sany pitbull Archive

quinta-feira

9

janeiro 2014

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Os MDs do Sany Pitbull, "Caixa de Pandora Vol. 1" (mixtape de raridades do funk dos anos 90)

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SanyPitbull_MD

Por email, Sany Pitbull mandou um link com a seguinte explicação:

“Tirei 15 dias de ferias em dezembro e arrumando meu depósito encontrei uma caixa com mais de 500 disquetes de Mini-Disc e meu aparelho leitor de MD. É um material que eu usava pra tocar entre 1992 e 2003, quando o vinil deixou de ser nosso principal formato pra tocar. Era facil de gravar e editar e foi antes da invenção dos gravadores de CD, era prático.

“Durante mais de 10 anos eu gravei muita coisa: shows em favelas, gritos de galeras e etc. Com a chegada do CD esse material ficou praticamente sem valor (que loucura) foi descartado por todos os DJs. Muita gente apagou esse material ou jogou fora. Guardei tudo e confesso que nem me lembrava mais deste material. Enfim, quando dei de cara com toda essa história me emocionei a cada disquete que ouvia.

“Todas as vinhetas das equipes que toquei e também de outras equipes, inclusive as vinhetas dos programas da extinta rádio Imprensa, a primeira FM do Brasil a tocar funk e a principal mídia usada nos anos 80 e 90 pelas equipes, DJs e MCs. Encontrei gravações raríssimas. Postei na minha fan page que tinha encontrado e várias pessoas me pediram pra disponibilizar os sons, teve gente querendo comprar.

“Tá dando um trabalho danado, porque estou digitalizando tudo em tempo real, não da pra simplesmente ‘arrastar’ pra dentro do computador, tenho que ouvir os MDs um a um, gravar música por música e editar individualmente track à track. São mais de 500 horas de gravações. Serão 12 volumes da Caixa de Pandor, um por mês até o final do ano. Esse é o primeiro.”

E ainda tem uma montagem alternativa do “Chatuba de Mesquita”. Ouça o batidão.

As músicas:

01 – Abertura Caixa de Pandora
02 – MC Julayne – “Rap Fazenda de Inhaúma” (1996)
03 – “Montagem Vidigal” (1995
04 – MCs Luis Claudio e Cacau – “Rap da Imaginação (Dendê)” (1993)
05 – “Rap do Morro do Barroso e Morro do Pinto” (1993)
06 – “Montagem Rochelle Fleming (Love Itch)” (1993)
07 – “Montagem Shy-D Mixx” (1995)
08 – “Montagem Disco Dance Cruel” (1996)
09 – “Montagem União da Zona Sul” (1995)
10 – “Montagem Pá Pum ( Mano Brown)” (1997)
11 – “Montagem Morro da Otto” (1994)
12 – MC Mascote – “Rap Daniela Peres” (1997)
13 – Duda do Borel e Mr. Catra – “Uma Casa na Favela” (1999)
14 – “Montagem Disco Dance Poder” (1997)
15 – Mr. Catra – “Se Vier Mandado” (1994)
16 – MC Sapão – “Decepção (Eu sei Cantar)” (2003)
17 – MCs Garrincha e Julinho (1993)
18 – “Montagem Maracanã Praça Ilda” (1995)
19 – “Montagem Sta, Clara, Lido e Rocinha” (1995)
20 – “Montagem Ambulância” (1996)
21 – “Montagem Fadinhas” (1995)
22 – “Montagem Sapatinho” (1995)
23 – “Montagem Juramento” (1997)
24 – “Montagem Chatuba de Mesquita” (1996)
25 – MC Geleia – “Rap da Verdade” (1993)
26 – MCs Kunta e Tião – “Rap da Cruz Vermelha 2” (1996)
27 – “Montagem 5 minutinhos de Alegria” (1994)
28 – “Montagem Bonde da Pavuna” (1995)
29 – “Montagem Neguinho de Austin” (1999)
30 – “Montagem Piratas do Caribe” (1997)
31 – Mr. Catra – “Bonde do Justo” (1994)
32 – Mr. Catra e Duda do Borel – “Intro” (1999)
33 – “Montagem Reta Velha” (1996)
34 – “Montagem Rasteiro” (1996)
35 – “Montagem Pipos Sacode Rio e Niteroi” (1996)
36 – “Brasilian Medley” (1991)
37 – MCs Luis Claudio e Cacau – “Rap da Raquel” (1994)
38 – Força do Rap – “Rap da Traição” (1996)

segunda-feira

10

dezembro 2012

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Uma volta (atrasada) pelo Back2Black

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Duas semanas atrás teve o Back2Black e a resenha ficou pendurada. Dos três dias, estive em dois pra conferir Missy Elliott e Santigold, aproveitando pra ver as belas costuras africanas da banda da malinesa Fatoumata Diawara, Sany Pitbull & Gerson King Combo e Emicida.

No palco menor, numa noite Sany Pitbull recebeu Gerson King Combo, numa mistura que não flui tão bem, atrapalhada por um MC que destoava um tanto da proposta. Na outra, Emicida tocou acompanhado por uma banda, o que eleva em muitos níveis qualquer apresentação de rap.

Ainda assim, como em quase todo show de rap, com DJ ou com banda, as letras são incompreensíveis por quem já não as conhece. Junto com a péssima dicção de boa parte dos rappers (aliada a toadas exageradamente rápidas para fazer caber tantas frases – “escrever é a arte de cortar palavras”, disse o poeta Drummond), a dificuldade de se entender o que está sendo dito dificulta demais a experiência. Mesmo com boa dicção e ritmo, Emicida não escapa desse problema ao vivo.

Mesmo que apenas seu carisma mova qualquer pista, Missy Elliott animou com seus hits mas não convenceu. Acompanhada de uma enorme equipe de dançarinos, um DJ e trocando de roupa a cada duas músicas, o que Missy menos fez foi cantar. Foi uma base pré-gravada e dublagem de vocal atrás do outro, o que esfriou bastante a experiência. Impossível deixar de notar que Missy Elliott não desperta as mesmas polêmicas que Tati Quebra Barraco, ainda que a grande diferença entre elas (além das batidas do Timbaland) seja o patrocínio da Adidas da gringa. O discurso pussy power é o mesmo, inclusive na quantidade de palavrões e letras “pornográficas”.

Quem fez valer o festival foi Santigold. Escolada, Santi não é nenhuma garota e já sabe exatamente o que precisa fazer para acertar seu público. Com mais músicas conhecidas do que a memória imediatamente acusa, Santi não tem o mesmo carisma e desenvoltura de uma Missy Elliott, porém o timbre inconfundível da voz, androginia reciclada da Grace Jones, suas dançarinas robóticas.

O mais importante é mesmo a produção musical. Sempre cercada de bons produtores, Santigold tem um bom repertório de sacolejos a disposição . Com uma banda com um pé no reggae e outro no synthpop, uma mão no pós-punk e outra no new wave, Santi ofereceu algo irrecusável: groove. Sempre infalível.

terça-feira

2

outubro 2012

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Sany Pitbull, “My Influences Vol 2 / Miami Bass” (mixtape)

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Só vinil.

[soundcloud url=”http://api.soundcloud.com/tracks/61187240″ params=”” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]

01- The Megatrons – Rock the planet
02- 2 live Crew – Throw the p.
03- P.L – Trans Europa Express
04- Tony Lorenzo – Destiny
05- Ron C – Dookie Booty
06- Ice Man Ja – Mega Jon’s Bass
07- Cybortron – Clear
08- Freestyle – It’s Automatic
09- Mc A.D.E – How much can you take
10- Akeen – The Umbeatable
11- World Class Wreckin Cru – The Fly
12- 2 Live Crew – Get it Girl
13- 2 Live Crew – Move Something
14- The Mechanics – Sweat Beat
15- B.O.S.E – Don’t Knock til try it
16- Egyptian Lover – I Want Cha
17- FreeStyle – The Party has just Begun
18- Mc A.D.E – Beat Down
19- Egyptian Lover – Sexy Style
20- Steph e The Squad – Where’s the Beaf
21- Nyasia – Who’s Got the Love
22- Johnny O – Fantasy Girl
23- Twyce as Freshh – Back by popular demand
24- Walter D – Sexy
25- Raw Dog – This Jam
26- Vinheta super Cash Box
27- Mc A.D.E – Nightmare on A.D.E Street
28- Spanish Fly – The Precious
29- FreeStyle – Don’t Stop the Rock
30- Ice t – What ya wanna do

Vinhetas das equipes:

“Cash Box O Som Acima do Normal”, “CurtisonRio A Curtição do Momento”, “ ZZ Disco A Caçulinha dos Bailes” , “Live o Som da Massa”, “Disco Dance O Som Maior” , “A Gota Cerol Fininho”, “Pipo’s O Encontro da Massa”, “A Cuca Impiedosa o Melhor som do Brasil”, “Radio Impressa 102.1FM”, “O KKreco”, “O Bagulhão”, “Las Vegas A Melhor do Rio”, “Furacão 2000 A Numero 01 do Brasil”, “Duda’s o Som que faz você dançar”, “Espião Shock de Monstro Igual você ainda não viu”, “Studio 58 Tranquilidade em Som”

domingo

9

setembro 2012

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segunda-feira

30

abril 2012

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O Tabajaras sacode

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Subir a ladeira dos Tabajara hoje, pós-UPP, é bem diferente do que foi um tempo atrás, quando um passeio pela comunidade em Copacabana não era diferente de um pela Formiga, na Tijuca. Atualmente sem o domínio do tráfico, a quadra da GRES Unidos da Villa Rica, com tem acontecido em diversas outras comunidades da Zona Sul, tem sido ocupadas por eventos culturais feito por gente do e para o asfalto.

Sob comando da Polícia Militar, ofuscando os convidados com a sirene na porta da quadra, e produzida pelo Apavoramento e Eu Amo Baile Funk, a Shake Your Santa tinha hora pra acabar e por isso os organizadores pediam para que se chegasse cedo. Não adiantou muito e a festa só encheu mesmo a partir das 2h30, mesmo que as 5h os equipamentos tivessem que ser desligado. O carioca e seus horários.

Aos poucos frequentar as comunidades vai se tornando normal. Pessoas que há pouco tempo não chegariam nem perto da entrada de uma favela, sobem a pé, de táxi, moto-táxi ou nos próprios carros e ficam bebendo nas biroscas em volta. O equilíbrio entre integração e exotismo é delicado, estão todos aprendendo. Vi um cara desbelotando um (sim, muita falta de noção, dadas as circunstâncias) sendo convidado a jogar o produto no chão e encerrar a brincadeira.

A festa custava R$ 40, enquanto o baile funk tradicional da comunidade custa R$ 10, com “damas grátis”. Se isso gera renda e ajuda os moradores a terem noção do valor do que tem para explorar comercialmente (alguém duvida qual vai ser o programa número um dos gringos na Copa e nas Olímpiadas?), também afasta os frequentadores locais do seu ponto de diversão.

Para solucionar isso, havia um ingresso a preço promocional para os moradores, R$ 15. Nem assim eles compareceram, com a grande maioria mesmo sendo de visitantes. A mistura ficou pra depois. A pista se esbaldava com os graves sacolejantes saídos do paredão da Cash Box, com o ventinho fresco da madrugada passando pelas grades que cercam o local e na área VIP, entocadinha na mata.

Lugar novo, festa pegando e ainda é outono. Esse tipo de programa está só começando. Muita gente que nunca foi num baile funk agora vai querer conhecer. Não, não é mais a mesma coisa. E isso é bom.

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