A arte de perder negócios: Brasil, o país da Copa de 2014
Written by urbe, Posted in Urbanidades
Cara, como é que pode? Venda de ingressos é algo tão simples de se resolver… Quanta gente não está se dando bem com a zorra que impera? É vergonhoso, pra dizer o mínimo.
À dificuldade de se conseguir um ingresso eu culpo a falta de estrutura dos organizadores, afinal, venda na internet, pontos de venda sincronizados e tal é organizacao demais. Grandes eventos em qq parte do mundo sempre foi e sempre será dificil pacas se conseguir um ingresso.
Agora, em relacao a zona eu deixo a polícia de lado e culpo a falta de educacao do povo mesmo. É muita gente querendo dar de malandro ao mesmo tempo, o tumulto impera e fica impossivel manter um minimo de controle. Fila pro Maraca, pra boate, pra fila da cantina, onde for q vc for a zona na porta é sempre maior. Pergunta se a mesma coisa acontece no tal do 1o. mundo? Não. Pq? Pq rola um mínimo de respeito ao próximo e nao apenas um pensamento pro próprio umbigo.
Tenho esperança que um dia a gente chega lá. Do meu ano em Londres, o que mais sinto falta, sem dúvida, é da educação.
Já tinha morado fora antes, mais novo, e viajdo bastante. Essa experiência no entando foi dferente. As vezes, no começo principalmente, ficava assustado com o quanto a tendência de ser mal educado está enraizada, é quase um instinto de sobrevivência necessário para viver no Brasil.
Vc manda algo “normal” por aqui lá fora e a galera não entende nada, fica espantada. Foi um grande aprendizado.
Agora, no caso do Flamengo, a torcida é cliente, é quem banca a festa. Não pode ser tratada assim, de maneira nenhuma. É injustificável. Até prq, se estivesse tudo organizado bonitinho, a probabilidade de confusão cairia drasticamente.
Enquanto esse dia não chega, fico eu, um dos maiores flamenguistas de todos os tempos, sem ingresso pra final da década, dos últimos 17 anos do meu time.
Abs,
Já comentamos sobre a questão do erro de dimensionamento do evento ( e velocidade de fluxo) e da torcida do Mengão, mas devo salientar que o perrengue já foi bem pior, no século passado que já parece distante, não existia nem venda antecipada de ingressos, me lembro de ter que chegar nas finais as 14h ou passar 12h de domingo para garantir um ingresso, isso obviamente com uma dose de espreme-espreme, bombas de gás, cavalos e pancadaria ao redor.
Não tenha dúvida que esta arquiba que hoje custa em torno de 50 reais será no mínimo 800 para a Copa e tudo ficará na mão de empresas patrocinadoras tipo Credicard, Sony, etc e etc.
Minha esperança com relação a estes eventos é a melhora de infra, mas quando o prefeito mostra que vai continuar investindo em ônibus, não dá para se ter muita esperança.
Acho que vocês estão colocando um peso muito grande na educação do povo. Tem muita gente que tá ali, esperando horas em seu lugar na fila, e não tem nada a ver com essa história. Pra falar a verdade, a maioria absoluta.
É claro que tem os que alugam idosas e mães com criança de colo, apenas para entrar na fila diversas vezes, para poder comprar ingressos para cambistas. Mas isso aí, cá pra nós, não é falta de educação. É crime! Do mesmo jeito que é, torcedor organizado, esperar o povo sair do guiché para ROUBAR seu ingresso.
Mas me digam, e a polícia, porque não faz nada? Porque existe uma máfia atrás disso. E tá todo mundo envolvido. Clubes, funcionários em posto de venda, polícia, todos… esse sim, pra mim, é o maior problema. Um sistema que gera um lucro absurdo, onde todos estão envolvidos.
Esse pra mim, é o maior problema. Essa máfia de ingressos. E quem paga o pato é o povo, o cliente, o torcedor apaixonado. Por isso, acho muito cruel culparmos a educação do povo.
Bruninho,
Em relação ao planejamento de vendas de ingresso, não podemos esquecer também que se fosse disponibilizada a venda pela internet, você muito provavelmente se encontraria na mesma situação. Sem ingresso.
Vamos falar a verdade. Para eventos especiais como esse, onde a procura é fenomenal, a venda pela internet ainda não funciona. Sempre, em todo lugar do mundo, quando a procura é imensa, os sistemas ficam fora do ar, e o destino dos ingressos acaba sendo a sorte.
A grande verdade, é que em evento desse porte, não tem como agradar a todo mundo. São milhões e milhões de flamenguistas no mundo, mas apenas 80.000 deles poderão entrar. E vai explicar pra quem ficou de fora, que você é mais flamenguista do que ele??
Uma das coisas que quase ninguém pensa, e que acho que extrema importância (pra não dizer justiça), é favorecer quem é fiel.
No primeiro dia, abrem as bilheterias pra quem é sócio ou sócio torcedor do clube, no dia seguinte, apenas para quem tem os ingressos dos últimos 5 jogos da competição, por exemplo, e depois sim, abrir todos os pontos de venda, incluindo a internet.
Antes de abrir, deveriam estar informados quantos ingressos tem em cada posto de venda. Sobraram 50.000 ingressos pra vender? Ok.
Gávea, 10.000; Laranjeiras, 10.000; internet, 10.000 e assim por diante.
Acabou, acabou.
Mas indepentende de tudo, eu não espero nem sentado que essa confusão termine por aqui, tão cedo. Até, porque, no Brasil, o perfil de torcedores é bem diferente do que lá fora. E isso, eu prefiro que continue assim.
abs!
Martino
Depois o pessoal toma “na mão grande” os ingressos dos cambistas , e todo mundo vai apoiar , mesmo porque diante das vendas que não privilegiam nada nem ninguém a não ser os próprios cambistas o método parece no mínimo justo.
Detalhe: emperraram as vendas pela ingresso.com , como acontece em todo evento de fluxo grande.
Como disse o Martino, transparência e fidelização podem ajudar no processo de vendas de ingressos.
Acho que a melhor solução seria vender pela internet, com algum tipo de autenticação ou mesmo por quantidade “X” para cada CPF ou Identidade, seria muito mais prático, eles gastam muito mais dinheiro com esquemas de segurança do que gastariam com um processo mais moderno.