Orquestra Contemporânea de Olinda Archive

domingo

28

dezembro 2008

18

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Os melhores discos de 2008

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Late of the Pier“Fantasy black channel”: Rock e eletrônica em simbiose perfeita, chacoalhando referências de maneira inovadora, somado a melhor programação de bases do ano, há quilômetros de distância do segundo colocado (seja lá qual ele for). Pra não falar das letras alopradas.


Friendly Fires“Friendly Fires”: Alguns dos grooves mais ganchudos do ano, de fazer frente a clássicos da disco music, rock-eletrônica em embalagem pop para as massas. Só falta multidão ser avisada para os estádios lotarem.


Vampire Weekend“Vampire Weekend”: A bateria mais criativa em muito tempo faz valer cada segundo desse disco, assim como frases de guitarra pegajosas e camadas de teclado bagaceira. Ao vivo as músicas crescem tanto que levantam o próprio disco.


MGMT“Oracular spetacular”: Paradoxalmente, a psicodelia retrô dá um passo a frente com um dos nomes mais comentados de 2008, num disco viajandão e coeso, ao mesmo tempo conservador (nas referências), inovador (na forma) e doidão (na musicalidade).


Lykke Li“Youth novels”: É música de menina para as garotas e para os rapazes. A sueca Lykke Li atualiza o formato diva para geração 2000, recheanto a performance clássica de chanteuse com atitudes e elementos estranhos ao meio, seja na escolha dos instrumentos, no formato das cancões ou na personalidade carimbada nas músicas pela intérprete.


Studio“Yearbook 2”: O remix em sua melhor forma. O segundo disco da dupla sueca reúne trabalhos com tanta personalidade que não apenas ultrapassa as versões originais, como também fazem o conjunto soar como um álbum autoral. Não é pouca coisa.


Beyond the Wizards Sleeve“Ark1”: Constantemente envolvido na produção de alguns dos melhores lançamentos de rock e eletrônica (Late of the Pier nesse ano, por exemplo), Erol Alkan esconde-se sob o pseudônimo para experimentar em um projeto prório.


Little Joy“Little Joy”: Como diversos bons discos, a estréia do Little Joy desce quadrado nas primeiras audições. Normal. Ultimamente anda tudo tão parecido que quando algo se distancia, pouco que seja, causa estranhamento. E estranhamento é bom demais.


Wado“Terceiro mundo festivo”: Chegará o dia que um disco do Wado terá a repercussão que um dos melhores compositores de sua geração merece. Pena que isso acontecerá já após esse excelente “Terceiro Mundo festivo”, onde Wado passeou com muita manha pelo universo da eletrônica, transformando beats em canções.


Curumin“Japan pop show”: O primeiro disco era legal, só que não decolava. Nesse segundo, Curumin solta o freio e desce a ladeira samba-rock, esquina com dub, quase em frente ao afrobeat. Endereço complicado, mas fácil de encontrar se o motorista for bom.


Guizado“Punx”: Instrumental cabeçudão, esquisitão, bem tocadão, bem gravadão e bonzão.

Orquestra Contemporânea de Olinda“Orquestra Contemporânea de Olinda”: O mangue bit encontra os blocos de frevo. Pernambuco pulsa, como sempre.

Kings of Leon“Only by the night”: Em seu quarto disco, o KoL quebra a linha ascendente que vinha fazendo, sem no entanto cair, faz uma curva e adentra outro terreno. Menos country rock e mais pop, os elementos caipiras deixam de ser o elemento principal, sentam no banco de trás e enfeitam a paisagem, sem perder a essência rancheira. Pode ser a pressão para estourar em casa, já que “só” fazem sucesso na Europa.

Essa é a lista, sem nenhum ordem específica além da imposta pela minha memória. Se for lembrando de outros discos (cite os seus favoritos nos comentários), adiciono.

segunda-feira

8

dezembro 2008

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Quero ver o OCO

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URBeTV: Gilsinho, da OCO, e as expectativas da banda

Misturar a tradição com o novo já virou… tradição em Pernambuco. A Orquestra Contemporânea de Olinda segue por esse caminho, unindo frevo, afrobeat, ska, dub, ciranda e samba.

Com dez integrantes (entre eles o rabequeiro Maciel Salú, fiho do Mestre Salustiano e ex-integrante de outra orquestra, a Santa Massa do DJ Dolores), a Orquestra Contemporânea de Olinda é daquelas banda que, se passarem na sua cidade, não é pra perder, porque com tanta gente envolvida é sempre complicado viajar muito.

Os arranjos de metal da turam do Grêmio Musical Henrique Dias são peça central nos arranjos, assim como a percussão do fundador do grupo, Gilsinho. Fazendo releituras de clássicos e apresentando repertório prórprio consistente

O show foi um pouco irregular, por conta dos momentos “pra turista”, em que a banda esquece de mesclar e toca apenas frevos. Nada contra — nada mesmo — o frevo. É que a sonoridade proposta pela OCO é tão amarradinha, que perde o foco.

Certamente, quando tocam numa festa longa e tem mais tempo para passear por todas suas influências, isso faz mais sentido. Num show curto, fica vontade de ouvir mais coisas com a cara deles (e uma pressãozinha um poquinho maior nas linhas de baixo).

Sinal de que estão no caminho certo.