Iniciativa do Bike Belongs, uma organização financiada pela indústria da bicicleta dos EUA para divulgar e aumentar o uso das mesmas, o People for Bikes tem um objetivo simples: juntar 1 milhão de pessoas e se tornar uma voz com força o suficiente para lutar por melhorias para as bicicletas como meio de transporte no país.
A proposta de uma entidade da indústria (e seus interesses econômicos) representar os ciclistas (com interesses de usuário) é, no mínimo, perigosa. Ainda assim, o exemplo é bom e falta uma organização e mobilização nesse nível no Brasil. Do contrário, seguiremos andando pelo cantinho da rua, esmagados por carros, assistindo ciclistas e mais ciclistas e ainda mais ciclistas morrendo de forma estúpida.
Por aqui não se tem nem números de pesquisas o suficiente, como os mostrados abaixo, para se construir um argumento sólido.
Não é nem um favor ou benevolência, é lei: bicicleta é um veículo, deve trafegar pela via e os veículos maiores como ônibus e carros devem observar uma distância de 1,5 ao ultrapassa-las.
A Caloi acordou para grande oportunidade que tem, com a força de sua marca, e começa a investir em campanhas pró-bicicleta. Mesmo com óbvios interesses comerciais, tá valendo.
Simplificando a conta, a prefeitura de São Paulo culta a quantidade de ciclistas pelos acidentes, como se a culpa das batidas de carro fossem os postes, tipo de comparação que inspirou o Tumblr Mais SP
Esqueça campanhas de educação e conscientização de motorista E ciclistas, como asfeitasem Nova York. Assim um pequeno detalhe vai sendo escondido: bicicletas, por lei, fazem parte do trânsito e DEVEM circular pelas ruas, sujeitas a regras como os outros veículos.
Andar de bicicleta vai se transformando quase num ato de desobediência civil. É preciso tomar as ruas com bicicletas para que elas sejam pensadas – e respeitadas – também para esse tipo de transporte.
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.