São seis músicas: “Work To Do” (Isley Brothers), “Don’t Turn The Lights On” (Chromeo), “You’ve Got The Makings Of A Lover” (The Festivals), “Fantasy Girl” (Jon Brion), “Little Person” (Steve Salazar) e “Mr. Blue Sky” (Electric Light Orchestra).
Coisa fina. Só faltou botar o nome dos autores nos tags do MP3. Na página de lançamento do EP Mayer comenta todas as faixas.
História do Homem-Aranha + “Maybe So, Maybe No” + “Gangsta Love”
Nem as previsões mais otimistas poderiam prever o show antológico de Mayer Hawthorne no Circo Voador, na sexta. O próprio Mayer cravou no Twitter, logo após a apresentação, na legenda da foto que tirou do público: “Best.Show.Ever!#RIO”
Trazido ao Rio por 120 cariocas empolgados, com o apoio do Multishow e da Cantão, via Queremos, o soulman branquelo não decepcionou. Nem quem compareceu, gerando uma arrecadação gigante de doações (uma pessoa apareceu com uma caminhonete com 500 quilos de alimentos!).
Mesmo sem um naipe de metais ao vivo (disparados através de sampler), a The County, sua banda, é uma grosseria sem tamanho, emendando uma música na outra praticamente sem parar. A pegada hip hop da bateria ajuda a dar uma sonoridade contemporânea para um som de tantas influências sessentistas e setentistas (ainda que os bateristas de hip hop sejam influenciados pelos samples desses mesmos discos, completando o ciclo).
Ao longo do show o cantor conversou bastante com o público (como sobre ter sido confundido com Tobey “Homem-Aranha” Maguire no aeroporto de Floripa), e depois passou bastante tempo atendendo os fãs, assinando o poster do show ou tirando fotos, feliz da vida com a noitada espetacular no único show completo de sua passagem pelo Brasil.
O público também saiu contente, com um sorriso de orelha a orelha, feliz por ter ajudado o show acontecer. É impressionante como esse fator empurra o astral da noite lá pra cima, a atmosfera é muito boa.
Mayer Hawthorne (e Tim Maia, presente do Nepal)
foto: Lucas Bori
Antes e depois do show o DJ Nepal fez um set de soul caprichado. Atualmente, a impressão que dá é que Nepal tem um set bom pra qualquer situação. Se soltarem o cara num batizado ele vai tocar só coisa classe.
Lançado pelo selo Luaka Bop, de David Byrne, a banda de funk-soul de Milwaukee, EUA, não faz feio perante clássicos setentistas do gênero. Não é por acaso. Apesar do primeiro disco só ter saído em 2010, os integrantes do Kings Go Forth não são novatos, estão na ativa desde os anos 70.
A capa é uma história a parte. Trata-se da primeira capa para um lançamento real feita por Mingering Mike, um artista de soul fictício criado por Mike Stevens, com uma biografia e discografia detalhadas, com mais de 50 títulos cujo somente as capas existem.
1. “Am I the same girl” – Barbara Acklin
2. “Use me” – Bill Withers
3. “I need a dollar” – Aloe Blacc
4. “Uptown top ranking” – Althea & Donna
5. “Brothers on the slide” – Cymande
6. “Murphy’s Law” – Cheri
7. “Love will bring us back together” – Roy Ayers
8. “Save me” – Nina Simone
9. “Stormy monday” – Lou Rawls With Les McCann
10. “Who is he and what is he to you” – Bill Withers
11. “Why can’t there be love” – Dee Edwards
12. “Spill the wine” – Eric Burdon e War
13. “All night long” – Mary Jane Girls
14. “The bottle” – Gil Scott-Heron
15. “Love me or leave me” – Nina Simone
16. “The guetto” – Donny Hathaway
17. “Mystic Brew” – Ronnie Foster
O mais legal de editar um blogue é a via de mão dupla. É bom poder ajudar a divulgar coisas bacanas, mas é melhor ainda quando os leitores ajudam a contruir o conteúdo do URBe.
Nascido nas redondezas de Chicago, o som retrô, com influências sessentistas de soul, jazz e R&B com um tempero de rocksteady jamaicano na linha do Delroy Wilson (que bebia nas mesmas fontes), Mayer caiu nas graças do Mark Ronson.
Há semelhanças com o trabalho do Jamie Lidell, Amy Winehouse e outros que fazem o resgates desses sons. A diferença é que o disco do Mayer Hawthorne soa como se tivesse sido gravado na época. Mera cópia, alguns podem dizer. Quero ver é copiar.
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Como acontece em qualquer viagem que almeje se tornar clássica, no final do mês vou perder o show em NY por dois dias.
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.