Quem passou essa dica? Apresente-se!
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julho 2017
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Written by urbe, Posted in Música
Quem passou essa dica? Apresente-se!
quarta-feira
junho 2011
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Written by urbe, Posted in Música, Resenhas
Por conta do meu desconhecimento da carreira da Sharon Jones além das músicas mais óbvias, passei quase uma hora tentando encontrar o título da que filmei no show de ontem, no Casa Grande, parte do BMW Jazz Festival. Googlei vários pedaços da letra + “Sharon Jones” e nada. Desisti e upei sem nome mesmo.
A música parece mesmo inédita, até agora ninguém cravou o nome. O exercício serviu pra comprovar uma constatação óbvia durante a apresentação: conhecer previamente o repertório de Sharon Jones é indiferente para aproveitar o show. Honrando a tradição do soul, é um hit atrás do outro. Não tem música ruim.
Acompanhada pelo Dap-Kings e pelas Dap-ettes, a mulher é um foguete no palco. Um James Brown de saias (faço ideia de quantas vezes essa comparação já deve ter sido feita), tira a galera pra dançar, olha no olho do público, dança, se sacode, conta histórias e canta demais.
Tradicionalistas, os Dap-Kings restringem os instrumentos e métodos de gravação aqueles disponíveis até a metade dos anos 70. Não por acaso, a sonoridade retrô da banda é a favorita do produtor Mark Ronson, que utilizou o grupo em diversas faixas do disco “Back To Black” da Amy Winehouse.
O som tradicionalmente muito baixo do teatro Casa Grande atrapalhou, mas não chegou a comprometer. Principalmente porque logo no início a marcação dos assentos foi para o espaço e quem quisesse podia sentar nas escadas, bem próximo do palco, ouvindo os sopros e a voz da Sharon Jones praticamente sem microfonação.
No bis, uma justa homenagem a James Brown, tocando “It’s A Man’s World”. Sempre bom relembrar o Godfather. Pra quem viu os dois shows, fica a certeza de que Amy tem muito chão pela frente ainda.
Antes da cantora, o baixista Marcus Miller comandou uma formação de teclado, bateria, clarinete e sax na execução de temas de “Tutu”, disco de Miles Davis que compôs e produziu.
Tenho uma certa preguiça para virutoses inacabáveis. É como assistir um cara bom de embaixadinha, é legal mas aquilo não é jogar bola. Mesmo moendo o instrumento, os melhores momentos são quando Marcus joga pro time. Ainda que a timbragem Seinfeld do baixo e oitentistas do sintetizador ameaçassem botar tudo a perder.