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quarta-feira

20

outubro 2010

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A tropa, a elite e o sistema

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Ótimo texto de Antonio Engelke, publicado no Globo na última terça (atenção: SPOILERS, de leve):

O primeiro ‘Tropa’ veio saciar os anseios de uma população amedrontada, sedenta por vingança. Em 2007, capitão Nascimento vingou as classes média e alta carioca, fazendo o que elas gostariam de fazer, se pudessem: matar bandidos. O público respondeu com aplausos entusiasmados, e se identificou com o oficial do Bope. Tal identificação é retomada logo no início do ‘Tropa 2’, quando Nascimento ridiculariza Fraga. Mas o personagem interpretado por Wagner Moura sofre uma transformação, sai de sua trajetória natural de ‘Caveira’. Se o público chegar ao final do filme ainda se identificando com Nascimento – alguém que denuncia a ineficiência da política de segurança pública baseada no confronto, que diz com todas as letras que a sociedade é coautora dos crimes cometidos por policiais e bandidos -, então ‘Tropa 2’ terá servido a um propósito maior do que o mero entretenimento. É preciso ser muito, mas muito fascista, para sair do filme e continuar ridicularizando a perspectiva e o trabalho de pessoas como Fraga (Marcelo Freixo na vida real, deputado federal pelo PSOL).”

Continue lendo no saite do jornal.

Para complementar, leia a entrevista que fiz com o diretor José Padilha sobre o filme e suas questões e também algumas reflexões de Rodrigo Cássio sobre o título de herói fascista.