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janeiro 2013

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Transcultura #104: GoPro // “Django Livre”

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Meu texto da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo, falando da importância da GoPro:

Uma idéia na mão e uma câmera na cabeça
Popularização da GoPro inventa uma nova linguagem audiovisual

por Bruno Natal

Pelo tamanho, ninguém dá nada, porém não é exagero nenhum dizer que a pequenina filmadora GoPro está mudando a gramática áudio-visual num ritmo alucinante. Feita para produzir imagens de pontos de vista inusitados, é possível prendê-la na cabeça, punho, peito, em bicicletas, carros, pranchas, instrumentos, animais e onde mais se conseguir. O método é simples: criados para registrar movimento, os modelos da marca vêm com kits de agarras, além de ter traquitanas disponíveis para a maquineta.

Assim, tomadas que antes custavam milhares de dólares agora podem ser conseguidas com um equipamento de preço médio de US$ 400, sem perda de qualidade. Ângulos improváveis passaram a ser recorrentes em vídeos online, trazendo visões antes reservadas apenas a atletas de ponta ou aventureiros incorrigíveis. Dá para ver um tubo de onda rodando pela perspectiva do surfista Kelly Slater, um close na roda de um carro em alta velocidade, mergulhar cara a cara com tubarões, saltar do alto de uma montanha com base jumpers ou enviar câmeras para num balão “apenas” para filmar a Terra vista da atmosfera.

O primeiro modelo foi criado pelo surfista Nichols Woodman, frustrado com a impossibilidade de registrar suas sessões com a mesma qualidade e proximidade dos profissionais – daí o nome: GoPro, “profissionalize-se”, numa tradução livre. Desde que foi lançada em 2004, ainda como uma máquina fotográfica analógica, utilizando filmes, a câmera evoluiu um bocado: tornou-se digital, produzindo pequenos clipes de dez segundos até chegar às versões atuais, que geram imagens em alta definição (com resolução de até 1080p), captadas por uma lente fixa de 170 graus, dando conta de quase tudo ao redor, encapsulada numa caixa estanque à prova d’água e de poeira e resistente a choques. É uma câmera feita pra se arriscar.

Com o aumento da qualidade das imagens, logo o cinema e a televisão também passaram a explorar as possibilidades criadas pela câmera e hoje elas têm sido utilizadas para registros tão corriqueiros quanto o primeiro mergulho de um bebê. O que era um instrumento para praticantes de esportes radicais, vem se transformando numa linguagem. O mérito da GoPro está nas infinitas possibilidades de conteúdo que pode ser gerado.

Por não possuir uma tela para acompanhar as imagens e funcionar com foco fixo e abertura automática, a pegada da GoPro é extremamente intuitiva. E dessa praticidade vem a “intimidade” e o “calor” do que é filmado com a câmera. Ao acoplar a câmera em lugares antes impossíveis para um equipamento normal e ao registrar situações de maneira totalmente pessoal, consegue-se uma proximidade com os assuntos inatingíveis com câmeras muito melhores.

A combinação entre facilidade de uso, opções de colocação e qualidade das imagens geradas coloca a GoPro bem a frente de concorrentes como Contour+, Drift, Muvi, Ion Air Pro ou Sony Action Cam. E tão importante quanto tudo isso, tem o aspecto lúdico.

Diferentemente do que foi visto quando as câmeras fotográficas da Nikon e Canon passaram a também filmar, estabelecendo uma espécie de ditadura estética, em que quase todos os vídeos produzidos com elas, seja um parto ou um tiroteio, tenham a mesma textura, cada vídeo da GoPro tenha personalidade de uma viagem particular. Literamente, em muitos casos.

Tchequi

Estreiou o novo filme do Quentin Tarantino, “Django Livre”. A melhor entrevista sobre o filme até aqui é a que o diretor concedeu para o canal inglês Channel 4, perdendo a linha quando perguntado sobre o papel da violência em seus filmes. Palmas para calma do entrevistador.

Assista uma seleção de vídeos realizados com a GoPro abaixo:

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