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18

janeiro 2013

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Bruno Aleixo, segunda temporada

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O xará tá tocando o terror na segunda temporada do “O Programa do Aleixo”.

sexta-feira

30

janeiro 2009

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Entrevista – "Bruno Aleixo"

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Bruno Aleixo na escola, em de seus momentos mais inspirados

A produção portuguesa o “Programa do Aleixo” tem sido uma das principais fontes de alegria de 2009.

O humor non-sense e politicamente incorreto, a estética hi-fi e o sotaque lusitano vão transformando o protagonista, Bruno Aleixo, numa estrela também no Brasil, onde começa a ganhar fama pela internet.

No início Bruno era um ewok, mas foi obrigado a faze uma cirurgia plástica por conta de reclamações de dois americanos, o Jorge e o Lucas.

Em entrevista por e-mail para o URBe, os criadores do programa (que assinam as respostas utilizando o nome do coletivo de roteiristas do qual fazem parte, o GANA – Guionistas e Argumentistas Não-Alinhados) falam sobre o programa e também das relações culturais Brasil-Portugal.

O que é o Programa do Aleixo? Como surgiu a idéia?

GANA – Começou com uma série de conselhos póstumos. Vinham numa cassete com «vê isto no dia do meu funeral» escrito na capa. Depois tinha lá dentro uma série de conselhos que eram introduzidos por «Se estiveres a ver isto é porque morri». Entretanto, o receptor dessa cassete fez questão de cortar o conteúdo aos bocados e meteu no youtube. Para bem de todos.

Entretanto, surgiu o convite para fazer um programa de televisão. Bruno é brilhante, porém preguiçoso. Nunca inventaria um formato novo. Por isso, pusemo-lo a fazer um talk-show tradicional.

Os textos são bem ásperos e politicamente incorretos. Isso gera problemas e reclamações? No Brasil, terra do “tá tudo bem”, uma coisa dessas ia dar uma baita dor de cabeça aos produtores. Isso é, se fosse ao ar.

Passa num canal do cabo, a SIC Radical. Os canais de cabo são, geralmente, mais elásticos quanto à dureza do conteúdo. Além disso, a aspereza dos conteúdos não é ofensiva. Pelo menos para o público. Mas sim, dificilmente se adequaria a um canal generalista.

Um trecho do programa, legendado em inglês por algum fã

Quem são os criadores? Onde estão baseados? E os dubladores, animadores?

Os criadores são, basicamente, os dobradores e os animadores. A equipa é composta por 3 elementos que fazem tudo: criação, guião, produção, dobragens, animação, filmagens, edição. Há ainda um 4º colaborador que faz as músicas e os arranjos de piano. Estamos sedeados em Lisboa, Caldas da Rainha e Coimbra, localidades que distam, respectivamente, 0Km, 100Km e 200Km da capital Lisboa.

Como é feito cada episódio? O programa tem uma estética bem peculliar, um retrô-trash pode-se dizer. Foi para facilitar a produção?

Os episódios obedecem a uma estrutura de produção linear: IDEIA – GUIÃO – GRAVAÇÃO DE VOZES – EDIÇÃO DE SOM – ANIMAÇÃO – PÓS PRODUÇÃO – EDIÇÃO DE IMAGEM. A estética simples e a animação aparente rudimentar são assumidas, por uma questão de tempo e orçamento. Noutros termos não seria viável. Assumimos as dificuldades e fomos a jogo com as cartas que tínhamos.

Quem produz? Conte-nos sobre o GANA, o que é, como funciona, etc.

A produção é 100% GANA. GANA é o acrónimo de Guionistas e Argumentistas Não-Alinhados. 3 homens fazem tudo: desde a fase inicial até à entrega da cassete pronta. Como referimos atrás, vivemos os 3 em localidades diferentes. Um processo nestes termos só é possível graças ao advento da Internet.

Muito se fala de como Portugal é a porta da Europa, mas não interage muito com os outros países. É assim mesmo? A que se deve isso, a barreira da língua talvez?

Acaba por ser um bocado assim. Portugal, no fundo, não deixa de ser um país periférico dentro do contexto europeu. E, culturalmente falando, nota-se uma maior aproximação cultural com Brasil, EUA e África do que propriamente com os outros países europeus. Excepção: Espanha.


Mais um bom toque do Bruno Aleixo

Mesmo com o Brasil a troca cultural parece ser uma via de mão única. Enquanto a televisão portuguesa é inundada de produções brasileiras e a música daqui chega com tudo por aí (até Rock in Rio LISBOA já inventaram!), os brasileiros pouco conhecem o que é produzido em Portugal. Como vocês veem essa relação?

O Brasil é um país emergente em todos os aspectos. O aspecto cultural não é excepção. O Brasil produz mais e melhor que Portugal, logo, é natural que Portugal importe de lá mais cultura do que exporte. O problema é que a coisa viciou e agora já se torna difícil reabrir a via nos dois sentidos.

Como se pode estreitar esses laços? Deixe algumas dicas de coisas portuguesas que estamos perdendo. Programas, saites, blogues, bandas, etc.

A nosso ver, em Portugal, não se encontra nada de inovador e, mesmo no não-inovador, não há nada que sobressaia pela qualidade. Há, claro está, raras excepções. Duas delas são “Mundo Catita”, uma mini-série de televisão sobre a vida do performer Manuel João Vieira, e o trabalho na área da banda desenhada do algarvio José Carlos Fernandes (vide a série “A Pior Banda do Mundo”).


Bruno Aleixo foge para o Rio

O Brasil volta e meia é citado no programa, seja como rota de fuga (Rio de Janeiro) ou os times de futebol (menos o Palmeiras, claro). Como tem sido a resposta dos brasileiros, recebem e-mails? O Bruno Aleixo já está ficando famoso por aqui?

Começa a surgir um pequeno culto à volta de Aleixo, sim. Embora seja muito restrito, cremos que se resuma a umas poucas centenas de fãs. Mas para nós já é muito bom. Nunca pensámos que a coisa pudesse expandir para esse lado. A questão da via de apenas um sentido costuma tornar o português de cá imperceptível para os brasileiros. Felizmente, descobrimos que não é bem assim. Recentemente surgiu uma petição online para que a SIC encomendasse uma segunda série e grande parte dos signatários são brasileiros!

E nos outros países de língua portuguesa? A similaridade do sotaque facilita?

Tirando o Brasil, não tivemos qualquer feedback de países de Língua Oficial Portuguesa.


Aleixo e o futebol brasileiro

Por aqui costuma-se dizer que nossa grande desgraça é ter sido colonizado pelos portugueses, e não pelos franceses ou holandeses. É típico do brasileiro culpar os outros por seus problemas. E Portugal, culpa quem?

Os culpados preferidos, por ordem cronológica, é:

1. Espanha (com razão)

2. Napoleão (invasão)

3. Inglaterra (Ultimato Inglês)

4. Salazar (regime salazarista)

5. Comunistas que depuseram o regime salazarista.