Sábado, no dia da independência dos EUA (feriado importantíssimo para eles), no mesmo palco onde Michael Jackson faria a série de 50 shows em Londres, Madonna fez uma homenagem ao Rei do Pop durante sua apresentação no O2 Arena.
A velocidade com que as entradas evaporaram do mercado e foram parar em saites de cambistas levanta suspeitas sobre o quão lícito são os métodos de venda. A discussão vai além dos shows do Jacko, visto que em Londres é praticamente impossível se comprar um bom ingresso sem ser via cambistas.
A desconfiança aumenta pelo fato de que recentemente a Ticket Master foi pega envolvida num golpe, quando foi descoberto que a empresa era dona de um desses saites de venda direta de ingressos.
Stevie Wonder, “Part-time lover”
vídeo: Bruno Natal
A O2 Arena é fria, com cara de shopping americano. O palco fica lá longe e o som (logo o que…), sem grave, não ajudava. Dava pena ver um bandão daquele (duas baterias, naipe de metais, vocais de apoio, percussão, guitarras) soando tão magro, o baixista parecia apenas alisar o instrumento.
O show ia morno, correto, alternando uma música “esquenta o sovaco” com uma “mela cueca” — técnica preferida do grande Tim Maia, como bem lembrou um amigo. Até que no final, uma fila de hits, colados um no outro, mudou tudo.
“Overjoyed”, “Signed, sealed, delivered, I’m yours”, “My cherie amour”, “You are the sunshine of my life”, “I just called to say I love you”, “Isn’t she lovely” e a infalível “Superstition” fizeram valer cada centavo.
Como suas letras, simples e diretas (é só olhar os títulos da músicas, não dá pra ser mais simples que isso), Stevie Wonder faz muito com muito pouco.
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/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.