“[No documentário] o músico Thiago Petit, o rapper Xis, o produtor Chernobyl, as bandas Holger, Firefriend, e os DJs Killer on the Dancefloor, Database e Pristine Blusters refletem e levantam questões acerca de temas que permeiam o cenário atual da música independente em São Paulo e no mundo. A criação coletiva é o cerne da discussão, que se desdobra em temas como remixes, samples, autoria, mercado fonográfico e processos criativos.”
A cena independente de São Paulo, agregando muita gente de outros Estados, começa a ser retratada. O documentário “We.Music” (que nome…) estreiou ontem, em SP.
Em Agosto estou querendo passar uns 10 dias em Sampa City e tava com a idéia de dar uma volta pelos diferentes núcleos que agregam esses vários artistas. Vamos ver se rola.
Três trechos do doc “Eu, o Vinil e o Resto do Mundo”, de Lila Rodrigues e Karina Ades, recentemente exibido no festival É Tudo Verdade e comentado pelo DJ Fábio Maia.
Franz Ferdinand: entrevista sobre Circo vs The Week
vídeo e fotos: URBe
A passagem do Franz Ferdinand por São Paulo tinha como objetivo promover a turnê que o grupo fará pela América do Sul em 2010. Ao decidirem fazer um show fechado e escolherem a pequena The Week como palco, um elefante branco surgiu.
Não era o assunto principal — esse era como conseguir um ingresso — mas devido as semelhanças de condições (como a lotação de pouco mais de 1.000 pessoas), começou-se a falar em um repeteco do clássico show da banda no Circo Voador, em 2006.
Muitos do que estavam no Circo naquela noite dizem ter sido um dos melhores shows de suas vidas. A própria banda concorda, tendo citado diversas vezes em entrevistas esse como o melhor apresentação da história deles. Entrou num panteão além da realidade, imbatível portanto.
Por todos esses motivos a comparação seria tão desnecessária quanto injusta. Mesmo porque, passado três anos, há um terceiro disco no catálogo dos escoceses, o repertório mudou. Se bem que com a qualidade do “Tonight”, esse poderia ser o fator crucial.
Sem se preocupar com nada disso, o Franz Ferdinand simplesmente aproveitou e curtiu o momento, assim como os sortudos que conseguiram conferir uma apresentação tão especial. A pegada mais dançante do que rock das novas músicas caíram bem na The Week, ajudadas por um som redondinho, pecando apenas pela bateria um pouco baixa. Bem diferente do Coachella desse ano, ao ar livre e de dia.
Uma das poucas bandas de sua geração que não apenas conseguiram se estabelecer, mas também crescer, o Franz Ferdinand tem como trunfo um excelentes shows. Mostraram isso em suas visitas anteriores ao Brasil e dessa vez não foi diferente.
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Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.