festival Novas Frequências. Os samples fantasmagóricos ecoavam pela sala, conduzidos por arremedos de batidas construídos através de loops de estalidos e chiados, foram subitamente sacudidos por um sub-grave que fez a sala inteira tremer, a ponto de Stefan Betke dar uma ajustada pra aliviar.

É uma pena que a cacetada não seja reproduzida no vídeo da apresentação (abaixo), porque foi tão desnorteadora que, primeiro provocou risos nervosos, depois um torpor que tomou conta da sala, que passou a levitar. A partir daí foi um apagão coletivo, com as pessoas suspensas em seus próprios pensamentos enquanto Stefan fazia malabarismos com os canais abertos, mixando ao vivo glitches, efeitos, linhas de baixo e modulações graves, sempre de maneira minimalista e hipnótica.

Fazendo valer a velha frase do mundo dub, meditate on bass weight (medite no peso dos graves), a atmosfera foi mesmo como uma sessão de meditação coletiva. Um estado semi-acordado, cabeças tombando e voltando, em algum lugar entre o transe e o sono e o alerta total. Uma cacetada na moleira que não foi brincadeira não.

Nesse sábado o Pole toca na edição paulistana do Novas Frequências. Supostamente, é a atração menos importante da noite, estrelada por Hype Williams e Actress. É um altíssimo denominador para o que virá.

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  1. Dudu Fraga

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