URBe TV Archive

terça-feira

11

novembro 2008

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Festão

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URBe TV: video-entrevista com Kele Okereke e fotos

O Bloc Party tem a fama de fazer shows mornos. Foi assim no Coachella, disseram que foi assim em São Paulo e tinha tudo pra ser assim no Rio.

Só que o Rio não é conhecido do jeito que é a toa. Não é por acaso que trocentos bandas escolhem a cidade para os seus DVDs “live in Rio”.

As baixas expectativas e despretensão também devem ter ajudado para o sucesso da noite, assim como a boa organização.

Em plena segunda-feira, a combinação de ingressos a preços justos (R$60 doando um quilo de alimento, o que é uma iniciativa bacana), pontualidade (o show marcado para as 22h começou as 23h, praticamente final de tarde para os padrões carioca) e som bem passado foi infalível.

Dependendo do que se espera de um show do Bloc Party, pode ou não ser uma decepção. Tocando num lugar pequeno e apenas para o seu público, os ingleseses mostraram que dão conta. Quem foi apenas para ouvir o que eles tinham pra apresentar, se divertiu bastante.

As músicas do novo disco, “Intimacy”, ajudam bastante a dinâmica do show, com momentos de experimentação com equipamentos e eletronices que distanciam o Bloc Party do seus contemporâneos da tal cena “rock dançante”.


Kele atende os fãs após o show

O show, que terminou com um coro de “Rio! Rio! Rio!”, foi uma tremenda dose de auto-estima para cidade. Bom, pelo menos para quem estava lá.

* já botaram o show INTEIRO no YouTube, filmado da beira do palco.

terça-feira

28

outubro 2008

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Soltando o freio

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URBe TV: Marcelo Camelo, “Doce solidão”

Sábado o TIM Fest tirou o a virilha da lama (porque o pé já tinha sumido lá dentro).

O grande show, em uma noite repleta de grandes shows (Gogol Bordello, Dan Deacon, Sany Pitbull, Neon Neon), foi o de Marcelo Camelo.

Sua estréia, “Sou”, tem sido duramente criticada e ninguém dava nada pela apresentação, mas Camelo cercou-se bem. E saber escalar uma banda é uma grande virtude musical.

Ao contrário do disco, onde a banda de apoio, o Hurtmold, parece andar com o freio de mão puxado, no show eles aceleram sem obstáculos. Ao vivo, as música decolam, ganham peso, nuances e uma pressão que falta nas gravações.

Bom exemplo disso é o momento em que, em vez de apresentar os integrantes individualmente, Marcelo simplesmente senta-se no chão próximo aos pedais de sua guitarra e é engolido pela catarse do septeto paulistano. Não há melhor cartão de visitas para eles.

Porém, há ma boa dose de exagero no balanço bastante positivo (e cego) que os organizadores fazem do evento.

Os problemas de som, embora suavizados, persistiram. O liberou geral dos ingressos (distribuídos aos montes) e a abertura das tendas mesmo para quem não tinha ingresso para o show, lotando o espaço com um público artificial, tumultuaram shows como o do Camelo.

Criou-se um precedente arriscado. Periga ano que vem ninguém comprar ingresso, apostando em uma nova distribuição de entradas quando bater o desespero na produção de ver as tendas vazias. É mais seguro pensar em um formato de festival de verdade (um ingresso para ver tudo) e preços mais em conta.

terça-feira

28

outubro 2008

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Folêgo

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URBe TV: Gogol Bordello, “Morena tropicana”

Os shows do Gogol Bordello exigem folêgo. Não apenas do elétrico vocalista, Eugene Hütz, mas também do público. Pulando sem parar, o ucraniano e sua banda mantém o show inteiro lá em cima, sem pausas pra respirar. O público foi junto, resultando na única catarse coletiva duradoura do festival. Um show com a cara do Rio, fanfarrão, animado e alegre.

terça-feira

28

outubro 2008

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Neon

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URBe TV: Klaxons, “Two receivers”

Contando com um cavalo na bateria segurando a onda das presepadas dos três homens de frente, Klaxons é uma boa banda, mas falta chão. Músicas como “Gravity’s rainbow”, “Atlantis to Interzone”, “Not over yet” seguram bem a onda, porém de maneira geral, falta dinâmica e melodias, porque depois de um tempo os loops cansam.

Após o show, os integrantes deixaram a Marina da Glória de táxi e acabaram parados numa blitz, onde tiveram bolsos esvaziados, viram fuzis bem de perto e saíram assustados. Que beleza.

terça-feira

30

setembro 2008

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Meninada Casio

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URBe TV: Casiokids, entrevista (legendada) + “Togen hule” ao vivo

Esse Casiokids foi uma das melhores coisas que vi esse ano. Em termos de música eletrônica ao vivo, fica lado a lado com o Soulwax. É muito bom ver um show em vez de assistir um sujeito no laptop.

Bati o olho num EP independente deles na na Rough Trade um tempo atrás, achei o nome curioso, mas não comprei na hora. Quando voltei, já tinha acabado. Procurando por links no Rapidshare, Zshare, Hype Machine e Google não achei anda. Sei lá como esses caras fizeram pra esconder as músicas deles on line hoje em dia.

Casiokids – “Fot i hose”

Nem vale a pena tentar definir o som do Casiokids. Tem referências bem diversas, de música africana a eletrônica maximalista. A galera no palco e a quantidade de teclados lembra o Hot Chip; a pegada alucinada de pista o Soulwax; os ruídos eletrônicos o Late of the Pier; o teatro de sombras, as cabeças de papel machê e o monstro vermelho que invade a platéia, o Flaming Lips.

A música da vídeo entrevista que abre o texto é “Togens hule”, mais calminha, logo na abertura do show. O encerramento foi com o coice “Fot i hose”, clica aí em cima e sente a pressão. A verdade é que estava querendo tanto ver esse show que filmei logo a primeira música pra ficar quicando o resto da noite.

Casiokids – “Gront lys i alle ledd”

Casiokids – “Togens hule”